segunda-feira, 26 de outubro de 2015

OBTENHA IMPERMEABILIDADE EMOCIONAL

Era uma vez um pato que estava nadando num belo lago que ficava dentro das dependências de um parque municipal. Ele ia de um lado para o outro, flutuando sobre as límpidas águas daquele lugar. À beira daquele lago, estava uma esponja (dessas que usamos para lavar louça) que, assentada sobre a grama, observava com atenção os movimentos daquele pato. O pato percebeu que a esponja não tirava seus olhos dele e de vez em quando acenava em sua direção.
Desejando saber o que esponja queria, o pato se aproxima e pergunta:
- Olá, em que posso ajudar?
-  Oi, seu pato, sou a dona esponja. Eu tenho uma dúvida e queria que o senhor me ajudasse.
- Diga, por favor.
-  Como foço para flutuar sobre as águas igual a você?
- Na verdade, não sei, dona espoja. Só sei que entro na água e flutuo.
-  É tão simples assim?
- Sim.
- Será que eu consigo fazer o mesmo?
- Não sei. Por quê você não tenta?
- Infelizmente hoje não posso. Eu não trouxe minha roupa de banho.
- Tudo bem, assim que você estiver disposta a entrar na água, me fale, que vou lhe ajudar.
- Ok, obrigada.
Eles se despediram. O pato foi nadar e a esponja foi pra sua casa.
Dias depois a esponja chega ao lago vestida com roupa de banho, trazendo consigo uma bóia, preparada para flutuar igual ao pato. Ela procura por ele, mas não o encontra.
- Vou esperar um pouquinho. - ela pensa.
Depois de duas horas de espera, a esponja decide entrar na água dentro de sua bóia, sem a ajuda do pato. Chegando lá no meio do lago ela experimenta pular na água para ver se consegue flutuar. No entanto, a natureza da esponja é absorver todo o líquido a sua volta. Assim, ela começa a afundar rapidamente. Desesperada, ela grita por socorro. Já sem fôlego, ela imediatamente começa a submergir.
Quando está próxima do fundo, alguma coisa a segura pelas costas. É o seu amigo pato, que a puxa para fora da água e a carrega até a beira do lago. Depois de alguns segundos desacordada, a esponja abre os olhos.
- O que houve? – pergunta.
- Você quase morreu afogada. – responde o pato. – mas ouvi seu grito e fui ligeiramente ao seu encontro.
- Muito obrigado meu amigo. Devo a você a minha vida. O que posso fazer para lhe retribuir?
- Você não me deve nada, minha amiga.
- Não há nada realmente que eu possa fazer?
- Relaxa. Não precisa. Fica na paz.
- Então deixa eu te dar um abraço?  - pede a esponja.
- Sim. Com certeza.
A esponja se aproxima e abraça o pato. Depois de abraça-lo, a esponja percebe que alguma coisa gordurosa, que estava nas penas do pato, ficou nela.
- Credo! O quê essa coisa oleosa que você tem nas suas penas? – pergunta a esponja.
- Eu não sei. – responde o pato. – Só sei que toda vez que tento limpar minhas penas esse óleo sai de minha glândula uropigial, que fica localizada por de trás de minha calda, e passo essa secreção oleosa no meu corpo. Interessante que, sempre que faço isso, me sinto mais limpo, mais leve.
-  Limpo? Leve? Que nada. Fazendo isso você fica com suas penas toda gordurosa.
- E o que você sugere?
- Sugiro um banho com sabão e detergente.
- Como assim?
- Você está falando com a pessoa certa. Eu sei o que é limpeza. Trabalho com isso o tempo todo. Se quiser ficar limpinho de verdade, deixe-me cuidar de você. Será minha retribuição por ter salvado a minha vida.
- Então OK, dona esponja. Vá em frente.

A esponja toda animada, trás sabão, detergente, uma mangueira dágua e começa a lavar o pato. Depois ela trás uma toalha e um secador de cabelo. E, com muita dedicação, enxuga o pato e o seca. Meia hora depois o pato está branquinho, sequinho e cheiroso.
- Pronto! Isso que é limpeza. – diz a esponja tocando as penas macias e sequinhas do pato.
O pato, muito feliz pelo resultado, agradece a esponja e entra no lago. Mas algo estranho acontece. Ele começa a afundar e gritar por socorro. A esponja entra em pânico e clama por ajuda, mas infelizmente ninguém aparece, e o pato agonizante, morre afogado. Agora a esponja lamenta a morte do seu amigo pato, sem compreender que seu trágico fim, deve-se ao fato dela ter tirado de suas penas a secreção oleosa que dava impermeabilidade às mesmas e lhe fazia flutuar sobre as águas.

Segundo pesquisas, logo abaixo da cauda do pato está localizada a glândula uropigial, que produz a secreção oleosa que salva o pato de sair encharcado de cada mergulho. Ele retira cuidadosamente o óleo com o bico e o espalha por todo o corpo. Se alguém lavar um pato com água e sabão, ele se afogará no primeiro mergulho. Mas o pato não é a única ave privilegiada com esta proteção. Praticamente metade das aves possuem a tal glândula uropigial.

Dos fatos acima podemos tirar as seguintes lições:

1 - O padre e escritor João Carlos Almeida, diz em seu livro “Como Liderar Pessoas Difíceis” que, ao lidar com pessoas complicadas, é fundamental que desenvolvamos um mecanismo de proteção parecido com o do pato. Não podemos ser como as esponjas, que absorvem tudo ao redor, mas impermeáveis como o pato. Nosso grande erro é permitir que as críticas e sentimentos negativos atinjam nossas emoções e bloqueiem nossos recursos internos. Isso não significa que devemos nos tornar surdos e cegos à opinião de outras pessoas, mas que devemos aprender a filtrar o que é realmente importante para o nosso crescimento. 

2 – A história mostra que aqueles que mudaram os rumos da humanidade tiveram que enfrentar duras críticas até alcançarem seus objetivos. Franklyn Delano Roosevelt foi duramente criticado por cobrar impostos mais rígidos dos ricos, mas conseguiu êxito como líder da nação americana em dois períodos extremamente difíceis da história: a depressão de 1929 e a segunda guerra mundial de 1945. Noé sofreu críticas durante 120 anos enquanto construía a arca, mas sua impermeabilidade emocional o tornou capaz de construir uma arca impermeável ao dilúvio. Moisés foi outro que suportou grande pressão enquanto conduzia mais de um milhão de israelitas no deserto, mas sua capacidade de se fazer de surdo diante das murmurações do povo foi o que lhe possibilitou tornar-se um grande líder.

3 – Ao nos revestirmos do óleo do espírito, podemos evocar o máximo de nossos recursos interiores para resolver problemas, e assim flutuarmos diante das turbulências. Mas quando agimos como “esponjas”, absorvendo todos os estímulos negativos ao redor, bloqueamos nossos recursos interiores.  A criatividade dá lugar ao medo, o raciocínio dá lugar a escassez de idéias, e nos tornamos imponentes diante das situações.

4 - Diante de um grande desafio, não dê ouvidos as perturbações, não tire os olhos de seu alvo. Do contrário, você se tornará como Pedro que, ao desviar seus olhos de Jesus, acabou se afundando nas águas.

"Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus. Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?" (Mateus 14:29-31)

📖 Harpa de 1000 Cordas

sábado, 24 de outubro de 2015

ANCORE EM SUA MENTE UMA PERSONA VITORIOSA

Segundo um dos grandes criadores da psicanálise moderna, Carl Gustav Jung, todo o indivíduo apresenta aos outros uma personalidade que, muitas vezes, é muito diferente da verdadeira. A isso ele chamou de persona, que é um termo que está em formação desde os anos 60, mas que já era usado desde o império romano, que significa literalmente "máscara", para indicar um "personagem" em uma performance teatral. Na prática, persona são as "máscaras sociais" que todos usamos quando estamos desempenhando um status social, como um emprego ou profissão. Ao longo da vida, muitas personas são usadas e podem ser combinadas a qualquer tempo, como na família, na escola, na universidade ou na empresa em que trabalhamos. Afinal, situações diferentes requerem atitudes distintas. Assim, costumamos nos comportar de acordo com as expectativas das outras pessoas.

Desenvolver uma persona viável é uma parte vital para se preparar para a vida. No entanto, Jung alertava para os riscos de alguém integrar-se completamente as suas personas, ou seja, quando o Eu se identifica excessivamente com a persona, fazendo com que a esse indivíduo se se distanciasse de sua real personalidade.

Desenvolver as personas é fundamental para a saúde mental, porém é igualmente importante o equilíbrio, saber qual máscara usar, de acordo com o meio no qual estamos inseridos. Mas a grande vantagem de se usar as personas é que, além da capacidade de adaptação ao meio social, ela nos ajuda a conquistar aquilo que desejamos. É o que veremos a seguir.

Desde a idade de 12 ou 13 anos, um garoto sabia que queria ser diretor de cinema. Sua vida mudou quando, aos 17 anos, numa tarde deu um passeio pelos estúdios da Universal. O passeio não incluía os locais de gravação, onde estava toda a ação. Assim, o jovem, conhecendo seu objetivo, começou a agir. Escapou sozinho para observar a filmagem de um filme real. Acabou se encontrando com o chefe do departamento editorial da Universal, que conversou com ele durante uma hora e demonstrou interesse pelas suas idéias mas não foi além disso. Para a maioria das pessoas, é aí que a história terminaria. Mas o jovem não era como a maioria das pessoas. Ele tinha poder pessoal. Sabia o que queria. Aprendeu na primeira visita e, assim, mudou sua abordagem. No dia seguinte, vestiu um terno, levou a maleta de seu pai, com um sanduíche e doces, e voltou ao local, como se pertencesse ao lugar. Passou de propósito em frente do guarda do portão naquele dia. Encontrou um trailer abandonado e, usando letras adesivas afixou seu nome acompanhado da palavra “diretor” na porta. Daí, então, passou todo o verão assumindo uma nova persona, andando junto a diretores, escritores e editores, aprendendo com cada conversa, observando e desenvolvendo seu senso de observação sobre o que é importante para fazer cinema. Com a idade de 20 anos, após tornar-se assíduo no local, o jovem mostrou à Universal um filme modesto que havia montado e ele recebeu um contrato de 7 anos para dirigir uma série para a televisão. Conseguira tornar seu sonho realidade. Ele já havia sido rejeitado na escola de cinema três vezes, mas, aos 36 anos de idade, tornou-se o mais bem-sucedido cineasta da história, responsável por 4 dos 10 melhores filmes de todos os tempos, incluindo E. T. O Extraterrestre, sendo o mais notável filme já feito. O nome desse grande fenômeno é Steven Spielberg.

Dos fatos acima podemos obter as seguintes lições:

1 – Steven Spielberg teve a flexibilidade para mudar seu comportamento para conseguir o que queria. Segundo Anthony Robbins, em seu livro “Poder Sem Limites”, todas as pessoas de sucesso assumem uma persona que lhes proporcione obter a vida que desejam.

2 – Anthony Robbins ainda diz ainda que, se algo é possível para uma pessoa, também é possível para outra. Basta observar e copiar sua forma de pensar e agir para obter resultados similares. Em outras palavras, se você deseja o mesmo êxito que alguém alcançou, estude sua biografia, reproduza sua forma de pensar e agir, enfim, seja um aprendiz dessa pessoa. Ao inserir em sua mente um persona de sucesso, você também será bem-sucedido.

3 – Steve Chandler conta em seu livro que um amigo trabalhou numa empresa como consultor e em dois anos tornou-se diretor executivo. A razão para essa rápida ascensão foi o fato de que desde o primeiro dia em ele começou a trabalhar, ele assumiu a persona de um diretor executivo. Ao pensar e comportar-se como tal, realizando mais que o esperado, ele rapidamente alcançou seus objetivos.

4 – A Bíblia está cheia de biografias incríveis, como a de Moisés, José, Neemias, Daniel, Jesus e seus discípulos. Para obter os mesmos resultados que essas pessoas tiveram em suas vidas, basta copiar suas personas.

5 – Segundo a psicóloga Susan M. Weinschenk, uma das maneiras de convencer as pessoas para que realizem algo ou mudem de comportamento, é ativar a persona associada ao que se deseja que façam. Por exemplo, quando você diz: “você que é um aluno brilhante, certamente fará essa tarefa”, “você que é profissional renomado, é obvio que irá honrar com seus compromissos”, “você, como cristão, é com toda a certeza uma pessoa honesta”, etc. Quando ancoramos uma persona na mente de outra pessoa, estamos abrindo uma janela para que ela reedite sua própria história. Foi dessa forma que Jesus corrigiu o comportamento irônico de Natanael, chamando-o de verdadeiro israelita, em quem não havia falsidade.

“Felipe achou a Natanael, e disse-lhe: acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa boa de Nazaré?  Disse-lhe Felipe: vem e vê. Jesus, vendo Natanel aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade”. (João 1: 45 – 47)

Livro A Harpa de 1000 Cordas

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

ALMEJE O VERDADEIRO TOPO

Ninguém quer fica por baixo. Se uma pessoa tiver aspirações políticas, ela sempre irá desejar a função máxima, ou seja, ser o presidente da república. Nos negócios irá querer ser o dono ou CEO de uma empresa. Poucas pessoas aspiram chegar a uma gestão mediana. Contudo, a maioria delas não chegam a ser o principal líder em uma organização. Elas irão fazer carreira em algum lugar no escalão intermediário. Mas afinal, todas as pessoas deveriam almejar o topo?

Chegar ao topo não significa chegar ao comando máximo de organização ou país, chegar ao topo significar usufruir de todo seu potencial ou talento, e encontrar sua missão de vida. Uma pessoa que encontra sua missão pode causar um impacto  maior do que se estivesse na posição máxima. Um excelente exemplo disso foi o caso do vice-presidente Dick Cheney. Ele teve uma carreira extraordinária na política: foi chefe de equipe da Casa Branca no governo do presidente Gerald Ford, teve seis mandatos no congresso de Wyoming, assumiu a Secretaria de Defesa do presidente George H. W. Bush e foi vice-presidente do presidente Bush filho. Teve todas as credenciais de alguém que poderia chegar à presidência dos Estados Unidos. Contudo, ele sabia que a posição máxima não é seu melhor papel. Um artigo na revista Time descreveu Cheney desta forma: Quando estudava no colégio, Cheney era um forte jogador de futebol, o líder da turma do último ano e um aluno acima da média. Mas ele não era a estrela... era discreto, reservado, apoiando um parceiro mais carismático, apagando incêndios quando chamado — esse foi um papel que Dick Cheney desempenhou durante toda a sua vida. Ao longo de sua notável carreira, o sucesso de Cheney resultou de sua inigualável habilidade de atuar como conselheiro discreto, eficiente e leal de líderes de alta visibilidade. Certa vez, interessou-se pela ideia de brincar em ser candidato à presidência em 1996. Mas a ideia de se colocar naquele palco(...) teria exigido uma reestruturação do DNA político de Cheney. Em vez disso, ele aceitou a oferta de trabalho na indústria, imaginando que poderia se aposentar e depois teria uma vida tranquila caçando e pescando. Mas George W. Bush tinha um plano diferente, um plano que fez Cheney voltar ao papel que ele melhor desempenha. Cheney atingiu seu potencial na posição de vice-presidente, uma posição que poucos definiriam como uma meta profissional para toda a vida. Ele foi altamente eficiente e, ao que parece, satisfeito com suas realizações. Mary Kay Hill, assistente de longa data do ex-senador Alan Simpson, que trabalhou com Cheney em Capitol Hill, afirmou: "Você o conecta, e ele trabalha em qualquer lugar. Tem uma capacidade incrível de se adaptar e atuar em qualquer ambiente." Cheney parece ser um excelente exemplo de um líder completo, alguém que sabe influenciar os outros de qualquer posição em que se encontra.


Ao exemplo de Cheney, as pessoas de grandeza não precisam aparecer para chegarem ao topo. Elas trabalham com afinco para darem o melhor de si onde estiverem e assim atingirem o seu máximo potencial. Se tiverem que chegar ao comando máximo, elas chegarão, se estiverem preparadas para isso. Foi o que aconteceu com George H. W. Bush na época em que foi vice-presidente de Ronald Reagan. Quando Ronald Reagan foi baleado, em 1981, Bush não apareceu dizendo que estaria no comando máximo da nação americana, ele simplesmente disse que, quando recebeu a notícia, a crueldade do incidente o surpreendeu, e naquele momento ele orou pelo presidente. Uma vez que Reagan estava sendo operado, Bush foi de fato o executivo interino do país, mas, deliberadamente, recuou para não colocar-se no lugar do verdadeiro presidente. Por exemplo, quando foi para a Casa Branca, Bush recusou-se a pousar no gramado sul, pois, por tradição, somente o presidente pousa ali. Quando Bush presidiu uma reunião de gabinete emergencial, ele tomou seu assento normal, e não o assento do presidente. Reagan recuperou-se e retomou suas obrigações, e ainda foi reeleito presidente em 1984. Bush estava satisfeito em ficar em segundo plano, dando o seu melhor, servindo ao seu líder e a seu país. No momento certo ele teria sua oportunidade. Ele foi o que aconteceu, quando em 1989 o povo americano o elegeu como 41º presidente dos Estados Unidos.

Na vida, a maioria das pessoas querem aparecer, almejam poder e fama. Mas a grande lição que Jesus ensinou a dois mil anos é que a verdadeira grandeza está em servir. Na Bíblia, quando a mãe de Tiago e João pediu a Jesus que em seu reino eles se assentassem um à direita e outro à esquerda, o grande Mestre perguntou se eles seriam capazes de fazer tudo o que Jesus faria pela humanidade. Ao que tudo indica, eles não tinham a mínima noção do sacrifício de Jesus na cruz. O maior homem do mundo se fez pequeno para tornar grande todos aqueles que se fizessem humildes!

“E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mateus 20:27,28)

Harpa de 1000 Cordas

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ASSUMA AS RESPONSABILIDADES

Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, o grande Criador procurou por Adão para saber o que havia de fato acontecido. Ao ser questionado por quê comera do fruto proibido, Adão culpou Eva. Então Deus questionou Eva e ela culpou a serpente. Apesar de Deus ter proferido uma maldição sobre a serpente, a final ele deixa claro que a responsabilidade maior pela entrada do mal no paraíso era de Adão.

Assumir responsabilidade pelos erros nem sempre é fácil, principalmente quando a falta é de alguém que está sob nossos cuidados. Geralmente, quando algo dá errado, nossa tendência natural é procurar culpados e atribuir a esses a causa do problema. Steve Hardison, um consultor Americano, foi convidado para participar de uma reunião do conselho de uma empresa para a qual daria um treinamento. O primeiro item da pauta era: “Quem é o culpado de termos um sistema de informática que nos custou 100 mil dólares e que é simplesmente um lixo?” O presidente virou-se para um dos vice-presidentes e disse:
– Joe, a culpa é toda sua!
Joe responde rapidamente:
– Não, é não. Eu não escolhi as especificações. Quem fez isso foi o John!
– Ei, espere um minuto – disse John. – eu não escolhi o fornecedor. Quem fez isso foi a Rose.
– Não foi bem a minha decisão. – justificou-se Rose. – eu apenas recomendei a você!
E assim as pessoas na reunião passaram a “batata quente” adiante pela sala inteira. Então Hardison fez um gesto para o presidente e interrompeu a conversa.
– Eu sou o responsável pelo problema. – anunciou Hardison.
– O quê? –retrucou o presidente. – Nem sequer sabemos que você é! Por quê está dizendo uma coisa dessas?
– Bem, – disse Hardisom – alguém precisa assumir essa responsabilidade.
– Ah, sim – concordou o presidente.
Uma vez que Hardisom assumira a responsabilidade corajosamente pelo sistema de informática, ele pôde liderar a discussão sobre como resolver o problema. Se os membros da empresa estavam atrás de um culpado, então estavam satisfeitos por tê-lo encontrado. A partir daí estava mais fácil resolver o problema.

Uma pessoa que busca a grandeza, um verdadeiro líder, não apresenta desculpas ou justificativas para seus fracassos, ele assume responsabilidades. É sempre mais fácil resolver algum problema a partir do fracasso do que a partir das desculpas.

“Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. (Tiago 4: 17)

Harpa de 1000 Cordas

terça-feira, 6 de outubro de 2015

USE DO PODER DO HÁBITO

Lyndon Duke é um reconhecido mentor e treinador de produtividade nos negócios de uma grande empresa de consultoria americana. E conta que, durante muitos anos, sua autoestima estava baixa e que ele lamentava diariamente pelas condições de seu bagunçado apartamento. Morava sozinho, e apesar de ser um ativíssimo gênio dos negócios, trabalhando longas datas, com alegria, não conseguia manter sua casa limpa. Dizia a si mesmo que era indisciplinado e desorganizado. Em suma, sua mente acusava-o de desmazelado.  Finalmente ele chegou à conclusão de que algo lhe faltava: uma rotina. Só isso! Ele tinha força de vontade, bom caráter e autocontrole, mas não tinha uma rotina. Então criou uma. Passou a dedicar 20 minutos todas as manhãs para arrumar as coisas. As segundas-feiras, enquanto o café ficava pronto e os ovos fritavam, ele arrumava a sala. As terças, o quarto. Às quartas, a cozinha. As quintas, o corredor. Às sextas, o escritório. E no fim de semana, por 20 minutos fazia uma faxina mais pesada no cômodo que quisesse. No início ele achava aquilo incômodo, esquisito e pouco natural, que provavelmente não continuaria com aquelas atividades, mas que tinha prometido a si mesmo uma experiência de 90 dias e depois ficaria livre para abandoná-la se quisesse. Mas depois de muita persistência, ele atualmente realiza essas tarefas com tanta naturalidade que ele nem lembra se fez ou não.

A história acima registrada no livro “100 Maneiras de Motivar as Pessoas”, de Steve Chandler, demostra que muitos de nossos problemas profissionais e pessoais podem está relacionadas a simples falta de um hábito que nos induza a fazer algo com regularidade. Santiago Ramón y Cajal, resume o poder da força do hábito na seguinte frase: “Todo homem pode ser, se assim se propuser, escultor de seu próprio cérebro."
Conta-se que um menino que era o pior esquiador de seu grupo de amigos - tão lerdo que as vezes nem o chamavam pra esquiar – decidiu frequentar aulas de esqui. Todo fim de semana ele acordava bem cedo para ir à montanha. Em pouco tempo não só teve bons resultados, como superou seus amigos. Começou a se envolver em competições até chegar a ser um esquiador olímpico de alto nível. Hoje, já adulto, ele diz: "sou um mestre no esqui agora, mas quando comecei eu era um perfeito desastre."
Portanto, jamais esqueça:
◆ Segundo pesquisas, nosso corpo aprende o tempo todo. Células possuem memórias e nosso DNA sofre constante alterações por conta de nossos hábitos.
◆Na natureza, se algo deixa de crescer, também deixa de viver.
◆Até há pouco tempo pensava-se que modificar e automatizar um hábito exigia 21 dias, mas um estudo recente de Jane Wardle, do University College de Londres, publicado no European Journal of Social Psychology, afirma que para transformar um novo objetivo ou atividade em algo automático, de tal forma que não tenhamos de ter força de vontade, precisamos de 66 dias.
◆ Se você deseja vencer, vá até a "montanha" todos os dias. É a repetição que leva a excelência. Como diria a filosofia Master Mind: "eu não temo um homem que pratica 10.000 golpes diferentes, eu temo o homem que já praticou 10.000  vezes o mesmo golpe."


“Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade;” (Tito 2:7)

Livro A Harpa de 1000 Cordas

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

DEIXE O REI SER REI

No filme Anna e o Rei (Anna and the King), produção de 1999, direção de Andy Tennant, com Jodie Foster no papel de Anna Leonowens, uma viúva inglesa que, em 1862, vai trabalhar como professora dos filhos do rei Mongkut, em Bangkok, capital do Sião. O rei acaba se encantando com a formosura da professora, apesar de ela ter um temperamento forte e, às vezes, autoritário. Ambos mantêm um relacionamento comedido que evolui para uma amizade sincera e verdadeira. No meio da trama, Tuptim, uma das concumbinas do rei, apaixona-se por um plebeu. Descoberta a traição, seria necessário aplicar a lei: pena de morte. O tribunal condena o casal. Somente o rei poderia aplicar o indulto real. Neste momento, Anna diz ao rei publicamente que ele deveria inocentar a moça, e apresenta vários motivos para isso. Praticamente Anna intima o rei a tomar esta atitude. Resultado: o rei ordena que se cumpra a execução. O casal é morto, conforme a determinação do tribunal. Inconformada, Anna vai reclamar com o rei, que lhe diz:

“Eu já havia decidido livrá-los da morte. Tinha autoridade para isso, até você me dizer o que fazer. A partir daquele momento, se eu livrasse o casal, estaria obedecendo a você e o reino ficaria sem rei. Anna: deixe o rei ser rei”.

As pessoas não gostam de ser mandadas. Assim, evite de dizer a elas o que fazer. Fale de modo que elas mesmas decidam que atitude devem tomar. Permita que cada uma tenha a sensação de ter suas escolhas. Essa é a essência da verdadeira liderança. O único que tem poder sobre a vida humana é Deus e, mesmo assim, Ele não força ninguém a fezer seus desejos. Deixe o rei ser rei.

"Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. " (Zacarias 4:6)

Livro A Harpa de 1000 Cordas

LEVE OUTROS AO TOPO COM VOCÊ

Maurice Wilson, nascido em 1898, era um inglês idealista, que dizia que escalar os 8.848 metros do Everest seria uma ótima forma de divulgar sua crença de que os males da humanidade poderiam ser curados através do jejum e da fé em Deus. Mesmo sem saber nada sobre aviação e alpinismo, Wilson comprou um pequeno avião e aprendeu a pilotar. Depois, passou 5 semanas caminhando nas colinas da Inglaterra aprendendo o que ele achava que precisava saber sobre alpinismo. E então, em 1933, decolou rumo ao Everest via Cairo, Teerã e Índia. Por não ter conseguido permissão para sobrevoar o território nepalês, vendeu o avião e foi por terra até Darjeeling, onde soube que não tinha permissão para entrar no Tibete. Mas isso não o desanimou. Ele contratou 3 sherpas, disfarçou-se de monge budista e, desafiando as autoridades do Império Britânico, caminhou escondido por quase 500 Km entre florestas e planícies tibetanas até chegar ao Everest. Subindo pelo gelo sobre as rochas, começou bem, mas, quando se deu conta das reais dificuldades, passou a se perder com freqüência. Apesar da exaustão e frustração, ele estava determinado a persistir! Cerca de um mês depois, ele conseguiu chegar a 6.400 metros e encontrou um suprimento de comida e equipamentos deixados por membros de uma expedição fracassada anterior. Depois, ele subiu até chegar a 6.919 metros, onde havia um penhasco vertical de gelo que o impedia de prosseguir, assim ele foi forçado a recuar. No entanto, nada havia que pudesse fazê-lo desistir. Ele escreveu em seu diário: "Esta será a última tentativa e me sinto com sorte". Deu um tempo e rumou para o topo. Um ano depois, uma expedição achou seu corpo congelado sobre a neve, a 7.500 metros. Maurice Wilson, apesar de sua incomparável determinação e devoção, morreu congelado em 1934.

A história de Wilson mostra que a fé e persistência podem levar uma pessoa sozinha a chegar muito longe. No entanto, para se chegar ao topo e se manter lá, é preciso levar outras pessoas consigo. Desde 1920 centenas de alpinistas tentaram escalar o Monte Everest. Por volta de 120 pessoas morreram nessa tentativa e nem perto chegaram do topo. Seus corpos estão sepultados no gelo em algum lugar. O principal motivo é que tentaram sozinhos ou com uma equipe pequena demais para realizar aquela proeza. Não calcularam direito a dimensão do desafio e a necessária cooperação. Finalmente, em maio de 1953 a montanha foi conquistada. Para isso mais de 300 pessoas foram contratadas somente para carregar por 280 km através das encostas da cordilheira do Himalaia o mantimento e equipamentos necessários. Tudo isso deveria ser entregue em Katmandu. Com todo material lá, dois homens abriam caminho apontando as melhores trilhas. Outra equipe de 40 homens deveria carregar o peso de 2,5 toneladas até a primeira base. Outro grupo com 12 os substituiria levando 300 Kg em fardos de 10 Kg montanha acima. Finalmente 8 homens subiram até a próxima etapa e dois alpinistas experientes tentariam chegar ao cume do Everest. Fracassaram e retornaram exaustos mas compartilharam as dificuldades encontradas e orientaram a última dupla no que deveriam evitar. Foi assim que o Neozelandês Edmund Hillary e o Sherpa Tenzing Norgay conseguiram chegar ao topo da montanha, mas só conseguiram por causa de um imenso de trabalho em equipe. Como diria John Maxwell: “Para gerar o sucesso, é necessária a participação de muita gente.”

Em 2003 um alpinista encontrou uma tenda antiga a 8.500 metros que possivelmente tenha pertencido a Maurice Wilson. Talvez ele tenha chegado ao topo, mas ninguém realmente sabe se ele conseguiu. Assim, enquanto você estiver subindo rumo as suas conquistas, jamais esqueça: “Quem vai sozinho, vai mais rápido. Quem vai junto, vai mais longe. Quem se mantém acompanhado, mais tempo em cima permanecerá. E se descer, terá com quem compartilhar suas experiências, será sempre lembrado e encontrará apoio para uma nova tentativa.”

“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!” (Eclesiastes 4:9-12)
Harpa de 1000 Cordas

sábado, 3 de outubro de 2015

REERGA-SE

Você já passou por uma situação deprimente quando seus inimigos disseram ao seu respeito: “você não sabe da bomba!”?

A bomba atômica lançada pelos EUA em Hiroshima durante a 2.ª Guerra Mundial tinha o tamanho de uma bola de tênis, mas fora suficiente para exterminar 100 mil pessoas em questões de segundos. No entanto, a longo de anos, a cidade passou por um extenso processo de reconstrução: casas provisórias foram instaladas ao lado das estradas, enquanto ruas foram revitalizadas, praças e escolas restauradas, e finalmente a construção do “Parque Memorial da Paz”, um lugar de 122.100 m2, que abriga um museu sobre a trajédia, cujo propósito era fazer com que a população não equecesse, mas também não lembrasse daquela destruição com ódio ou sofrimento. O governo japonês sabia que Hiroshima jamais conseguiria se reerguer se a mente das pessoas estivesse tomada pela raiva e pela perda.

Talvez você esteja se sentindo como Hiroshima pós-guerra: sua bomba explodiu e o mundo desabou sobre ti! Saiba que mesmo que você esteja totalmente em ruínas haverá sempre uma esperança. Jerusalém fora destruída pelos exércitos da Babilônia e permaneceu em ruínas por quase 140 anos, mas Neemias estava orando por ela. Um belo dia, no ano 444 AC, o rei Artaxerxes percebeu a tristeza Neemias e perguntou o motivo de sua angústia. Neemias revelou seu desejo de ver a cidade reconstruída e prontamente o rei atendeu ao seu pedido reconstruindo-a em 52 dias! Era uma resposta divina!

Hiroshima sabia que de nada adiantaria tentar reconstruir a cidade se o coração da população permanecesse em ruínas. E Jerusalém entendeu que Deus só pode reconstruir nossas vidas quando nos despojamos do ódio, oramos e perdoamos!  

Reconstrua sua visão, sua mente, seu ânimo, sua vida espiritual e Deus reerguerá os muros da vitória e do êxito  ao seu redor!

“O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido por pouco tempo, os restaurará, os confirmará, os fortalecerá e os porá sobre firmes alicerces.” (1 Pedro 5:10)

📖 Livro A Harpa de 1000 Cordas