sábado, 30 de janeiro de 2016

FIQUE COM 10%

A história do filho pródigo revela um pouco do costume dos povos antigos, em que os filhos ricos viviam nas casas dos pais na esperança de herdarem seus bens. Mas certo dia, Arkad, um dos homens mais ricos da antiga Babilônia, que não concordava com tal costume, mandou chamar seu filho Normasir, que havia atingido a maioridade, e dirigiu-lhe as seguintes palavras:

— Meu filho, meu desejo é que você herde todos os meus bens. Entretanto, primeiro deve provar que é capaz de administrá-los adequadamente. Por isso, quero que saia pelo mundo e mostre sua competência para ganhar dinheiro e tornar-se um homem respeitado entre nossa gente. Para começar bem, lhe darei duas coisas que eu mesmo não tive quando iniciei  a construção da minha fortuna. Primeiro, passo-lhe às mãos este saco com moedas de ouro. Se usá-lo com discernimento, ele constituirá a base a base de seu futuro sucesso. Segundo, deixo sob sua custódia esta pequena tábua de argila onde estão gravadas as cinco leis do ouro. Se conseguir transportar o espírito delas para seus próprios atos, elas lhe trarão competência e segurança. Daqui a 10 anos, volte a casa de seu pai e dê-lhe conta de tudo o que fez. Se eu achar que se mostrou valoroso e me apresentar provas disso, eu o farei herdeiro de todos os meus bens.

Assim, Normasir partiu em busca de seu próprio caminho, pegando a saco de ouro, a pequena tábua de argila em tecido de seda, seu escravo os animais de carga e de montaria.

10 anos se passaram, e o filho, como havia sido combinado, retornou à casa do pai, tendo este providenciado uma grande festa em sua homenagem e para qual convidara grande número de amigos e parentes. Terminadas as comemorações, pai e mãe acomodaram-se em seus ricos assentos num dos lados do grande salão, e o filho presentou-se diante deles para prestar contas de sua viagem, como havia prometido.  Sua esposa, os filhos ainda pequenos, com amigos e outros membros da família, estavam assentados sobre tapetes, atrás dele, ouvindo-o atentamente.

— Meu pai,  há 10 anos, quando me achava às portas o senhor incentivou-me a partir e a tornar-me um homem entre os homens, em vez de permanecer nesta cidade como um vassalo de sua fortuna. E me deu um saco com moedas de ouro. E me concedeu liberalmente as atenções de sua sabedoria.

O pai sorriu indulgentemente:

— Continue, meu filho, sua história me interessa em todos os seus detalhes.
— Decidi ir para Nínive, uma próspera cidade, acreditando que ali encontraria oportunidades. Juntei-me a uma caravana e fiz entre seus membros numerosos amigos. Ali também se achavam dois homens bem-falantes que tinham um belíssimo cavalo branco, rápido como o vento. Enquanto viajávamos, eles me disseram que havia em Nínive um homem riquíssimo, dono de um cavalo tão veloz que nunca tinha sido derrotado. Disseram que, se comparado ao deles, o animal do homem não passava de um pangaré que podia ser batido com facilidade. Propuseram-me então participar com eles da uma aposta, aceitei, mas nosso cavalo levou uma surra vergonhosa, e acabei perdendo grande parte do ouro.

O pai não pôde deixar de rir.

— Mais tarde descobri que se tratava de um plano fraudulento desses crápulas e que eles constantemente viajavam com caravanas, procurando sempre novas vítimas. Mas esse astucioso golpe me deu uma grande lição, incitando-me a ter mais cuidado daí para a frente.

Normasir continuou:

— Logo aprenderia outra, igualmente amarga. Na caravana havia outro jovem com quem estreitei laços de amizade. Ele era filho de pais ricos, como eu, viajando a Nínive a fim de encontrar uma posição conveniente. Não muito depois de nossa chegada, me contou que um comerciante tinha morrido, deixando uma loja repleta de ricas mercadorias e uma clientela de primeira qualidade. Ele propôs que adquiríssemos aquela loja como sócios em partes iguais, mas que antes precisava voltar à Babilónia para investir seu dinheiro, e convenceu-me a comprar a loja apenas com a minha parte. A dele seria usada mais tarde para levar adiante o empreendimento. Comprei a loja e nesse meio tempo, ele demonstrou ser um comprador burro e um gastador insensato. Por fim mandei-o embora. A loja era repleta de mercadorias que ninguém queria comprar e eu sem dinheiro para adquirir outras, decidi repassá-la um israelita por um preço desprezível. A isso se seguiram, meu pai, dias bastante amargos. Procurei emprego e não encontrei, pois não tinha profissão nem treinamento que me capacitassem a ganhar o meu dinheiro. Vendi meus cavalos. Vendi meu escravo. Vendi tudo o que tinha. Naqueles, porém, lembrei-me do compromisso que eu tinha com o senhor, de tornar-me um homem responsável, e eu estava disposto a não desapontá-lo.

A mãe escondeu o rosto e chorou baixinho.

— Foi então que me veio à memória a pequena tábua que o senhor me dera e onde tinha gravado as cinco leis de ouro. Li com extremo cuidado suas sábias palavras e percebi que, se ao menos tivesse buscado primeiro a sabedoria, meu ouro não teria ido embora. Decorei cada uma das leis e determinei que, se ainda uma próxima vez a deusa da boa fortuna sorrisse para mim, eu me deixaria guiar pela sabedoria em vez de confiar na minha inexperiência. Para proveito de todos, lerei as sábias palavras de meu pai gravadas sobre essas pequena tábua de argila que ele me entregou há dez anos. 

Ele leu as cinco leis diante de todos, depois disso, disse:

—  Essas são as cinco leis de ouro gravadas por meu pai na pequena tábua. Proclamo-as tão valiosas quanto o próprio ouro. Depois de muitos dias amargos, consegui um emprego como chefe de um grupo de escravos que trabalhavam na nova muralha externa da cidade. Usando meu conhecimento da primeira lei de ouro, economizei uma moeda de cobre dos meus primeiros vencimentos, acrescentando a ela, sempre que possível, uma moeda de prata. Era um procedimento lento, pois eu tinha de fazer despesas pessoais. Gastava de má vontade, admito, porque estava determinado a ganhar, antes de completados os dez anos, muito mais dinheiro que aquele que o senhor, meu pai, me havia concedido. Um dia, o chefe dos escravos, de quem me tinha tornado amigo, disse-me que eu era um jovem econômico que não gastava mais do que ganhava. Dissei-lhe que era meu desejo juntar o suficiente para repor aquele que meu pai havia me dado e que havia perdido. Então ele me disse que, se eu confiasse nele, ele me ensinaria a lidar de modo lucrativo com o dinheiro, e me explicou que dentro de um ano, a muralha externa terá sido terminada e estará pronta para receber grandes portões de bronze que serão erguidos em cada entrada, a fim de proteger a cidade contra os inimigos do rei. Em toda Nínive não existia metal suficiente para fazer esses portões, e o rei ainda não havia pensado em providenciá-lo. Seu plano era formar um grupo que juntaria dinheiro para organizar uma caravana às minas de cobre e estanho, muito distantes, e trariam a Nínive quantidades imensas de metal. Assim que rei ordenasse a fabricação dos portões, nós sozinhos forneceríamos o metal a um preço que o soberano não se recusaria a pagar. Se o rei não quiser comprar diretamente de nós, mesmo assim, ainda teríamos o metal, que poderia então ser vendido a um preço bem mais alto a outros compradores. Nisso eu reconheci uma oportunidade para aplicar a terceira lei e investir minhas economias sob a orientação de um homem sábio. Não fui desapontado. Nosso grupo foi bem-sucedido, e com o tempo, fui aceito como um membro desse mesmo grupo em outros empreendimentos. Assim, aprendi a investir com segurança e a garantir um retorno lucrativo para o meu dinheiro. Devido a meus infortúnios, tentativas e êxitos, pude repetidas vezes, meu pai, comprovar que a sabedoria das cinco leis de ouro de fato estavam certas. Para quem não conhece essas leis, o dinheiro vai embora rapidamente. Para quem conhece, o dinheiro aparece e trabalha para eles como um escravo.

Nomasir parou de falar e acenou para um escravo no fundo da sala. O escravo trouxe para a frente, um de cada vez, três pesados sacos de couro. Nomasir pegou um deles e colocou-o no chão, diante de seu pai, dirigindo-lhe estas palavras:

— O senhor me deu, quando há dez anos deixei sua casa, um saco com moedas de ouro da Babilônia. Pois aí está, como devolução, um saco com moedas de ouro de Nínive de igual peso. Uma troca equivalente, como todos concordarão.

Então ele continuou:

— O senhor me deu também uma pequena tábua de argila gravada com palavras sábias. Em seu lugar, aí estão esses dois outros sacos com moedas de ouro.

Assim dizendo, tirou-os das mãos do escravo e, do mesmo modo, colocou-os no chão diante do pai.

O pai pôs afetuosamente sua mão sobre a cabeça do filho, e disse:

— Você aprendeu bem suas lições, e me sinto realmente feliz por ter um filho a quem possa confiar minha riqueza.

Da história acima podemos tirar as seguintes lições:

1 - George S. Clason, autor do livro que conta essa história - O Homem Mais Rico da Babillônia - por meio dessa ilustração, ensina que a sabedoria vale mais do que ouro, pois foi por meio dela que Normasir, depois de ter perdido tudo, conseguiu tornar-se próspero, além de digno de receber a rica herança do pai. Essa história ilustra que o sucesso é fruto da experiência. Mas a experiência é fruto dos fracassos.

2 – Quando se guarda pelo menos 10 % de tudo que se ganha (independente das questões religiosa sobre o dízimo), você está dizendo para seu próprio subconsciente de que é capaz de conseguir muito mais. E que a abundância está em você e não no seu salário. Esses 10% é a semente que você não deve comer, mas investir. Segundo pesquisas, pessoas que são capazes de adiar suas recompensas (independente de salário), que trocam a satisfação imediata em prol das oportunidades futuras, são dezenas (até milhares) de vezes mais bem-sucedidas em comparação das pessoas que não possuem esse hábito.

3- As cinco leis do ouro que Normasir recebeu do pai, e que foram lidas diante de todos, foram as seguintes:
I - O ouro vem de bom grado e numa quantidade crescente para todo homem que separa não menos de um décimo de seus ganhos, a fim de criar um fundo para o seu futuro e o de sua própria família. 
II - 0 ouro trabalha diligente e satisfatoriamente para o homem prudente que, possuindo-o, encontra para ele um emprego lucrativo, multiplicando-o como os flocos de algodão no campo.
III - O ouro busca a proteção do proprietário cauteloso que o investe de acordo com os conselhos de homens mais experimentados em seu manuseio.
IV - O ouro foge do homem que o emprega em negócios ou propósitos com que não está familiarizado ou que não contam com a aprovação daqueles que sabem poupá-lo.
V - O ouro escapa ao homem que o força a ganhos impossíveis ou que dá ouvidos aos conselhos enganosos de trapaceiros e fraudadores ou que confia em sua própria inexperiência e desejos românticos na hora de investi-lo.

4 – Segundo pesquisas, os chineses economizam 55% de seus salários, os russos 28%, os alemães 23%, os americanos 16%, e apenas 20% brasileiros conseguem economizar 10%. No entanto, 80% da população brasileira deve cartão de crédito, sendo que essa dívida, em média, equivale a 7 vezes mais que seus salários. Isso demonstra que, mais do que ganhar dinheiro, precisamos aprender a investi-lo, aplicando a lei do ouro, como fazem os países mais desenvolvidos.

5 - O êxito financeiro não tem nada a ver com religião. Por isso que há pessoas ricas e pobres dentro de uma mesma denominação. No entanto, as pessoas que se tornaram bem-sucedidas depois que se converteram a determinada igreja, foram beneficiadas pela benção motivação, autoconfiança, disciplina, foco, força e fé, que também são alcançáveis a qualquer indivíduo que busca prosperidade, independentemente de religião. Por outro lado, a maior benção do evangelho, é sem dúvida, a salvação, e isso vem pela graça.

“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.” (2 Coríntios 8:9)

📖Harpa De Mil Cordas

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

CONHEÇA E PRATIQUE PARA VENCER

Henry Ford teve muito pouco tempo de estudo, entretanto foi um dos homens mais “bem-educados” do mundo, porque adquiriu a habilidade de combinar as leis econômicas com as leis naturais, alcançando assim o poder que lhe permitiu tirar o que precisava do material da natureza.
Há muitos anos atrás, Ford moveu uma ação contra o jornal Chicago Tribune, acusando-o de haver publicado um artigo com alusões ofensivas à sua pessoa, uma das quais dizia que ele era um pacifista ignorante, etc. Quando a ação chegou ao tribunal, os advogados do Tribune pretenderam provar por meio do próprio Ford, o que havia sido escrito contra ele. Ford foi obrigado a apresentar-se no tribunal. Os advogados disseram que ele realmente era um ignorante, e com esse objetivo, o interrogaram sobre muitos assuntos. Uma das perguntas formuladas pelos advogados foi a seguinte:
- Quantos soldados a Inglaterra mandou para vencer a rebelião das Colônias, em 1776?
Cor ar de desprezo, sem se alterar, Ford respondeu:
- Não sei exatamente o número enviado, mas ouvi dizer que foi enviando um número muito maior do que o dos que voltaram.
Uma gargalhada geral contaminou o juiz, o júri, os espectadores, e até mesmo o advogado frustrado.
A série de perguntas prosseguiu por uma hora ou mais, e Ford manteve-se perfeitamente calmo durante todo o tempo. Finalmente, cansado das brincadeiras dos “astutos” advogados, a uma pergunta particularmente insultuosa, Ford levantou-se e apontando com o dedo para o advogado que o interrogava, replicou:
- Se eu pretendesse responder à pergunta idiota que o senhor acaba de fazer, ou a qualquer outra que já fizeram, permita-me lembrar-lhes que sobre a minha mesa de trabalho, tenho uma série de botões elétricos, e, colocando um dedo sobre um determinado botão, chamaria homens que poderiam dar-me uma resposta correta a todas as perguntas que me foram feitas, e a todas que os senhores não têm inteligência para formular, nem teriam para responder. Agora, tenham a bondade de dizer-me porque eu iria encher a cabeça com uma série de detalhes inúteis a fim de responder a todas as perguntas idiotas que me fizeram, quando tenho em torno de mim homens capazes, que me podem apresentar todos os fatos que necessito a um simples chamado meu?
Houve um silêncio no tribunal. O promotor ficou de queixo caído e arregalou os olhos surpreso. O juiz endireitou-se na cadeira e olhou fixo para Ford. Muitos jurados ficaram estupefatos e olharam em torno de si como se tivessem contemplado uma explosão. Até então, o advogado de acusação se divertira bastante a custa de Ford, exibindo assim com habilidade os seus próprios conhecimentos em comparação com o que julgava ser a ignorância de Ford, mas aquela resposta o deixou totalmente sem graça.
Ford, por meio desse fato, provou que a verdadeira educação não significa uma mera coleção de conhecimentos, mas em adquirir o saber necessário para atender às suas necessidades e desenvolver o próprio espírito. Esse conceito está em conformidade com o significado da palavra educar, que tem as suas raízes no vocábulo latino “educo”, que significa desenvolver-se de dentro, projetar-se, crescer por meio da lei da prática.”
Dos fatos acima podemos obter as seguintes lições:
1 – Ford, em sua época, foi o homem mais poderoso do mundo porque tinha a concepção prática do princípio do conhecimento organizado. O conhecimento em si não gera poder, caso contrário, todos os professores do mundo seriam milionários. O conhecimento só se torna poder quando o mesmo é organizado, classificado e posto em ação.
2 – Segundo Napoleon Hill, “o homem que sabe fazer um uso inteligente do conhecimento dos outros é mais educado do que aquele que, tendo conhecimentos, não sabe como emprega-los.”
3 – Ford talvez não tivesse nenhuma formação acadêmica, mas ele conhecia profundamente seu trabalho, principalmente sobre mecânica de motores e gestão de pessoas. O segredo do seu sucesso era saber como as coisas com as quais lidava funcionam. Isso comprova que, apesar do conhecimento não garantir o sucesso, ele sempre é importante. Ninguém chega ao êxito sem saber de nada.
4 – Segundo cientistas, a aprendizagem remodela a configuração física do cérebro, pois o conhecimento não somente muda nosso software, mas também transforma nosso hardware. Assim, se você deseja ser uma pessoa portadora de uma mente privilegiada e de um comportamento triunfante, jamais deixe de aprender! A cada dia 3 mil novos livros são lançados e quanto de tudo isso você tem tirado proveito?
“Recebei o meu ensino, e não a prata, preferi o conhecimento, antes do ouro puro. Porquanto, melhor é a sabedoria do que as mais finas jóias, e de tudo o que se possa ambicionar, absolutamente nada se compara a ela!” (Provérbios 8: 10-11)
 Harpa De 1000 Cordas

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

REMOVA AS PEDRAS DENTRO DE SI MESMO

Certa vez um monge estava caminhando por uma estrada num fim de tarde. De repente percebeu que o capim alto à beira da estrada se mexeu. Um rapagão forte e corpulento saiu do meio do mato e prostrando-se de joelho implorou ao sábio que o tirasse daquela vida de frustração e angustias. O rapaz começou a contar sua história e disse ao sábio que ninguém o aceitava. Após escutar tudo o que o rapaz disse o sábio com tom meio distraído perguntou: “Aonde posso encontrar por aqui um pouco de água para beber?” confuso, o rapaz respondeu que logo ali, atrás do mato-alto havia um poço velho que ainda tinha água porém sem balde nem roldana. “Já sei, disse o rapaz, tenho aqui uma corda que posso amarrar em sua cintura e descê-lo ao fundo do poço. Assim o senhor pode beber até se saciar e ao final, é só puxar a corda que eu o puxarei para fora!”

O monge concordou e do fundo do poço, após ter matado sua sede, gritou para o rapaz: “Pode puxar!” imediatamente o rapaz começou a puxar a corda, mas, mesmo fazendo força o monge não apareceu. Era como se a corda nem tivesse se mexido. Ao olhar na penumbra do buraco percebeu que o monge estava agarrado em uma pedra no fundo do poço. Irritado, o rapaz gritou: “O monge, que brincadeira sem graça é esse? Estou fazendo uma força enorme para içá-lo e o senhor aí agarrado a esta pedra!”

“Calma, meu rapaz! Preste atenção ao que vou lhe dizer. Mesmo você sendo forte e disposto não conseguirá me tirar do fundo do poço se eu insisto em ficar agarrado a esta pedra. De forma similar, nem eu nem ninguém, por mais forte e disposto que seja conseguirá tirá-lo do fundo do poço se você insistir em se agarrar a seus pensamentos negativos e de angustia.” Após ser retirado do poço e perceber que o rapaz havia entendido o ponto, o sábio seguiu viagem deixando o rapaz refletindo sobre o que faria daqui para frente.

Da história acima podemos obter as seguintes lições:

1- Da mesma forma como a conteceu aquele rapaz, se você acredita que não vai conseguir vencer suas dificuldades – ninguém, nem mesmo Deus poderá fazer algo em sua vida. Permita-se a si mesmo aconquistar novas realidades. Solte as pedras que limitam seu potencial de vitória.

2 - Se você deseja ser grande ou conquistar qualquer coisa que você julga difícil, o primeiro passo é eliminar suas crenças limitantes. A jornada rumo ao sucesso é como uma viagem de carro, no entanto nenhum veículo pode enfrentar as sinuosidades de uma estrada, curvas perigosas, buracos e pedras, com o freio de mão puxado.

3 - Muitas pessoas acabam complicando as coisas por acharem que a vida precisa ser difícil, como diria Timothy Ferris:  "A vida não tem que ser tão difícil. Não tem mesmo. A maior parte das pessoas, inclusive eu mesmo no passado, passa muito tempo convencendo a si mesmas de que a vida tem que ser difícil..."

"Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti. (Jeremias 32:17).

 Harpa De 1000 Cordas

domingo, 24 de janeiro de 2016

LUTE POR AQUILO QUE ACREDITA

A Guerra dos Cem Anos foi um dos maiores conflitos da Idade Média, entre duas das principais potências europeias: França e Inglaterra. Apesar do nome, durou 116 anos. Começou em 1337 e terminou em 1453. Não foi um confronto ininterrupto, mas uma série de disputas que incluíram várias batalhas.

A Batalha de Sluys (1340);
A Batalha de Crécy (1346);
A Batalha de Calais (1347);
A Batalha de Poitiers (1356);
A Batalha de Cocherel (1364);
A Batalha de Azincourt (1415);
O Cerco a Orléans (1429);
A Batalha de Jargeau(1429);
A Batalha de Meung-sur-Loire (1429);
A Batalha de Patay (1429);
A Batalha de Formigny (1450);
A Batalha de Castillon (1453).

Durante o caos da guerra dos cem anos, enquanto o norte da França era dizimado pelas tropas inglesas e a monarquia francesa fugia, uma jovem de Órleans chegou dizendo ter recebido instruções divinas para levar o exército francês a vitória. Não tendo mais nada a perder, Carlos VII autorizou-a a comandar algumas tropas a partir do Cerco de Orléans. Para espanto geral, ela conseguiu uma série de triunfos sobre os ingleses. As notícias sobre a garota extraordinária se espalharam rapidamente. Sua fama crescia a cada vitória, até que ela se tornou uma heroína, assumindo o comando militar de toda a França. As tropas francesas, antes à beira do colapso total, conseguiram vitórias decisivas para a coroação do novo rei. Entretanto, ela foi traída e capturada pelos ingleses. Cientes da ameaça que ela representava, pois era um símbolo da própria França e alegava receber orientações do próprio Deus, os ingleses a levaram a um julgamento impressionante. Após um interrogatório com um final previamente combinado, ela foi julgada culpada e queimada na fogueira, aos 19 anos, em 1431. Seu nome era Joana d’ Arc.

Nos séculos que se seguiram, foram feitas centenas de tentativas de entender o que se passara na mente dessa extraordinária adolescente. Teria sido uma profetiza, santa ou louca? Os cientistas que recorreram a psiquiatria moderna e a neurociência  explicam que Joana provavelmente sofria de esquizofrenia, pois ouvia vozes. Outros contestam esse fato, pois os registros remanescentes de seu julgamento revelam que ela foi uma pessoa de pensamentos e fala racionais. Perguntaram, por exemplo, se ela estava na graça de Deus. Se respondesse sim, seria considerada herege. Se respondesse não, seria uma confissão de culpa, e portanto, uma fraude. De qualquer maneira ela estava perdida.  No entanto, sua resposta deixou todos boquiabertos, ela disse: “Se eu não estiver, que Deus me coloque lá; se eu estiver, que Deus me guarde”. O notário escreveu no registro: “Os que ficaram interrogando ficaram estupefatos.” De fato, as transcrições nos relatórios são tão impressionantes que George Bernad shaw colocou traduções literais em sua peça “Santa Joana”.


Dos fatos acima podemos tirar as seguintes lições:

1 - Joana d’ Arc era uma camponesa analfabeta que dizia ouvir vozes diretamente de Deus, e saiu da anonimato para levar um exército desmoralizado  à vitórias que mudaram os cursos das nações, fazendo dela uma das figuras mais fascinantes, envolventes e trágicas da história. Assim como os grandes profetas, ela deixou seu nome registrado na história por viver e lutar por aquilo que acreditava.

2 - Uma mesma guerra pode gerar muitas batalhas. Esse tipo de conflito assemelha-se a diversos que enfrentamos todos os dias como discussões mal resolvidas, debates intermináveis e disputas desnecessárias que só resultam em desgastes emocionais e morte dos relacionamentos. Na Bíblia, Esaú e Jacó viveram uma disputa ferrenha pelas bençãos do pai, é só após vinte anos entraram em acordo. Da mesma forma, se você quiser dar um ponto final a uma guerra, opte pela reconciliação. Não existe melhor caminho para a paz do que a aceitação, a diplomacia e o perdão.

3 – A diplomacia consegue mais do que a guerra. Mesmo um conflito longo e sangrento como foi a Guerra dos Cem Anos, bastaram apenas 2 anos de negociações feitos por habilidosos diplomatas dos dois países para que a guerra finalmente fosse encerrada.

4 – Mesmo pequenas intrigas podem dividir famílias, desfazer amizades e causar longas separações, tudo isso porque muitas vezes preferimos aceitar a condição de vitimas, disfarçar mágoas e evitar conflitos. A história mostra que bem melhor resolver logo o assunto do que ficar com ressentimentos que duram décadas. Dói na hora, como um remédio injetável, mas passa rápido, evitando-se assim uma doença que pode crescer até tornar-se incurável.

5 – Muitos cientistas acreditam que Joana D’Arc e a maioria dos profetas do passado tinham uma espécie de lesão epilética no lobo temporal, o que lhes faziam ouvir a voz de Deus. No entanto, outros  especulam a existência de um “gene de Deus”, que predispõe o cérebro à capacidade de sintonizar-se a voz de seu Criador.  Portanto, é plausível supor que nossa capacidade de responder a sentimentos de fé esteja programada em nosso genoma e que, cada um de nós, assim como o Moisés, Samuel e outros profetas, também podemos ter a capacidade de ouvir a voz de Deus, principalmente por meio da oração e pela leitura e obediência às sagradas escrituras.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (João 10:27).

 Harpa de 1000 Cordas

sábado, 23 de janeiro de 2016

PONHA ESSE SIMBOLO EM SEU CORACAO

Segundo o historiador Eusébio de Cesaréia, em 312 a.C, o imperador Constantino estava empenhado em uma das maiores batalhas de sua vida, a qual travaria contra o imperador Maxêncio. Ao encarar o exército inimigo duas vezes maior que o seu, ele percebeu que provavelmente morreria em batalha. Mas, naquela noite ele sonhou com um anjo trazendo a imagem da cruz e dizendo as palavras proféticas: “Com este símbolo, vencerás.”

Há momentos em que um homem deve tomar uma grande decisão. Decisões podem causar efeitos tão impactantes que podem transformar não somente o destino de uma nação, mas do mundo. E foi assim que aconteceu naquela noite de outubro, quando Constantino – filho de Constâncio e Helena – fora chamado a decidir qual seria o destino do Império de Roma. Não se sabe o que se passava eu sua mente, se ele estava seguro de suas decisões ou estava em dúvidas e hesitações. Sabe-se apenas que na manhã seguinte, ele não só fez imprimir a cruz de Cristo nos estandartes de suas legiões, mas mandou remover o Labarum, a águia imperial de Júpiter dos escudos romanos, e colocou a cruz seu lugar.

E foi dessa maneira que Constantino conseguiu impressionantemente derrotar o exército rival as margens do rio Tibre. No dia 28 de outubro de 313 a cruz saiu vitoriosa sobre a poeira do grande campo de batalha de Saxa Rubra. Esse fato levou Constantino a converter-se ao cristianismo. Um ano depois, a 13 de junho de 313, ele promulgou o Edito de Milão com o qual todas as leis contra os cristãos ficavam abolidas e o Cristianismo se tornava a religião oficial do Império Romano. Por meio disso, ele pôs fim à era das perseguições e abria uma nova época de liberdade de culto para os cristãos, antes perseguidos e servidos como alimento para os leões.

Os fatos acima nos trás as seguintes lições:

1 – Tudo o que decidimos hoje tem impacto estrondoso em nosso futuro. É o chamado “Efeito Borboleta”, cuja analogia diz que até mesmo o bater de asas de uma borboleta pode contribuir para a formação de uma grande tempestade. Da igual modo, se hoje você decidiu abrir uma empresa, fazer determinado curso na faculdade, casar com determinada pessoa, ou até mesmo comer determinado alimento num fim de semana, isso, de alguma forma, terá um grande impacto sobre seu futuro.

2 – A cruz, antes símbolo de morte, após o sacrifício de Jesus, é hoje vista como símbolo de vida. Isso não significa que ela deva ser usada como amuleto, ou erroneamente utilizada como nos tempos das cruzadas, moldadas nos escudos de guerreiros que “matavam em nome de Deus”. A cruz de Cristo deve remontar nossos pensamentos ao calvário, onde Jesus deu sua vida por amor, para salvar e libertar o homem que estava perdido. Como diria John Ston: “Se você quer uma definição do que é amor, não vá ao dicionário, vá ao calvário”.

"Nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos; mas para os eleitos – quer judeus quer gregos – força de Deus, e sabedoria de Deus. Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens." (1 Cor 1: 23-25)

Harpa de 1000 Cordas

domingo, 17 de janeiro de 2016

SEJA INTELIGENTE E PERSISTENTE

Ele teve uma infância difícil, mas divertida. Seus pais trabalhavam na lavoura quando adolescentes e chegaram a passar enormes dificuldades financeiras. Eles tiveram seis filhos que dormiam dentro do mesmo quarto, numa pequeníssima casa. Sua mãe sofria de fobia social e por isso nunca saía de casa sozinha. Para conter a guerra que seus filhos realizavam, ela fazia as malas e ameaçava ir embora. Porém, tomava o caminho do quintal. As crianças comovidas, pediam para que ela voltasse e se aquietavam naquele dia. O menino, por sua vez, cresceu hipersensível e vivia distraído, desconcentrado e detestava a rotina dos estudos. Seu comportamento era marcadamente irresponsável. Gostava de festas e poucos compromissos. Durante os dois primeiros anos do ensino médio ele não usou nenhum caderno. Raramente copiava a matéria dada em aula, a não ser quando, num caso extremo, pedia uma folha emprestada. Seu pai tinha um problema cardíaco e desde cedo o estimulou a ser médico. Com base nesse sonho, o filho desejou ser não apenas médico, mas cientista. Mas aquilo era um sonho muito grande para quem considerava a escola o último lugar em que gostaria de estar. Ele se sentia um estranho num ninho. Não se adaptava ao sistema escolar. Na adolescência, usava roupas bizarra e vivia com os cabelos revoltos. Quando dizia que queria ser médico, todos riam da cara dele.  Nem seus amigos mais íntimos acreditavam nele. Dizer que queria ser um cientista era uma loucura para quem não prestava atenção nas aulas. Somente seus pais nunca deixaram de acreditar no potencial do filho. Mas próximo da idade adulta, o jovem decidiu parar de brincar com a vida e não ficar mais à sombra do pai. Queria construir a própria história. Deixou as festas, as orgias, o convívio com amigos e resolveu ir atrás de seus sonhos. No entanto, cerca de 70% daquilo que as pessoas planejam falha na fase de execução não por falta de inteligência ou visão, mas por falta de disciplina. Assim, o jovem sabia que precisava de disciplina e teve que pagar um alto preço em busca de seus sonhos, sacrificando horas de lazer para estudar 12 horas por dia para entrar na faculdade de medicina. Sentia vertigem e sono, mas perseverava. Quando ninguém esperava nada dele, ele passou no vestibular e entrou na faculdade de medicina.
Na faculdade, era questionador e pensava diferente dos professores. Não engolia as informações sem antes questioná-las. Assim, ele escrevia no caderno as matérias numa forma diferente do que era ensinada. Apesar de ser uma pessoa sociável, seguro, destemido e apaixonado pela vida, seus conflitos internos o levaram a depressão. Durante as férias do segundo para o terceiro ano da faculdade ele deprimiu-se. Chorava sem lágrimas. Andava angustiado, tinha insônia e desmotivação. Não sabia que aquilo era uma depressão, pois não havia tido aulas de psiquiatria sobre o assunto. Contudo, ninguém percebeu sua crise, pois soube escondê-la de seus colegas e íntimos. Apesar da proximidade dos amigos, ele sentia-se na mais profunda solidão. No entanto, quando estava prestes a perder as esperanças, ele decidiu voltar para dentro de si mesmo. Começou a questionar qual o sentido da vida e qual sua postura diante do próprio sofrimento. Então resolveu deixar de ser vítima de sua miséria emocional e ser líder de si mesmo. Procurou perscrutar seu caos e entender os fundamentos de sua crise. Criticava sua dor e questionava seus pensamentos negativos. Naquele momento ele aprendeu uma grande lição de inteligência:
“Quando o mundo nos abandona, a solidão é superável, mas, quando nós mesmos nos abandonamos, a solidão é quase insuportável.”
Ele passou a desenvolver técnicas que aprendia consigo mesmo. Registrava todas as suas descobertas. Antes ele detestava escrever, mas agora escrevia com prazer. Em qualquer lugar fazia anotações. Seus bolsos viviam cheios de papeis. Quando seus professores terminavam de dar uma aula junto ao leito de pacientes com câncer, cirrose, enfisema pulmonar, seus colegas saíam, mas ele ficava. Queria conhecer a história, os medos, os recuos, os pensamentos e os sonhos de seus pacientes. Amava entrar no mundo deles e anotava suas percepções. Foram muitas suas descobertas, de forma que, no último ano de medicina ele escrevia quatro horas por dia.
Após terminar a faculdade, ele procurou uma grande universidade para continuar suas pesquisas. Procurou um cientista, um doutor em psicologia, para expor suas observações. Falou rapidamente sobre sua intenção de pesquisar sobre a construção de ideias, a formação da consciência e a natureza da energia psíquica. O resultado? Foi humilhado. O professor perguntou-lhe ironicamente se ele queria ganhar o prêmio Nobel e fechou-lhe a porta. O jovem, pela primeira vez, sentiu a dor da rejeição, mas decidiu continuar. Procurou outra universidade, mas desta vez foi mais preparado. Levou uma apostila que continha centenas de páginas sobre suas ideias. Enfrentou uma banca examinadora compostas de ilustres professores. Uma examinadora pegou seu material e perguntou quem o havia orientado. Ele disse que o assunto era inédito, não havia orientador. O resultado foi que ele foi mais humilhado ainda! Ela lhe disse que não havia espaço para ele naquela universidade. Novamente a dor da rejeição tocou a alma daquele jovem. Depois da amarga experiência, ele fez várias tentativas para publicar seus estudos. Procurou por editoras. Esperou por meses uma resposta, mas nenhuma teve sequer o trabalho de envia-lhe uma resposta.
Depois de tantas derrotas, teria que abandonar suas pesquisas para exercer psicologia clínica afim de sobreviver. Através das técnicas que aplicava, muitos pacientes obtinham uma grande melhora na sua qualidade de vida. Assim, ele teve uma ascensão profissional meteórica. Começou a dar palestras e entrevistas na mídia sobre conflitos psíquicos.  Em menos de dois anos estava nos principais canais de TV. Porém, havia algo de errado dentro dele. Era infeliz, pois havia enterrado seu maior sonho: ser um cientista. No auge do status social, decidiu abandonar tudo em busca de seu sonho. Ninguém o apoiou, somente sua esposa. Saiu da capital e foi morar no interior. Desejava está em um lugar tranquilo onde pudesse pesquisar e escrever.  Contribuiu uma clinica dentro de uma mata. Começou tudo de novo. Apesar da difícil localização, clientes apareceram e em pouco mais de um ano, sua agenda estava cheia novamente. Com o passar dos anos, sua produção científica intensificou-se, obrigando-o a reduzir seus atendimentos. Passou a escrever mais de vinte horas por semana, depois trinta. Chegou a escrever de 9 da manhã até uma da madrugada, sem nenhuma interrupção. Passou-se o tempo e ele teve três filhas. Uma delas, com 11 anos, chegou a perguntar quando ele terminaria o livro que ele começara a escrever antes dela nascer. Ele passou a mão no rosto e não conseguiu lhe dar uma resposta. Sua esposa se adiantou e disse: “Minha filha, seu pai nunca vai terminar esse livro. Pois no dia em que terminar, ele vai morrer...”Mas passaram-se mais de 17 anos, ele terminou os pressupostos básicos de sua teoria (e não morreu). Ele escreveu mais de três mil páginas. No entanto, nenhuma editora publicaria um livro com todo esse volume de informação. Então num esforço dantesco, ele resumiu sua obra em 400 páginas e enviou para algumas editoras. Depois de quatro meses, recebeu uma carta com uma resposta negativa. Passado mais algum tempo, recebeu outra carta dizendo que aquele material não preenchia a sua linha editorial. Mas ele não desistiu, tirou cópias de seu material, foi a pequena agência dos correios de sua cidade e enviou para outras editoras. Foram longos meses de espera. Depois de aguardar ansiosamente por uma resposta, de repente outra carta e mais uma resposta negativa.  Passado algum tempo, chegou uma quarta carta. Desta vez, sua esposa veio entrega-la.  Quando abriram a carta juntos, e leram a resposta. Outra decepção, negativa novamente. Já sem muita expectativa, ele foi à agência do correio e postou mais uma vez. Passados alguns meses, veio a surpresa. Finalmente, uma resposta positiva. Uma grande editora decidiu apostar no projeto e publicar sua obra. Ele publicou o livro com o título “Inteligência Multifocal”, o nome de sua teoria. Entretanto, após publicar o livro, quase ninguém entendeu seus textos, de tão complexos que eram. Mesmo sendo apreciados por muitos profissionais das área de educação, psicologia e até alguns acadêmicos, poucos exemplares foram vendidos. Então ele decidiu escrever outra obra, mais simples, onde analisaria a personalidade de um grande pensador da história, sob a ótica da teoria da Inteligência Multifocal. Ele escreveu sobre aquele que dividira a história ao meio: Jesus Cristo. Desejava conhecer como esse personagem protegia sua emoção, como gerenciava seus pensamentos e como ele estimulava a arte de pensar. Depois de analisar criteriosamente os relatos bíblicos, algo incrível aconteceu. Ele que era um exímio ateu, decidiu torna-se um cristão sem fronteiras, pois percebeu que a psicologia podia provar que Cristo foi um personagem real. Os princípios que regem a personalidade do Mestre dos mestres estão além do imaginário humano. Assim, ele publicou o livro “Análise da Inteligência de Cristo”. O livro foi um sucesso estrondoso, não devido a sua grandeza como escritor, mas à grandeza do personagem que descrevia. A partir disso, outros livros surgiram e o sonho de se tornar um cientista da psique humano fora realizado. O nome desse grande autor é Augusto Cury, com mais 12 milhões de vendidos no Brasil e também publicados em mais de 40 países.
Da história acima podemos tirar as seguintes lições:
1) O sucesso tem pouca relação com a inteligência e está muito mais associado a capacidade do indivíduo adiar suas recompensas. Segundo pesquisas realizadas pelo Dr. Richard Davidson, neurocientista da Universidade de Winsconsin-Madison, “as notas na escola, a pontuação no vestibular, representam menos para o sucesso na vida do que a capacidade de cooperar, de regular as emoções, de adiar a satisfação e de se concentrar.” O exemplo acima mostra que, mesmo com tanto brilhantismo, Augusto Cury teve que persistir mais de 20 anos para realizar seus sonhos.
2) A metodologia para publicar livros adotada por augusto Cury – ou seja, a de enviar os originais pelo correio para uma editora –, não é mais a única maneira de se publicar uma obra. Hoje em dia, o autor pode submeter seus originais pela internet. Ao digitar “envio de originais” no Google, serão mostradas inúmeras opções de editoras que aceitam receber o arquivo eletrônico da obra por e-mail para análise. Outra forma de publicar a obra é fazê-lo por meio de uma prestadora de serviço, como uma gráfica, no entanto é preciso investir financeiramente na obra. A outra de se publicar, mas sem gastar nada, é armazenar o original (em pdf) em sites especializados em publicar livros por encomenda, como por exemplo, o site do Clube de Autores e o Amazon.com. Onde quem paga pela publicação é o cliente interessado na obra.
3) Por mais inteligente que seja uma pessoa ela precisa persistir obsessivamente para alcançar seus objetivos. Se ela permitir que sabedoria divina atue em sua vida, assim como fez Augusto Cury ao escrever sobre a inteligência de Jesus, os resultados de seu sucesso serão ainda mais consistentes.
"Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos; e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos.” (Isaías 55:9)
 Harpa de 1000 Cordas