domingo, 21 de abril de 2013

PRETO NO BRANCO

Agir com intolerância, querendo que tudo saia perfeito, e esperar que as pessoas nunca errem é desejar o impossível.

Não nascemos máquinas, não viemos como nenhum dispositivo anti-erro. Ao contrário, somos criaturas evolutivas, cujo aprimoramento ocorre com as falhas.

Quando Tomas Edison, foi questionado sobre suas 10 mil tentativas para criar a lâmpada, ele disse: "Eu aprendi 9.999 maneiras de não fazer errado".

Ser intolerante é ser "quadrado", incapaz de admitir estradas sinuosas. Afinal, o mundo está cheio de tolerâncias: amortecedores, molas, borrachas, corretivos, acolchoados, rodas, etc. Seria impossível criar qualquer coisa sem considerar as imperfeiçoes e variações das mesmas.

“Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo”.(OSCAR NIEMEYER )

Portanto, deixemos de ser "quadrados" querendo que as pessoas se adaptem a nós, querendo que elas sejam perfeitas e correspondam as nossas expectativas. Somos nós quem devemos compreendê-las como criaturas emotivas e evolutivas, que se aprimoram e se adaptam com o tempo. Querer controlar as pessoas é acreditar que o vento nunca mudará de direção, pois afinal, até mesmo em algum lugar do planeta, o vento faz curva.

A beleza está na variedade. É preciso ser diferente para fazer a diferença no mundo!

Abraços!