Susan Weinschenk conta em seu livro que certa vez ela passou por uma série de crises. Ela tinha 30 anos e um relacionamento de muitos anos havia se acabado de maneira bem difícil; ela havia se mudado para uma cidade onde não conhecia ninguém; estava em um novo emprego na qual não tinha certeza se gostava; alugara um apartamento e, como não tinha dinheiro para os móveis, passou a dormir em um colchão colocado diretamente no chão. Nessas condições ela descobriu que o seu novo lar estava infestado de pulgas! Quando ela precisou levar as roupas para uma lavanderia próxima do seu trabalho, ela teve outra frustração: depois de lavadas, deixou as roupas na secadora. Voltou correndo para trabalho e uma hora depois, quando retornou, descobriu que suas roupas haviam sido roubadas. Ela descreve com muita tristeza que ao retornar para o escritório, estava com cabeça baixa, apoiada nas mãos. Não havia parentes e nem amigos proximos com quem compartilhar suas mágoas. Ela precisava descobrir por quê tudo aquilo estava acontecendo. Foi quando ela se lembrou que, há 10 anos atrás, ela tivera outros momentos difíceis, inclusive com a morte de seus pais. Desde lá ela adotou uma crença que ela costumava repetir: "Sou uma pessoa forte, posso lidar com qualquer crise." Mas agora ela percebeu que estava inconscientemente acreditando e tomando decisões que geravam mais crises. Aquela postura fora interessante naquela época, mas agora não era mais útil. Assim, ela decidiu mudar sua história para uma vida mais justa e agradável. Então ela disse em voz alta: "Minha vida é fácil e feliz." Pegou um papel e anotou o tipo de pessoa que ela queria ser e as coisas que precisaria fazer para ter uma existência mais fácil e feliz. Disse a si mesma que não hesitaria em pedir ajuda. E assim escreveu uma nova história. Minutos depois uma de suas novas colegas de trabalho passou pela sala e perguntou: "E aí? Tudo bem?" Ela, com sua antiga postura de mulher forte, teve vontade de dizer: "Tudo ótimo!" Mas com muita coragem, disse: "Na verdade, não!" Continuaram a conversar e a nova colega disse que havia um quarto extra em seu apartamento. Susan se mudou. Economizou dinheiro, ganhou uma amiga e foi apresentada a novos amigos que a ajudaram na sua adaptação aquela cidade.
Uma pesquisa recente feita por Timothy Wilson provou o poder das narrativas para moldar histórias pessoais, crenças, comportamentos e vidas. Sylvester Stalone, Brunce Lee e Michael Jordan escreveram a própria história antes de se tornarem famosos. George Washington todos os dias dizia a si mesmo "Eu Posso" de pé em seu gabinete. Portanto, quando lemos uma história, muitas partes visuais do cérebro são ativadas, mas quando escrevemos a a própria história, nos comprometemos com ela, além de ativarmos a parte emocional do mesencéfalo. E sempre que cantamos um hino, lemos um salmo, fazemos um juramento ou voto em primeira pessoa, estamos evocando uma nova história. É o poder das palavras! Que tal você usar esse poder diariamente para mudar sua vida?
Portanto guarde essas lições:
1 - Seus sentimentos acompanham sua expressão corporal. Toda vez que você curva a coluna e abaixa a cabeça está dizendo a si mesmo que é uma pessoa triste e fisiologicamente derrotada. Por conta de uma postura corporal destrutiva 32.000 soldados foram cortados do exército de Gedeão e só 300 ficaram para lutar. Portanto, levanta a cabeça, mantenha a coluna ereta e prossiga em direção aos seus objetivos, e não olhe para trás, como o fez a mulher de Ló!
2 - Enquanto você não se comprometer com sua própria história você nunca terá nada nessa vida, pois com comprometimento você busca resolver seus problemas. Sem comprometimento você foge deles!
3 - As palavras têm poder. Use-as para moldar seu destino.
"Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo". (Habacuque 2:2)
📖 Livro A Harpa de 1000 Cordas
