Victor Frankl era judeu e um psiquiatra austríaco. De 1933 a 1936 foi diretor de um hospital psiquiátrico em Viena. Durante a Segunda Guerra, quando os nazistas tomaram o poder na Áustria, ele recebeu ordens de proceder à eutanásia de doentes mentais sob seus cuidados, mas ele as desobedece. Como punição, ele, sua esposa e sua mãe de 65 anos de idade, foram enviados para Auschwitz. Ele recebe a tatuagem de prisioneiro nº 119.104. Sua mãe é morta nas câmaras de gás e sua esposa, que estava grávida, morre de esgotamento aos 24 anos. Com exceção da irmã, sua família inteira foi exterminada. Ele adoece, e para manter-se focado, faz várias anotações em papeis roubados de um escritório nazista, para mais tarde, se sobrevivesse, publicasse sua história. Um dia, nu e sozinho em um pequeno quarto, ele tomou consciência do que mais tarde chamou de "a última das liberdades humanas" – a liberdade que ninguém podia tirar dele, a de decidir, dentro de si mesmo, como aquilo tudo iria afetá-lo.
Em meio ao horror – removendo corpos e varrendo as cinzas dos mortos –, ele projetava o que faria quando fosse libertado. Ele descrevia a si mesmo, com os olhos da fé, seus planos de voltar a dar aulas na faculdade, e alí mesmo transmitia aos outros as lições que estava aprendendo. Através de uma série de atitudes disciplinadas – mentais, emocionais e morais, utilizando a imaginação e a memória – ele exerceu aquela liberdade diminuta, embrionária, que cresceu mais e mais. Ele tornou-se uma fonte de inspiração para os que estavam ao seu redor, inclusive para alguns guardas nazistas. Ele aprendeu que entre o estímulo e a resposta sempre haverá uma liberdade de escolha.
Depois de libertado pelos americanos, Frankl foi diretor de uma clinica em Viena e professor de neurologia e psiquiatria. Ele obtém seu Ph.D. em Filosofia e lança vários livros em mais de 30 idiomas, vendendo milhões de cópias. Visitou muitos países. Recebeu o título de doutor honoris causa de diversas instituições de ensino do mundo inteiro, inclusive no Brasil.
“Nós que vivemos nos campos de concentração podemos lembrar de homens que andavam pelos alojamentos confortando a outros, dando o seu último pedaço de pão. Eles devem ter sido poucos em número, mas ofereceram prova suficiente que tudo pode ser tirado do homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher sua atitude em qualquer circunstância.” – Victor Frankl.
“Estou certo de que o Senhor está sempre comigo; Ele está ao meu lado direito, e nada pode me abalar”. (Salmos 16:8)
📖 Livro A Harpa de 1000 Cordas
