Michelangelo dizia que um artista, ao olhar para uma pedra bruta, um bloco de mármore no qual trabalhar, devia apenas "tirar o excesso" para liberar o que ali se escondia.
Quando disse isso, o artista estava se referindo a encontrarmos aquilo o que os excessos tentam camuflar. Ou seja, em alguns momentos temos desapegar, renunciar, afastar e até desaprender algumas coisas. T. Harv, em suas palestras sobre como ter a mente milionária, dizia que as pessoas que queriam progredir na vida tinham muito mais a desaprender do que aprender. Ou seja, a maioria das idéias e hábitos que carregamos a vida toda são inúteis.
A 2000 anos atrás Jesus também falou sobre isso, dizendo que, se sua mão ou pé te fazem pecar, corte-os e lance-os para longe de ti. Assim, o grande mestre estava dizendo que alguns hábitos, mesmos aqueles arraigados na carne, memorizados no subconsciente, deveriam ser desaprendidos se quiséssemos alcançar a perfeição. Certamente essa tarefa não seria fácil, pois assim como esculpir numa pedra, libertarmos de nossos excessos é um desafio doloroso.
Somos como pedras brutas, e dentro de nós encontrar-se a mais bela das artes. Esculpir é cultivar a dolorosa tarefa de remover os excessos, deixando para trás hábitos e crenças inúteis, que nos acorrentam a mal e nos prendem às nossas próprias limitações. Quando fizermos isso, nossa mente se expandirá e nosso potencial será totalmente liberto.
"Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele quecomete pecado é escravo do pecado". (S. João 8:34)
Livro A Harpa de 1000 Cordas
