quarta-feira, 15 de outubro de 2014

MESTRE & APRENDIZ

A profissão de professor é uma das mais antigas que se tem registro. No entanto, a figura de um educador que fale para um grupo grande, e não apenas para os seus discípulos, surgiu na modernidade, entre o século XVII e XVIII, com o capitalismo. Antes disso, o sistema de educação adotado, considerado o melhor da história, era baseado no modelo mestre-aprendiz. Na idade média, jovens na faixa de 12 a 17 anos eram admitidos para trabalhar numa oficina, assinando um contrato de 7 anos. Os aprendizes teriam que aprender o máximo possível com seus mestres, que eram homens hábeis em alguma profissão específica, como carpinteiros, pintores, escultores,comerciantes, músicos, etc. Ao final dos 7 anos, teriam que fazer o teste de mestre, ou produzir um trabalho de mestre. Depois de aprovados, eram elevados à categoria de oficial. O modelo mestre-aprendiz  permitia mais do que a transmissão do conhecimento, mas a absorção de parte do espírito e da forma de pensar do mestre. 

Há relatos de que grandes gênios possuíram grandes mestres: Faraday e seu mentor Davy;  Mozart e seu mentor Leopold, etc. Na Bíblia, Eliseu tinha seu o mestre, Elias. Quando Elias foi levado ao céu numa carruagem de fogo, Eliseu não desistiu de aprender. Ao perder seu mestre, não perdeu a maestria, e pediu a Deus: “Da me uma porção dobrada do seu espírito” (2 Reis 2:1-10). Eliseu tinha ciência de sua ignorância e sabia que a verdadeira sabedoria e inspiração são bênçãos divinas.

“Não existe pior bloqueio à mente humana do que o sentimento de que se sabe tudo e a ilusão de que não é possível se aprender mais nada. Na escalada da vida, o maior dos mestres é o mais esforçado de todos os aprendizes.” 

Feliz dia dos professores! 

“Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo”. (Mat. 23:10-11)

Livro A Harpa de 1000 Corda