quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O CANTO DAS SEREIAS

Segundo a mitologia grega, as sereias eram filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, e habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam marinheiros desafortunados para que se atirarassem ao mar ou para que os navios colidissem contra os rochedos. Ulisses seguindo o conselho de Circe,  tampou com cera os ouvidos de seus homens e fez com que estes o amarrassem ao mastro do navio. Ao se aproximarem da Ilha das Sereias, o mar estava calmo e sobre as águas vinha um canto suave e sedutor. Ulisses lutou para se libertar e implorou aos seus homens, por gritos e sinais, que o desamarrassem. Eles, porém, obedecendo às ordens anteriores trataram de apertar os laços ainda mais. 

Da mesma forma, na vida passamos por inúmeras situações em que nossos desejos nos impelem à destruição. Na física, corpos menores, tais como meteoritos são atraídos e destruídos por planetas maiores. Ou seja, sempre que alguém se desvia de seus objetivos, entra em rota de colisão com o fracasso.

Assim, em alguns momentos você terá tampar os olhos e ouvidos às próprias vontades, outras vezes, terá que amarrar-se a algo mais estável que você. De fato, como um planeta que mantem-se orbitando em torno de um objetivo, você terá que deixar de ser meteorito, assumir as próprias fraquezas, e crescer mentalmente. Afinal, como diria o pensador:

"Jesus venceu no deserto. Adão pecou no paraíso. O problema não está no lugar. Mas nas escolhas."

“Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar.” (I Cor. 10:13)

 Livro A Harpa de 1000 Cordas