terça-feira, 15 de dezembro de 2015

DESPERTE SUA AGUIA INTERIOR

Se você ficou sem seu emprego talvez seja hora de despertar sua águia interior e experimentar algo novo.

Um rei foi presenteado com dois filhotes de águias. Imediatamente, ele contratou um treinador de animais para ensina-las a voar. Depois de vários meses, o instrutor disse ao rei que uma das águias foi bem educada, mas não sabia o que estava acontecendo com o outra que, desde que havia chegado ao palácio,  não saía do galho. Ainda tinha que levar a comida diariamente a ela. O rei chamou diversos curandeiros, especialistas em aves, mas nenhum pode fazer o pássaro voar. Desesperado, ele emitiu um decreto proclamando uma recompensa para quem fizesse o animal voar. Na manhã seguinte, o rei viu o passaro voando em seu jardim.
– Traga o autor deste milagre! Ordenou o rei.
Apareceu diante dele um simples camponês. O rei perguntou:
– Como você conseguiu fazer aquela águia voar? Você é um mago? Um curandeiro? Algum tipo de mestre em aves? 
– Nada disso meu rei – disse sorrindo o homem. – Eu só cortei o galho que ela estava. Assim, ela ficou sem nenhuma outra alternativa senão levantar voo.

Ano 2015. Nunca antes na história do Brasil tantos bons profissionais foram demitidos. Ao que parece, as empresas adotaram como único critério para enxugar seu quadro de pessoal o montante dos salários, encargos sociais e benefícios, sem considerar o valor que estes profissionais agregam a organização. Desde o início do ano, 1,2 milhões de pessoas extremamente capacitadas, dedicadas e apaixonadas pelo que faziam foram desligadas de seus empregos. Mas o que mais impressiona nesse fato é que tudo aquilo que foi difundido ao longo dos últimos anos nos meios acadêmicos e empresariais, principalmente pelos “gurus” da administração, por revistas e websites especializados em RH, coachs e celebridades do mundo empresarial, parece não fazer mais sentido. Como entender que pessoas brilhantes, delicadas, ótimos profissionais, diretores, gerentes, coordenadores, analistas, assistentes, supervisores, líderes, motoristas, conferentes, separadores, etc. foram (e estão sendo) demitidos!

A fábula das duas águias nos ensina uma lição muito importante: se uma águia fica sem seu galho, ela sempre encontra um jeito de voar. A crise tem feito muitas pessoas se reinventarem, fazendo a roda da economia girar de uma forma totalmente criativa, gerando emprego e alcançando um sucesso igual ou superior aquele que tinham enquanto empregados.

Numa transfusão, quem doa ou perde até 30% de seu sangue, pode recuperar-se e voltar ao mesmo estado de saúde em que era anteriormente, de igual forma, as empresas que perderam seus melhores funcionários também podem se recuperar, pois os que permanecem se desenvolvem e aprendem com os novos desafios. O mercado por sua vez, que recebe mais gente qualificada, também acaba se recuperando com a injeção de gente talentosa na economia. É por isso que nenhum país deixou de existir por causa de uma crise. Pelo contrário, eles se revolucionam (como a França), eles se desenvolvem (como o Japão) ou se reinventaram (como os Estados Unidos em suas inúmeras crises). 

Aqueles que decidem empreender deverão ter resiliência, persistência e todas aquelas outras palavras que se encontram nos livros do Augusto Cury, mas além disso também deverão obter experiência, que só pode ser obtido por meio do fracasso. Segundo o SEBRAE, as maioria das empresas que chegaram ao sucesso, passaram em média 3,8 vezes pela falência e insistiram por, pelo menos,  5 anos. Como diria Nelson Mandela: “Impossível é tudo aquilo que não se tenta”. Ou como afirmou Michael Jordan: “Você erra 100% das bolas que não arremessa.”

Portanto, caso você tenha tido "seu galho cortado",  não se feche para novas experiências e nem se limite a um único meio de conseguir seu sustento. A capacidade humana em criar meios de gerar recursos é praticamente infinita. E o mais interessante é que cada pessoa possui uma gama exclusiva de dons e talentos, que uma vez aperfeiçoados, são os diferenciais que podem gerar renda. Diz-se que a cada 20 ideias que temos, uma vale 1 milhão de dólares. A Disneylândia e a Microsoft foram ideias  que surgiram em meio a crises e que hoje valem muito mais que isso. Assim, se você não consegue mais encontrar um novo emprego quem sabe seja a hora de você criar um para você mesmo e para os outros. Se você esperou e o barco não veio, construa a sua própria canoa. Ao invés de se preocupar em sair do buraco, esforce-se para chegar ao topo da montanha.

Wallace D. Wattles diz em seu livro A Ciência para Ficar Rico: "os pobres não precisam de dinheiro, os pobres necessitam de inspiração". Então inspire-se. Você não precisa competir com ninguém para sair da crise, você precisa criar. As crises existem para que a humanidade se torne mais criativa. Em chinês ela é formada por dia palavras, a primeira é "perigo" e a segunda é "oportunidade".

Segue algumas oportunidades que estão em alta:

1) Segundo Robert Kiosaky, o marketing de rede é o negócio do século. Mary Kay, Up!, Hinodi, Vimi Naturales, Forever, etc. são exemplos de empresas que trabalham com marketing de rede, ou seja, as pessoas ganham por divulgar seus produtos.

2) O mercado de produtos digitais tem feito muitas pessoas prósperas trabalhando pela internet.

3) Segundo Justin Herald, os diferenciais que fazem um negócio próprio prosperar são preços, serviços, credibilidade e referências de um grande cliente.

4) Boas ideias sempre encontram bons investidores. Henry Ford, Wall Disney, Coronel Sanders e Soichiro Honda, semelhante a muitos grandes empresários, não tinham dinheiro para montar seus negócios, mas tinham uma grande ideia na cabeça, o que fez que as pessoas apostassem nelas.

5) Outra ideia é fazer parcerias. Napoleon Hill e Dale Carnedgie fizeram parcerias com instituições em suas épocas. Isso deslanchou suas carreiras como escritores e palestrantes.

6) Até mesmo trabalhos voluntários geram resultados a longo prazo. Empresas e até universidade americanas têm dado oportunidades para aqueles que possuam alguma atividade voluntária registrada no currículo. A estratégia é válida para qualquer serviço que dado gratuitamente. Dê uma amostra de seu talento ao mundo, a vida recompensa 3x mais.

Hoje, 99% das empresas presentes no país são constituídas pelos pequenos negócios, ou seja 8,9 milhões de micro e pequenas empresas, que são responsáveis por 27% do PIB, geram 52% dos empregos com carteira assinada e pagam 40% dos salários da população. Portanto, oportunidades não faltam, faltam águias capazes de saírem de seus galhos em busca de novos horizontes.

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias... " (Isaías 40:31)

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domingo, 29 de novembro de 2015

PENSE COMO UM MESTRE

Seu nascimento foi um milagre, pois ele fora concebido no ventre de uma virgem, sem qualquer conjunção carnal. Seu pai era carpinteiro e sua mãe era doméstica. Nas ruas de Nazaré onde brincava, ele teve uma infância simples, mas feliz, cercada com muito amor de sua família. Seu pai sabia da importância das atividades na infância, o que de uma forma geral torna as crianças mais inteligentes e sábias, e lhe mostrou o valor do trabalho, ensinando-lhe uma profissão. Sua mãe o instruiu nos valores das sagradas escrituras, o que o tornou num hábil conhecedor dos preceitos divinos. Assim, aos 12 anos, ele conseguia manter uma discussão em alto nível com os grandes mestres da lei de sua época. Apesar de não ter feito uma faculdade, sua dedicação aos estudos era impressionante. Ele cresceu em sabedoria, estatura e graça e, aos 30 anos, iniciou seu ministério. Passou 40 dias de fome e sede no deserto. Em meio ao doloroso teste, não cedeu a tentação do inimigo de abdicar de sua missão, e prosseguiu dedicando sua vida integralmente à Deus. Mais tarde, no encontro com seu primo João Batista, ele foi batizado por imersão nas águas e consagrado à nobre missão de tornar-se o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Para cumprir com esse propósito, ele formou uma equipe composta por 12 homens de diversas profissões. Homens falhos, incultos e imaturos, mas que estavam dispostos a lutar. Especialistas em RH aconselham que, no momento do recrutamento devem-se contratar as pessoas "prontas" para a vaga a ser preenchida. O orador e consultor Jim Rohn escreveu: “não mande seus patos para uma escola de águias. Quer saber o motivo? Porque não vai dar certo. Pessoas competentes são descobertas, e não transformadas. Elas podem tomar a iniciativa de mudar, mas você não conseguirá mudá-las. Se você deseja se cercar de gente competente, é preciso descobrir primeiro.” Ele poderia escolher os grandes mestres e doutores de sua época para fazê-los discípulos, mas foi ousado o suficiente para que, em três anos e meio, transformasse aqueles homens em verdadeiros líderes. Durante esse tempo, ele os ensinou a orar, a pregar, a serem humildes, a não buscar seus próprios interesses, a levar esperança aos corações carentes, a terem entusiasmo, a amar o próximo como a eles mesmos e a trazer cura espiritual a outras pessoas. Ele foi mais que um líder, foi um mestre, e mostrou que era sim possível “transformar patos em águias”. Sua história comprovou que a verdadeira grandeza do homem reside na sua capacidade de levar outras pessoas ao sucesso. Ele trabalhou arduamente pela humanidade junto com eles e, ao final, foi traído por um deles. Ele foi acusado de criminoso por dizer que era filho de Deus. Como um cordeiro levado ao matadouro, foi sacrificado numa cruz, cujo propósito divino era a salvação da humanidade. Ele ressuscitou e ascendeu ao céu. Mesmo ausente, seus discípulos continuaram trabalhando e formaram mais seguidores, até fundarem a maior religião do mundo, com mais de 2,6 bilhões de adeptos: o cristianismo. O nome deste grande mestre é Jesus, cujo nome quer dizer “Salvador”. Por seu exemplo de liderança, Ele também é considerado o maior CEO de todos os tempos! CEO na linguagem corporativa significa Chief Executive Officer, ou Diretor Executivo.

A medida que uma pessoa ascende profissionalmente numa organizacão, ela abandona, aos poucos, a velha mentalidade técnica-operacional e passa a ter uma visão mais administrativa, até finalmente obter uma mentalidade filosófica e cognitiva, ou seja, começa a pensar e agir estrategicamente como um mestre. Quando lemos citações ditas ou escritas pelos grandes CEO’s da história como Thomas Edison, Jack Welk ou Steve Jobs, percebemos neles um alto nível de sabedoria filosófica. A mesma coisa acontece quando alguém conquista o mais alto grau de formação acadêmica, o PhD (Philosophiæ Doctor), tornando-se, afinal, num Doutor em Filosofia. Dessa forma, quem chega ao topo passa a pensar como um filósofo e agir como um mestre. Mas, desde os tempos antigos, um mestre, para permanecer em desenvolvimento, precisava fazer algo mais: compartilhar seus conhecimentos com outros, ou seja, fazer discípulos. Jesus, o Mestre dos Mestres, fez isso e muito mais. Segundo o escritor Ravi Zacharias, que cresceu na cultura hindu e estudou religiões do mundo inteiro, há uma diferença fundamental entre Jesus Cristo e os outros grandes nomes da história. Ele diz: “Em todos os ensinamentos dos mestres, existe uma instrução, um modo de viver. Nao é Zaratustra quem você consulta, é Zaratustra quem você escuta. Nao é Buda que o liberta, são as Nobres Verdades que o instruem. Nao é Maomé que o transforma, é a beleza do Corão que o lisonjeia. No entanto, Jesus não somente ensinou ou expôs Sua mensagem. Ele era a Sua própria mensagem.”.  

Jesus jamais afirmou ser um líder religioso e nunca se envolveu com políticas religiosas ou promoveu agressivamente suas causas, além de atuar quase sempre fora de locais religiosos. Sua eficácia como um grande líder e mestre está nos resultados que produziu ao longo da história e pode também ser mensurado na vida de seus discípulos.

1 - Simão Pedro nasceu em Betsaida, mas residia em Cafarnaum, na Galiléia. Ele tinha pouco estudo, era impulsivo, tímido, explosivo e entendia com dificuldade os ensinamentos de Cristo. Chegou a negar Jesus três vezes. O grande Mestre transformou-o em um líder admirável. Pedro tornou-se num influente pregador e foi o primeiro a levar o evangelho à poderosa Roma. Ali foi perseguido e condenado a morte. Por sentir-se indigno de morrer como seu Mestre, pediu ao seu carrasco para que o crucificasse de cabeça para baixo. Muitos religiosos o consideram como o primeiro papa.

2 –André também era de Betsaida. Era sócio de seu irmão Pedro na indústria da pesca. Foi um homem que prezava pela sua habilidade relacional e popularidade. Foi quem apresentou Pedro à Jesus. O grande Mestre tornou-o num grande líder, fazendo uso de seu talento comunicativo. Ele foi um dos primeiros missionários a levar as boas-novas à temida Grécia. Morreu martirizado em Acássia, onde pregou. Foi crucificado em uma cruz em forma de “X’’.

3 – Tiago, filho de Zebedeu, era de Betsaida, onde trabalhava com pesca. Tinha uma personalidade forte e ambiciosa. O grande Mestre transformou-o em um grande líder na Judéia. Alguns relatos históricos relatam sua passagem também pela Espanha. Ele foi perseguido e condenado a morte. Conta-se que seu carrasco ficou tão comovido com sua profissão de fé que revelou a todos que era cristão. Diante disso, o carrasco também foi condenado. Ambos foram decapitados no ano 36 d.C., morrendo pela espada de Herodes Agripa I. Alguns afirmam que seu corpo teria sido transportado para Santiago de Compostela, na Espanha, um lugar que posteriormente tornou-se palco de grandes peregrinações. É o famoso “Caminho de Santiago”.

4 – João também era de Betsaida e trabalhava com seu irmão Pedro na pesca. Ele era indisciplinado e intolerante. Ele e seu irmão Tiago eram chamados filhos do trovão. Depois do encontro com o Mestre ele tornou-se num grande líder e trabalhou em Jerusalém, Éfeso, Ásia Menor e, possivelmente, na Turquia. Escreveu o evangelho e as epístolas que levam seu nome, e também o Apocalipse. Ele também foi perseguido e condenado, mas, de acordo com a tradição, depois de ter sido lançado em um caldeirão cheio de azeite fervente, foi milagrosamente salvo e saiu ileso. Morreu de morte natural, provavelmente com 100 anos de idade na cidade de Éfeso.

5 – Felipe, nascido em Betsaida, provavelmente exercia a profissão de pescador. Era tímido e distraído. Depois de seu encontro com o grande Mestre, teve um brilhante ministério na Ásia Menor, tornando-se um grande líder na Grécia e também na Frigia. Foi sepultado em Hierápolis, depois de morrer crucificado ou apedrejado.

6 – Bartolomeu era de Caná da Galiléia, sua profissão é desconhecida. Ele era irônico e debochado. Mas depois de seu encontro com o Mestre ele tornou-se num verdadeiro líder, levando o evangelho a Índia e na Armênia. De acordo com historiadores, ele foi esfolado vivo pelos Bárbaros e recebeu o golpe de misericórdia através da decapitação.

7 – Tomé, originário da Galiléia, onde era pescador por profissão. Era uma pessoa determinada, mas era incrédulo e descrente na possibilidade da ressurreição de Cristo. Jesus o tornou num grande líder, que levou corajosamente o evangelho a Síria, Pérsia e Índia. Sobre sua morte há duas versões, uma diz que foi traspassado por uma flecha enquanto orava, e a outra, é de que foi torturado próximo a Madras.

8 – Mateus era de Cafarnaum, onde trabalhava como cobrador de impostos. Devido a sua profissão, ele era visto de forma desconfiada por parte dos discípulos. Depois do encontro com o Mestre, ele tornou-se num grande líder e trabalhou em prol do evangelho na Judéia, no Egito, na Etiópia e na Pártia. Além disso, escreveu o evangelho que leva o seu nome. Segundo alguns livros, Mateus foi decapitado. Outras fontes afirmam que Mateus foi apedrejado e queimado na Etiópia.

9 - Tiago, filho de Alfeu, era originário da Galiléia, sua profissão é desconhecida. Era o mais jovens dos apóstolos. Provavelmente por ser irmão de Jesus, era vaidoso e autoconfiante. Jesus, contudo, o tornou num grande líder na Palestina e no Egito. Escreveu a epístola que leva o seu nome. Há duas versões sobre sua morte, uma é que os judeus o expulsaram do templo e o apedrejaram, morrendo por fim através de um golpe de paulada. A segunda hipótese é de que ele foi crucificado no Egito.

10 - Judas Tadeu nasceu na Galiléia. Sua profissão também é desconhecida. Era bastante temeroso e um pouco incrédulo. Depois de seu encontro com o Mestre ele escreveu a epístola que leva o seu nome. Tornou-se num grande líder que levou as boas-novas à Síria, Arábia, Armênia e Mesopotâmia. Ele morreu por volta do ano 70 d.C. , na Pérsia, martirizado com golpes de porretes, lanças e machados.

11 - Simão, o Zelote, era originário da Galiléia. Sua profissão também é desconhecida. Era uma pessoa que vivia o extremismo judeu e era demasiadamente zeloso. Depois de aprender com seu Mestre, tornou-se num grande líder e pregou o evangelho na África do Norte, Espanha e Bretânia, chegando a Ásia Menor. A partir daí, provavelmente viajou com Judas Tadeu para Mesopotâmia e Síria. Seu martírio por crucifixão teria sido já em idade avançada durante o império Trajano.

12 – Judas Iscariotes nasceu na Judéia, provavelmente em Queriote-Hesrom. Era provável que tivesse uma formação administrativa, que fez com que exercesse o cargo de tesoureiro do grupo. Era egoísta, ambicioso e possuía um espírito egocêntrico. Mesmo depois de passar anos na companhia de Cristo, ele não permitiu a si mesmo ser transformado pelo Mestre. O resultado disso foi seu trágico suicídio após ter traído Jesus.

Jhon Wesley orava: “Senhor daí-me almas para salvar”. Wesley levou o evangelho a mais ou menos um milhão de pessoas e assim registrou seu nome na história. Essa é a essência da grandeza, ser como Jesus, levando esperança ao mundo. Esse grande Mestre prometeu um dia voltar e recompensar com a vida eterna aqueles que o aceiarem como Salvador e trabalharem na salvação de outras pessoas.

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim”. (Mateus 24:14)

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sábado, 21 de novembro de 2015

LIDANDO COM JOVENS DIFÍCEIS

Baseado na leitura de centenas de livros segue aqui 11 dicas de como lidar com crianças e adolescentes difíceis:

1 - Não bata de frente. Em geral, as pessoas se tornam mais resistentes quando alguém demonstra que quer mudá-las;

2 - Ao invés de dar lições de moral, conte história de sua vida ou de outras pessoas que façam o jovem pensar. As histórias são muito mais poderosas que dados ou informações.

3 - Elogie-o e abrace-o se ele começar a progredir, diga que tem orgulho dele.  Experiências comprovam que o reforço positivo é 7x mais eficiente que os castigos.

4 - Não queira modela-lo e nem compara-o com os outros. Isso o deixará mais revoltado.

5 - Passe o máximo de tempo com ele. Leve-o para passear, tomar sorvete, assistir um filme (tente entrar no mundo dele); quando estiver conversando espelhe sua fisiologia, ou seja, imite sutilmente sua forma de falar, sua respiração, a posição dos braços, como cruza as pernas, etc. Isso gera empatia.

6 - Não dê dinheiro ou presentes se quiser ganhar aproximação. Isso só o torna mais egoísta. Já está comprovado cientificamente que tempo e experiências são mais importantes que o dinheiro. Recompensas materiais só são recomendaveis para retribuir conquistas  (um trabalho bem-feito, uma aprovação em determinado exame, um diploma, etc).

7 - Faça-o ter uma experiência dolorosa ou prazeirosa naquilo que você deseja mudar. Por exemplo: se quiser livra-lo das drogas, leve-o para um centro de recuperação para ver os drogados. Se quiser tirá-lo da criminalidade ou torná-lo mais obediente leve-o a uma cadeia para conhecer a realidade dos criminosos. Se quiser motiva-lo a estudar, ser um médico ou advogado ou outra profissão, leve-o a algum consultório ou escritório para conversar com esses profissionais.

8 - Dê atividades pra ele. Isso vai torná-lo mais disciplinado. Passe aos poucos sem sobrecarrega-lo. Grandes gênios da história ajudavam os pais na infância. Benjamin Franklin trabalhava com os pais na fábrica de sabão. Abraham Lincoln era lenhador e Jesus era carpinteiro.

9 - Faça-o ler livros. Lance o desafio de ler um livro por semana e fazer resumo do mesmo. Isso vai aumentar a inteligência dele em 100%.

10 - Pondere o uso das mídias sociais. O uso de celular e PCs para esse propósito  vicia o cérebro e o faz perder massa branca tornando-o parecido com o cérebro de um drogado.

11 - Ore por ele. Abrace-o mais. Faça-o sentir que se importa com ele. Pegue um papel e escreva a vida que deseja para ele. A oração e as palavras escritas possuem poder profético.

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele." (Proverbios 22:6)

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

TENHA PERGUNTAS FORTALECEDORAS NA MENTE

Por ser de descendência judia, os nazistas invadiram a casa de Stanislaw Lee, prenderam a ele e toda sua família. Foram conduzidos como gado, embarcados num trem, e enviados para o infame campo de extermínio de Auschwitz. Seus pesadelos mais terríveis nunca poderiam prepará-lo para ver toda a família fuzilada diante de seus olhos. Como poderia sobreviver ao horror de ver as roupas do filho em outra criança, porque o filho morrera numa câmera de gás? Mas, de alguma forma, ele continuou. Um dia, contemplou o pesadelo ao seu redor, e confrontou uma verdade inevitável: se permanecesse ali por mais um dia sequer, também morreria. Tomou a decisão de que precisava escapar, e de que a fuga devia ocorrer imediatamente! Não sabia como, apenas sabia que tinha de escapar. Durante semanas, perguntara aos outros prisioneiros: “Como podemos escapar deste lugar horrível?” As respostas pareciam ser sempre a mesma: “Não seja tolo! Não há escapatória! Formular tal pergunta só servirá para torturar sua alma. Limite-se a trabalhar com afinco, e rezar para sobreviver.” Mas ele não podia aceitar isso — e não aceitaria! Tornou-se obcecado pela idéia de fugir, e mesmo quando as respostas não faziam qualquer sentido, continuou a se perguntar, muitas e muitas vezes: “Como posso fugir? Tem de haver um meio. Como posso sair daqui, vivo, saudável, hoje?” A Bíblia diz: "buscai, buscai e achareis". E por algum motivo, naquele dia ele obteve sua resposta. Talvez fosse a intensidade com que formulou a pergunta, ou talvez fosse o seu senso de certeza de que “agora chegou o momento”. Ou talvez fosse apenas o impacto de focalizar de forma incessante a resposta a uma pergunta veemente. Seja qual for o motivo, o poder gigantesco da mente e espírito humano despertou naquele homem. A resposta surgiu através de uma fonte improvável: o cheiro repulsivo de carne humana em  decomposição. A poucos passos do lugar em que trabalhava, ele viu uma enorme pilha de cadáveres, na traseira de um caminhão — homens, mulheres e crianças que haviam sido retirados da câmara de gás. Em vez de perguntar “Como os nazistas podem ser tão cruéis? Como Deus pode permitir uma coisa tão monstruosa? Por que Deus fez isso comigo?”, Stanislaw Lee fez uma pergunta diferente. Perguntou: “Como posso usar isso para escapar?” E, no mesmo instante, ele obteve a resposta. Ao final do dia, quando o grupo de trabalho voltava para os alojamentos, Lee escondeu-se atrás do caminhão. Numa fração de segundo, quando ninguém olhava, tirou as roupas, e se meteu na pilha de cadáveres. Fingiu que estava morto, permanecendo absolutamente imóvel, mesmo quando mais tarde foi quase esmagado, ao jogarem mais cadáveres por cima dele. O cheiro fétido de carne em decomposição o envolvia por completo. Ele esperou e esperou, torcendo para que ninguém percebesse que havia um corpo vivo naquela pilha da morte, torcendo para que mais cedo ou mais tarde o caminhão saísse dali. Ouviu finalmente o som do motor do caminhão sendo ligado. Sentiu o caminhão estremecer. E naquele momento, no meio dos mortos, sentiu um brilho de esperança. Depois de algum tempo, o caminhão parou com um solavanco, e despejou sua macabra carga — dezenas de mortos, e um homem vivo fingindo ser um cadáver — numa enorme cova, aberta fora do campo de extermínio. Lee permaneceu ali por horas, até o anoitecer. Quando teve certeza de que não havia ninguém por perto, saiu da montanha de cadáveres, e correu nu por setenta quilômetros, até alcançar a liberdade. Qual era a diferença entre Stanislaw Lee e tantos outros que pereceram nos campos de concentração?

A resposta está na pergunta que não saia de sua cabeça: "como faço para fugir daqui?"

Se você se sente preso a uma situação indesejável, a uma dívida, a um relacionamento desgastante, a falta de emprego, etc. Mude o foco e ao invés de se perguntar: "Por quê eu?" Pergunte a Deus e a si mesmo: "de que forma ou posso sair dessa situação? Como faço para resolver esse problema?" Mantenha perguntas fortalecedoras na mente, reflita nelas o tempo todo, pois como diria Anthony Robbins, "as perguntas são as resposta".

"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mateus 7:7

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SEJA CONVICTO

Qualquer pessoa que use um computador deve conhecer essa marca: “Microsoft.” O que a maioria das pessoas não sabe é que Bill Gates, o co-fundador dessa companhia, não era apenas algum gênio, mas uma pessoa que entrou em ação sem quaisquer referências para apoiar sua convicção.  Gates nasceu em uma família de classe média de Seattle. Seu pai era advogado de grandes empresas e sua mãe foi professora da Universidade de Washington e diretora de bancos. Gates e as suas duas irmãs frequentaram as melhores escolas particulares de sua cidade natal. Ele participou do Movimento Escoteiro ainda quando jovem. Foi admitido na prestigiosa Universidade Harvard, mas abandonou os cursos de Matemática e Direito no terceiro ano para dedicar-se ao seu grande sonho.

Trabalhou na Taito com o desenvolvimento de software básico para máquinas de jogos eletrônicos até seus 16 anos. Também trabalhou como pesquisador visitante na University of Massachusetts, quando com 17 anos, desenvolveu junto com Paul Allen um software para leitura de fitas magnéticas com informações de tráfego de veículos, em um chip Intel 8008. Com esse produto, Gates e Allen criaram uma empresa, a Traf-o-Data, porém os clientes desistiram do negócio quando descobriram que os donos eram muito jovens.

Eles ainda desenvolveram um interpretador da linguagem BASIC para um dos primeiros computadores pessoais a serem lançado nos Estados Unidos - o Altair 8800. Após um modesto sucesso na comercialização deste produto, Gates e Allen fundaram a Microsoft. Quando Bill soube que IBM estava desenvolvendo algo chamado de “computador pessoal” que precisava de um software BASIC, ele a procurou e prometeu que entregaria esse programa, embora não o tivesse na ocasião. Depois que assumiu o compromisso, ele tinha de encontrar um jeito. E foi exatamente nessa capacidade de criar um senso de certeza que estava a sua verdadeira genialidade. Muitas pessoas eram tão inteligentes quanto Bill, mas ele foi corajoso o suficiente para dizer que seria capaz entregar um produto que nunca existira até aquele momento. Depois de se comprometer, ele foi a uma pequena empresa que havia desenvolvido o sistema para o processador da Intel e decidiu comprá-lo, pagou cerca de US$ 50 mil, personalizou o programa e vendeu-o por US$ 8 milhões, mantendo a licença do produto. Ao comprometer-se consigo mesmo e com os outros, ele empenhou-se por encontrar um meio de cumprir suas promessas. Não foi sua genialidade, mas a sua certeza e convicção que fizeram dele um dos homens mais ricos do mundo.

Se você almeja o êxito, saiba que o maior de todos os ingredientes que você tem a disposição para conseguir isso está dentro de você: a fé! Sem a certeza de que suas metas darão certo, seus planos ficarão a mercê das circunstâncias, pois o sentimento de que algo dará errado enfraquece a mente e bloqueia nossos maiores recursos internos. Segundo especialistas, as probabilidade de uma pessoa se atingir seus objetivos são as seguintes:

• Ouvir uma ideia: 10%
• Decidir adotar uma ideia: 25%
• Decidir quando realizar: 40%
• Planejar como realizar: 50%
• Comprometer-se com os outros: 65%
• Estabelecer um compromisso e relatar resultados para os outros: 95%

Veja esse outro exemplo: durante milhares de anos, as pessoas mantiveram a convicção de que era impossível para um ser humano correr a milha (1,6 km) em menos de 4 minutos. Em 1954, no entanto, Roger Bannister rompeu essa imponente barreira de convicção. Ele se lançou a realizar o “impossível” não apenas pela prática física, mas também por ensaiar constantemente o evento em sua mente, rompendo a barreira dos quatro minutos tantas vezes, com tanta intensidade emocional, que criou referências vívidas, as quais se tornaram uma ordem incontestada ao sistema nervoso para produzir o resultado. Muitas pessoas não percebem, no entanto, que o aspecto mais importante de sua conquista foi o que fez pelos outros. Em toda a história da raça humana, ninguém jamais conseguira correr a milha em menos de quatro minutos; mas um ano depois de Roger romper a barreira dos quatro minutos, 37 outros corredores também o fizeram. Sua experiência proporcionou-lhes referências bastante fortes para criar um senso de certeza de que também poderiam “fazer o impossível”. E no ano seguinte, 300 outros corredores conseguiram realizar a façanha!

Se você deseja chegar bem longe, realizar sonhos, alcançar o topo de seus objetivos, tenha certeza de que irá conseguir. Afinal, como diria André Gide: “A convicção que se torna verdade para mim... é a que me permite o melhor uso de minha força, o melhor meio de acionar minhas virtudes.”

“Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23)

Harpa de 1000 Cordas

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

OBTENHA IMPERMEABILIDADE EMOCIONAL

Era uma vez um pato que estava nadando num belo lago que ficava dentro das dependências de um parque municipal. Ele ia de um lado para o outro, flutuando sobre as límpidas águas daquele lugar. À beira daquele lago, estava uma esponja (dessas que usamos para lavar louça) que, assentada sobre a grama, observava com atenção os movimentos daquele pato. O pato percebeu que a esponja não tirava seus olhos dele e de vez em quando acenava em sua direção.
Desejando saber o que esponja queria, o pato se aproxima e pergunta:
- Olá, em que posso ajudar?
-  Oi, seu pato, sou a dona esponja. Eu tenho uma dúvida e queria que o senhor me ajudasse.
- Diga, por favor.
-  Como foço para flutuar sobre as águas igual a você?
- Na verdade, não sei, dona espoja. Só sei que entro na água e flutuo.
-  É tão simples assim?
- Sim.
- Será que eu consigo fazer o mesmo?
- Não sei. Por quê você não tenta?
- Infelizmente hoje não posso. Eu não trouxe minha roupa de banho.
- Tudo bem, assim que você estiver disposta a entrar na água, me fale, que vou lhe ajudar.
- Ok, obrigada.
Eles se despediram. O pato foi nadar e a esponja foi pra sua casa.
Dias depois a esponja chega ao lago vestida com roupa de banho, trazendo consigo uma bóia, preparada para flutuar igual ao pato. Ela procura por ele, mas não o encontra.
- Vou esperar um pouquinho. - ela pensa.
Depois de duas horas de espera, a esponja decide entrar na água dentro de sua bóia, sem a ajuda do pato. Chegando lá no meio do lago ela experimenta pular na água para ver se consegue flutuar. No entanto, a natureza da esponja é absorver todo o líquido a sua volta. Assim, ela começa a afundar rapidamente. Desesperada, ela grita por socorro. Já sem fôlego, ela imediatamente começa a submergir.
Quando está próxima do fundo, alguma coisa a segura pelas costas. É o seu amigo pato, que a puxa para fora da água e a carrega até a beira do lago. Depois de alguns segundos desacordada, a esponja abre os olhos.
- O que houve? – pergunta.
- Você quase morreu afogada. – responde o pato. – mas ouvi seu grito e fui ligeiramente ao seu encontro.
- Muito obrigado meu amigo. Devo a você a minha vida. O que posso fazer para lhe retribuir?
- Você não me deve nada, minha amiga.
- Não há nada realmente que eu possa fazer?
- Relaxa. Não precisa. Fica na paz.
- Então deixa eu te dar um abraço?  - pede a esponja.
- Sim. Com certeza.
A esponja se aproxima e abraça o pato. Depois de abraça-lo, a esponja percebe que alguma coisa gordurosa, que estava nas penas do pato, ficou nela.
- Credo! O quê essa coisa oleosa que você tem nas suas penas? – pergunta a esponja.
- Eu não sei. – responde o pato. – Só sei que toda vez que tento limpar minhas penas esse óleo sai de minha glândula uropigial, que fica localizada por de trás de minha calda, e passo essa secreção oleosa no meu corpo. Interessante que, sempre que faço isso, me sinto mais limpo, mais leve.
-  Limpo? Leve? Que nada. Fazendo isso você fica com suas penas toda gordurosa.
- E o que você sugere?
- Sugiro um banho com sabão e detergente.
- Como assim?
- Você está falando com a pessoa certa. Eu sei o que é limpeza. Trabalho com isso o tempo todo. Se quiser ficar limpinho de verdade, deixe-me cuidar de você. Será minha retribuição por ter salvado a minha vida.
- Então OK, dona esponja. Vá em frente.

A esponja toda animada, trás sabão, detergente, uma mangueira dágua e começa a lavar o pato. Depois ela trás uma toalha e um secador de cabelo. E, com muita dedicação, enxuga o pato e o seca. Meia hora depois o pato está branquinho, sequinho e cheiroso.
- Pronto! Isso que é limpeza. – diz a esponja tocando as penas macias e sequinhas do pato.
O pato, muito feliz pelo resultado, agradece a esponja e entra no lago. Mas algo estranho acontece. Ele começa a afundar e gritar por socorro. A esponja entra em pânico e clama por ajuda, mas infelizmente ninguém aparece, e o pato agonizante, morre afogado. Agora a esponja lamenta a morte do seu amigo pato, sem compreender que seu trágico fim, deve-se ao fato dela ter tirado de suas penas a secreção oleosa que dava impermeabilidade às mesmas e lhe fazia flutuar sobre as águas.

Segundo pesquisas, logo abaixo da cauda do pato está localizada a glândula uropigial, que produz a secreção oleosa que salva o pato de sair encharcado de cada mergulho. Ele retira cuidadosamente o óleo com o bico e o espalha por todo o corpo. Se alguém lavar um pato com água e sabão, ele se afogará no primeiro mergulho. Mas o pato não é a única ave privilegiada com esta proteção. Praticamente metade das aves possuem a tal glândula uropigial.

Dos fatos acima podemos tirar as seguintes lições:

1 - O padre e escritor João Carlos Almeida, diz em seu livro “Como Liderar Pessoas Difíceis” que, ao lidar com pessoas complicadas, é fundamental que desenvolvamos um mecanismo de proteção parecido com o do pato. Não podemos ser como as esponjas, que absorvem tudo ao redor, mas impermeáveis como o pato. Nosso grande erro é permitir que as críticas e sentimentos negativos atinjam nossas emoções e bloqueiem nossos recursos internos. Isso não significa que devemos nos tornar surdos e cegos à opinião de outras pessoas, mas que devemos aprender a filtrar o que é realmente importante para o nosso crescimento. 

2 – A história mostra que aqueles que mudaram os rumos da humanidade tiveram que enfrentar duras críticas até alcançarem seus objetivos. Franklyn Delano Roosevelt foi duramente criticado por cobrar impostos mais rígidos dos ricos, mas conseguiu êxito como líder da nação americana em dois períodos extremamente difíceis da história: a depressão de 1929 e a segunda guerra mundial de 1945. Noé sofreu críticas durante 120 anos enquanto construía a arca, mas sua impermeabilidade emocional o tornou capaz de construir uma arca impermeável ao dilúvio. Moisés foi outro que suportou grande pressão enquanto conduzia mais de um milhão de israelitas no deserto, mas sua capacidade de se fazer de surdo diante das murmurações do povo foi o que lhe possibilitou tornar-se um grande líder.

3 – Ao nos revestirmos do óleo do espírito, podemos evocar o máximo de nossos recursos interiores para resolver problemas, e assim flutuarmos diante das turbulências. Mas quando agimos como “esponjas”, absorvendo todos os estímulos negativos ao redor, bloqueamos nossos recursos interiores.  A criatividade dá lugar ao medo, o raciocínio dá lugar a escassez de idéias, e nos tornamos imponentes diante das situações.

4 - Diante de um grande desafio, não dê ouvidos as perturbações, não tire os olhos de seu alvo. Do contrário, você se tornará como Pedro que, ao desviar seus olhos de Jesus, acabou se afundando nas águas.

"Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus. Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?" (Mateus 14:29-31)

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sábado, 24 de outubro de 2015

ANCORE EM SUA MENTE UMA PERSONA VITORIOSA

Segundo um dos grandes criadores da psicanálise moderna, Carl Gustav Jung, todo o indivíduo apresenta aos outros uma personalidade que, muitas vezes, é muito diferente da verdadeira. A isso ele chamou de persona, que é um termo que está em formação desde os anos 60, mas que já era usado desde o império romano, que significa literalmente "máscara", para indicar um "personagem" em uma performance teatral. Na prática, persona são as "máscaras sociais" que todos usamos quando estamos desempenhando um status social, como um emprego ou profissão. Ao longo da vida, muitas personas são usadas e podem ser combinadas a qualquer tempo, como na família, na escola, na universidade ou na empresa em que trabalhamos. Afinal, situações diferentes requerem atitudes distintas. Assim, costumamos nos comportar de acordo com as expectativas das outras pessoas.

Desenvolver uma persona viável é uma parte vital para se preparar para a vida. No entanto, Jung alertava para os riscos de alguém integrar-se completamente as suas personas, ou seja, quando o Eu se identifica excessivamente com a persona, fazendo com que a esse indivíduo se se distanciasse de sua real personalidade.

Desenvolver as personas é fundamental para a saúde mental, porém é igualmente importante o equilíbrio, saber qual máscara usar, de acordo com o meio no qual estamos inseridos. Mas a grande vantagem de se usar as personas é que, além da capacidade de adaptação ao meio social, ela nos ajuda a conquistar aquilo que desejamos. É o que veremos a seguir.

Desde a idade de 12 ou 13 anos, um garoto sabia que queria ser diretor de cinema. Sua vida mudou quando, aos 17 anos, numa tarde deu um passeio pelos estúdios da Universal. O passeio não incluía os locais de gravação, onde estava toda a ação. Assim, o jovem, conhecendo seu objetivo, começou a agir. Escapou sozinho para observar a filmagem de um filme real. Acabou se encontrando com o chefe do departamento editorial da Universal, que conversou com ele durante uma hora e demonstrou interesse pelas suas idéias mas não foi além disso. Para a maioria das pessoas, é aí que a história terminaria. Mas o jovem não era como a maioria das pessoas. Ele tinha poder pessoal. Sabia o que queria. Aprendeu na primeira visita e, assim, mudou sua abordagem. No dia seguinte, vestiu um terno, levou a maleta de seu pai, com um sanduíche e doces, e voltou ao local, como se pertencesse ao lugar. Passou de propósito em frente do guarda do portão naquele dia. Encontrou um trailer abandonado e, usando letras adesivas afixou seu nome acompanhado da palavra “diretor” na porta. Daí, então, passou todo o verão assumindo uma nova persona, andando junto a diretores, escritores e editores, aprendendo com cada conversa, observando e desenvolvendo seu senso de observação sobre o que é importante para fazer cinema. Com a idade de 20 anos, após tornar-se assíduo no local, o jovem mostrou à Universal um filme modesto que havia montado e ele recebeu um contrato de 7 anos para dirigir uma série para a televisão. Conseguira tornar seu sonho realidade. Ele já havia sido rejeitado na escola de cinema três vezes, mas, aos 36 anos de idade, tornou-se o mais bem-sucedido cineasta da história, responsável por 4 dos 10 melhores filmes de todos os tempos, incluindo E. T. O Extraterrestre, sendo o mais notável filme já feito. O nome desse grande fenômeno é Steven Spielberg.

Dos fatos acima podemos obter as seguintes lições:

1 – Steven Spielberg teve a flexibilidade para mudar seu comportamento para conseguir o que queria. Segundo Anthony Robbins, em seu livro “Poder Sem Limites”, todas as pessoas de sucesso assumem uma persona que lhes proporcione obter a vida que desejam.

2 – Anthony Robbins ainda diz ainda que, se algo é possível para uma pessoa, também é possível para outra. Basta observar e copiar sua forma de pensar e agir para obter resultados similares. Em outras palavras, se você deseja o mesmo êxito que alguém alcançou, estude sua biografia, reproduza sua forma de pensar e agir, enfim, seja um aprendiz dessa pessoa. Ao inserir em sua mente um persona de sucesso, você também será bem-sucedido.

3 – Steve Chandler conta em seu livro que um amigo trabalhou numa empresa como consultor e em dois anos tornou-se diretor executivo. A razão para essa rápida ascensão foi o fato de que desde o primeiro dia em ele começou a trabalhar, ele assumiu a persona de um diretor executivo. Ao pensar e comportar-se como tal, realizando mais que o esperado, ele rapidamente alcançou seus objetivos.

4 – A Bíblia está cheia de biografias incríveis, como a de Moisés, José, Neemias, Daniel, Jesus e seus discípulos. Para obter os mesmos resultados que essas pessoas tiveram em suas vidas, basta copiar suas personas.

5 – Segundo a psicóloga Susan M. Weinschenk, uma das maneiras de convencer as pessoas para que realizem algo ou mudem de comportamento, é ativar a persona associada ao que se deseja que façam. Por exemplo, quando você diz: “você que é um aluno brilhante, certamente fará essa tarefa”, “você que é profissional renomado, é obvio que irá honrar com seus compromissos”, “você, como cristão, é com toda a certeza uma pessoa honesta”, etc. Quando ancoramos uma persona na mente de outra pessoa, estamos abrindo uma janela para que ela reedite sua própria história. Foi dessa forma que Jesus corrigiu o comportamento irônico de Natanael, chamando-o de verdadeiro israelita, em quem não havia falsidade.

“Felipe achou a Natanael, e disse-lhe: acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa boa de Nazaré?  Disse-lhe Felipe: vem e vê. Jesus, vendo Natanel aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade”. (João 1: 45 – 47)

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

ALMEJE O VERDADEIRO TOPO

Ninguém quer fica por baixo. Se uma pessoa tiver aspirações políticas, ela sempre irá desejar a função máxima, ou seja, ser o presidente da república. Nos negócios irá querer ser o dono ou CEO de uma empresa. Poucas pessoas aspiram chegar a uma gestão mediana. Contudo, a maioria delas não chegam a ser o principal líder em uma organização. Elas irão fazer carreira em algum lugar no escalão intermediário. Mas afinal, todas as pessoas deveriam almejar o topo?

Chegar ao topo não significa chegar ao comando máximo de organização ou país, chegar ao topo significar usufruir de todo seu potencial ou talento, e encontrar sua missão de vida. Uma pessoa que encontra sua missão pode causar um impacto  maior do que se estivesse na posição máxima. Um excelente exemplo disso foi o caso do vice-presidente Dick Cheney. Ele teve uma carreira extraordinária na política: foi chefe de equipe da Casa Branca no governo do presidente Gerald Ford, teve seis mandatos no congresso de Wyoming, assumiu a Secretaria de Defesa do presidente George H. W. Bush e foi vice-presidente do presidente Bush filho. Teve todas as credenciais de alguém que poderia chegar à presidência dos Estados Unidos. Contudo, ele sabia que a posição máxima não é seu melhor papel. Um artigo na revista Time descreveu Cheney desta forma: Quando estudava no colégio, Cheney era um forte jogador de futebol, o líder da turma do último ano e um aluno acima da média. Mas ele não era a estrela... era discreto, reservado, apoiando um parceiro mais carismático, apagando incêndios quando chamado — esse foi um papel que Dick Cheney desempenhou durante toda a sua vida. Ao longo de sua notável carreira, o sucesso de Cheney resultou de sua inigualável habilidade de atuar como conselheiro discreto, eficiente e leal de líderes de alta visibilidade. Certa vez, interessou-se pela ideia de brincar em ser candidato à presidência em 1996. Mas a ideia de se colocar naquele palco(...) teria exigido uma reestruturação do DNA político de Cheney. Em vez disso, ele aceitou a oferta de trabalho na indústria, imaginando que poderia se aposentar e depois teria uma vida tranquila caçando e pescando. Mas George W. Bush tinha um plano diferente, um plano que fez Cheney voltar ao papel que ele melhor desempenha. Cheney atingiu seu potencial na posição de vice-presidente, uma posição que poucos definiriam como uma meta profissional para toda a vida. Ele foi altamente eficiente e, ao que parece, satisfeito com suas realizações. Mary Kay Hill, assistente de longa data do ex-senador Alan Simpson, que trabalhou com Cheney em Capitol Hill, afirmou: "Você o conecta, e ele trabalha em qualquer lugar. Tem uma capacidade incrível de se adaptar e atuar em qualquer ambiente." Cheney parece ser um excelente exemplo de um líder completo, alguém que sabe influenciar os outros de qualquer posição em que se encontra.


Ao exemplo de Cheney, as pessoas de grandeza não precisam aparecer para chegarem ao topo. Elas trabalham com afinco para darem o melhor de si onde estiverem e assim atingirem o seu máximo potencial. Se tiverem que chegar ao comando máximo, elas chegarão, se estiverem preparadas para isso. Foi o que aconteceu com George H. W. Bush na época em que foi vice-presidente de Ronald Reagan. Quando Ronald Reagan foi baleado, em 1981, Bush não apareceu dizendo que estaria no comando máximo da nação americana, ele simplesmente disse que, quando recebeu a notícia, a crueldade do incidente o surpreendeu, e naquele momento ele orou pelo presidente. Uma vez que Reagan estava sendo operado, Bush foi de fato o executivo interino do país, mas, deliberadamente, recuou para não colocar-se no lugar do verdadeiro presidente. Por exemplo, quando foi para a Casa Branca, Bush recusou-se a pousar no gramado sul, pois, por tradição, somente o presidente pousa ali. Quando Bush presidiu uma reunião de gabinete emergencial, ele tomou seu assento normal, e não o assento do presidente. Reagan recuperou-se e retomou suas obrigações, e ainda foi reeleito presidente em 1984. Bush estava satisfeito em ficar em segundo plano, dando o seu melhor, servindo ao seu líder e a seu país. No momento certo ele teria sua oportunidade. Ele foi o que aconteceu, quando em 1989 o povo americano o elegeu como 41º presidente dos Estados Unidos.

Na vida, a maioria das pessoas querem aparecer, almejam poder e fama. Mas a grande lição que Jesus ensinou a dois mil anos é que a verdadeira grandeza está em servir. Na Bíblia, quando a mãe de Tiago e João pediu a Jesus que em seu reino eles se assentassem um à direita e outro à esquerda, o grande Mestre perguntou se eles seriam capazes de fazer tudo o que Jesus faria pela humanidade. Ao que tudo indica, eles não tinham a mínima noção do sacrifício de Jesus na cruz. O maior homem do mundo se fez pequeno para tornar grande todos aqueles que se fizessem humildes!

“E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mateus 20:27,28)

Harpa de 1000 Cordas

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ASSUMA AS RESPONSABILIDADES

Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, o grande Criador procurou por Adão para saber o que havia de fato acontecido. Ao ser questionado por quê comera do fruto proibido, Adão culpou Eva. Então Deus questionou Eva e ela culpou a serpente. Apesar de Deus ter proferido uma maldição sobre a serpente, a final ele deixa claro que a responsabilidade maior pela entrada do mal no paraíso era de Adão.

Assumir responsabilidade pelos erros nem sempre é fácil, principalmente quando a falta é de alguém que está sob nossos cuidados. Geralmente, quando algo dá errado, nossa tendência natural é procurar culpados e atribuir a esses a causa do problema. Steve Hardison, um consultor Americano, foi convidado para participar de uma reunião do conselho de uma empresa para a qual daria um treinamento. O primeiro item da pauta era: “Quem é o culpado de termos um sistema de informática que nos custou 100 mil dólares e que é simplesmente um lixo?” O presidente virou-se para um dos vice-presidentes e disse:
– Joe, a culpa é toda sua!
Joe responde rapidamente:
– Não, é não. Eu não escolhi as especificações. Quem fez isso foi o John!
– Ei, espere um minuto – disse John. – eu não escolhi o fornecedor. Quem fez isso foi a Rose.
– Não foi bem a minha decisão. – justificou-se Rose. – eu apenas recomendei a você!
E assim as pessoas na reunião passaram a “batata quente” adiante pela sala inteira. Então Hardison fez um gesto para o presidente e interrompeu a conversa.
– Eu sou o responsável pelo problema. – anunciou Hardison.
– O quê? –retrucou o presidente. – Nem sequer sabemos que você é! Por quê está dizendo uma coisa dessas?
– Bem, – disse Hardisom – alguém precisa assumir essa responsabilidade.
– Ah, sim – concordou o presidente.
Uma vez que Hardisom assumira a responsabilidade corajosamente pelo sistema de informática, ele pôde liderar a discussão sobre como resolver o problema. Se os membros da empresa estavam atrás de um culpado, então estavam satisfeitos por tê-lo encontrado. A partir daí estava mais fácil resolver o problema.

Uma pessoa que busca a grandeza, um verdadeiro líder, não apresenta desculpas ou justificativas para seus fracassos, ele assume responsabilidades. É sempre mais fácil resolver algum problema a partir do fracasso do que a partir das desculpas.

“Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. (Tiago 4: 17)

Harpa de 1000 Cordas

terça-feira, 6 de outubro de 2015

USE DO PODER DO HÁBITO

Lyndon Duke é um reconhecido mentor e treinador de produtividade nos negócios de uma grande empresa de consultoria americana. E conta que, durante muitos anos, sua autoestima estava baixa e que ele lamentava diariamente pelas condições de seu bagunçado apartamento. Morava sozinho, e apesar de ser um ativíssimo gênio dos negócios, trabalhando longas datas, com alegria, não conseguia manter sua casa limpa. Dizia a si mesmo que era indisciplinado e desorganizado. Em suma, sua mente acusava-o de desmazelado.  Finalmente ele chegou à conclusão de que algo lhe faltava: uma rotina. Só isso! Ele tinha força de vontade, bom caráter e autocontrole, mas não tinha uma rotina. Então criou uma. Passou a dedicar 20 minutos todas as manhãs para arrumar as coisas. As segundas-feiras, enquanto o café ficava pronto e os ovos fritavam, ele arrumava a sala. As terças, o quarto. Às quartas, a cozinha. As quintas, o corredor. Às sextas, o escritório. E no fim de semana, por 20 minutos fazia uma faxina mais pesada no cômodo que quisesse. No início ele achava aquilo incômodo, esquisito e pouco natural, que provavelmente não continuaria com aquelas atividades, mas que tinha prometido a si mesmo uma experiência de 90 dias e depois ficaria livre para abandoná-la se quisesse. Mas depois de muita persistência, ele atualmente realiza essas tarefas com tanta naturalidade que ele nem lembra se fez ou não.

A história acima registrada no livro “100 Maneiras de Motivar as Pessoas”, de Steve Chandler, demostra que muitos de nossos problemas profissionais e pessoais podem está relacionadas a simples falta de um hábito que nos induza a fazer algo com regularidade. Santiago Ramón y Cajal, resume o poder da força do hábito na seguinte frase: “Todo homem pode ser, se assim se propuser, escultor de seu próprio cérebro."
Conta-se que um menino que era o pior esquiador de seu grupo de amigos - tão lerdo que as vezes nem o chamavam pra esquiar – decidiu frequentar aulas de esqui. Todo fim de semana ele acordava bem cedo para ir à montanha. Em pouco tempo não só teve bons resultados, como superou seus amigos. Começou a se envolver em competições até chegar a ser um esquiador olímpico de alto nível. Hoje, já adulto, ele diz: "sou um mestre no esqui agora, mas quando comecei eu era um perfeito desastre."
Portanto, jamais esqueça:
◆ Segundo pesquisas, nosso corpo aprende o tempo todo. Células possuem memórias e nosso DNA sofre constante alterações por conta de nossos hábitos.
◆Na natureza, se algo deixa de crescer, também deixa de viver.
◆Até há pouco tempo pensava-se que modificar e automatizar um hábito exigia 21 dias, mas um estudo recente de Jane Wardle, do University College de Londres, publicado no European Journal of Social Psychology, afirma que para transformar um novo objetivo ou atividade em algo automático, de tal forma que não tenhamos de ter força de vontade, precisamos de 66 dias.
◆ Se você deseja vencer, vá até a "montanha" todos os dias. É a repetição que leva a excelência. Como diria a filosofia Master Mind: "eu não temo um homem que pratica 10.000 golpes diferentes, eu temo o homem que já praticou 10.000  vezes o mesmo golpe."


“Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade;” (Tito 2:7)

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

DEIXE O REI SER REI

No filme Anna e o Rei (Anna and the King), produção de 1999, direção de Andy Tennant, com Jodie Foster no papel de Anna Leonowens, uma viúva inglesa que, em 1862, vai trabalhar como professora dos filhos do rei Mongkut, em Bangkok, capital do Sião. O rei acaba se encantando com a formosura da professora, apesar de ela ter um temperamento forte e, às vezes, autoritário. Ambos mantêm um relacionamento comedido que evolui para uma amizade sincera e verdadeira. No meio da trama, Tuptim, uma das concumbinas do rei, apaixona-se por um plebeu. Descoberta a traição, seria necessário aplicar a lei: pena de morte. O tribunal condena o casal. Somente o rei poderia aplicar o indulto real. Neste momento, Anna diz ao rei publicamente que ele deveria inocentar a moça, e apresenta vários motivos para isso. Praticamente Anna intima o rei a tomar esta atitude. Resultado: o rei ordena que se cumpra a execução. O casal é morto, conforme a determinação do tribunal. Inconformada, Anna vai reclamar com o rei, que lhe diz:

“Eu já havia decidido livrá-los da morte. Tinha autoridade para isso, até você me dizer o que fazer. A partir daquele momento, se eu livrasse o casal, estaria obedecendo a você e o reino ficaria sem rei. Anna: deixe o rei ser rei”.

As pessoas não gostam de ser mandadas. Assim, evite de dizer a elas o que fazer. Fale de modo que elas mesmas decidam que atitude devem tomar. Permita que cada uma tenha a sensação de ter suas escolhas. Essa é a essência da verdadeira liderança. O único que tem poder sobre a vida humana é Deus e, mesmo assim, Ele não força ninguém a fezer seus desejos. Deixe o rei ser rei.

"Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. " (Zacarias 4:6)

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LEVE OUTROS AO TOPO COM VOCÊ

Maurice Wilson, nascido em 1898, era um inglês idealista, que dizia que escalar os 8.848 metros do Everest seria uma ótima forma de divulgar sua crença de que os males da humanidade poderiam ser curados através do jejum e da fé em Deus. Mesmo sem saber nada sobre aviação e alpinismo, Wilson comprou um pequeno avião e aprendeu a pilotar. Depois, passou 5 semanas caminhando nas colinas da Inglaterra aprendendo o que ele achava que precisava saber sobre alpinismo. E então, em 1933, decolou rumo ao Everest via Cairo, Teerã e Índia. Por não ter conseguido permissão para sobrevoar o território nepalês, vendeu o avião e foi por terra até Darjeeling, onde soube que não tinha permissão para entrar no Tibete. Mas isso não o desanimou. Ele contratou 3 sherpas, disfarçou-se de monge budista e, desafiando as autoridades do Império Britânico, caminhou escondido por quase 500 Km entre florestas e planícies tibetanas até chegar ao Everest. Subindo pelo gelo sobre as rochas, começou bem, mas, quando se deu conta das reais dificuldades, passou a se perder com freqüência. Apesar da exaustão e frustração, ele estava determinado a persistir! Cerca de um mês depois, ele conseguiu chegar a 6.400 metros e encontrou um suprimento de comida e equipamentos deixados por membros de uma expedição fracassada anterior. Depois, ele subiu até chegar a 6.919 metros, onde havia um penhasco vertical de gelo que o impedia de prosseguir, assim ele foi forçado a recuar. No entanto, nada havia que pudesse fazê-lo desistir. Ele escreveu em seu diário: "Esta será a última tentativa e me sinto com sorte". Deu um tempo e rumou para o topo. Um ano depois, uma expedição achou seu corpo congelado sobre a neve, a 7.500 metros. Maurice Wilson, apesar de sua incomparável determinação e devoção, morreu congelado em 1934.

A história de Wilson mostra que a fé e persistência podem levar uma pessoa sozinha a chegar muito longe. No entanto, para se chegar ao topo e se manter lá, é preciso levar outras pessoas consigo. Desde 1920 centenas de alpinistas tentaram escalar o Monte Everest. Por volta de 120 pessoas morreram nessa tentativa e nem perto chegaram do topo. Seus corpos estão sepultados no gelo em algum lugar. O principal motivo é que tentaram sozinhos ou com uma equipe pequena demais para realizar aquela proeza. Não calcularam direito a dimensão do desafio e a necessária cooperação. Finalmente, em maio de 1953 a montanha foi conquistada. Para isso mais de 300 pessoas foram contratadas somente para carregar por 280 km através das encostas da cordilheira do Himalaia o mantimento e equipamentos necessários. Tudo isso deveria ser entregue em Katmandu. Com todo material lá, dois homens abriam caminho apontando as melhores trilhas. Outra equipe de 40 homens deveria carregar o peso de 2,5 toneladas até a primeira base. Outro grupo com 12 os substituiria levando 300 Kg em fardos de 10 Kg montanha acima. Finalmente 8 homens subiram até a próxima etapa e dois alpinistas experientes tentariam chegar ao cume do Everest. Fracassaram e retornaram exaustos mas compartilharam as dificuldades encontradas e orientaram a última dupla no que deveriam evitar. Foi assim que o Neozelandês Edmund Hillary e o Sherpa Tenzing Norgay conseguiram chegar ao topo da montanha, mas só conseguiram por causa de um imenso de trabalho em equipe. Como diria John Maxwell: “Para gerar o sucesso, é necessária a participação de muita gente.”

Em 2003 um alpinista encontrou uma tenda antiga a 8.500 metros que possivelmente tenha pertencido a Maurice Wilson. Talvez ele tenha chegado ao topo, mas ninguém realmente sabe se ele conseguiu. Assim, enquanto você estiver subindo rumo as suas conquistas, jamais esqueça: “Quem vai sozinho, vai mais rápido. Quem vai junto, vai mais longe. Quem se mantém acompanhado, mais tempo em cima permanecerá. E se descer, terá com quem compartilhar suas experiências, será sempre lembrado e encontrará apoio para uma nova tentativa.”

“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!” (Eclesiastes 4:9-12)
Harpa de 1000 Cordas

sábado, 3 de outubro de 2015

REERGA-SE

Você já passou por uma situação deprimente quando seus inimigos disseram ao seu respeito: “você não sabe da bomba!”?

A bomba atômica lançada pelos EUA em Hiroshima durante a 2.ª Guerra Mundial tinha o tamanho de uma bola de tênis, mas fora suficiente para exterminar 100 mil pessoas em questões de segundos. No entanto, a longo de anos, a cidade passou por um extenso processo de reconstrução: casas provisórias foram instaladas ao lado das estradas, enquanto ruas foram revitalizadas, praças e escolas restauradas, e finalmente a construção do “Parque Memorial da Paz”, um lugar de 122.100 m2, que abriga um museu sobre a trajédia, cujo propósito era fazer com que a população não equecesse, mas também não lembrasse daquela destruição com ódio ou sofrimento. O governo japonês sabia que Hiroshima jamais conseguiria se reerguer se a mente das pessoas estivesse tomada pela raiva e pela perda.

Talvez você esteja se sentindo como Hiroshima pós-guerra: sua bomba explodiu e o mundo desabou sobre ti! Saiba que mesmo que você esteja totalmente em ruínas haverá sempre uma esperança. Jerusalém fora destruída pelos exércitos da Babilônia e permaneceu em ruínas por quase 140 anos, mas Neemias estava orando por ela. Um belo dia, no ano 444 AC, o rei Artaxerxes percebeu a tristeza Neemias e perguntou o motivo de sua angústia. Neemias revelou seu desejo de ver a cidade reconstruída e prontamente o rei atendeu ao seu pedido reconstruindo-a em 52 dias! Era uma resposta divina!

Hiroshima sabia que de nada adiantaria tentar reconstruir a cidade se o coração da população permanecesse em ruínas. E Jerusalém entendeu que Deus só pode reconstruir nossas vidas quando nos despojamos do ódio, oramos e perdoamos!  

Reconstrua sua visão, sua mente, seu ânimo, sua vida espiritual e Deus reerguerá os muros da vitória e do êxito  ao seu redor!

“O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido por pouco tempo, os restaurará, os confirmará, os fortalecerá e os porá sobre firmes alicerces.” (1 Pedro 5:10)

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SAIBA EMPREENDER

Nascido em São Francisco, EUA, em 1955, filho de pais universitários e não casados, um menino foi oferecido à adoção com uma semana de vida. Sua mãe biológica – de ascendência alemã tradicionalmente católica – e seu pai verdadeiro – um mulçumano sírio cuja linhagem detinha ótimas condições financeiras – não podiam ficar com ele, por pressão de seus familiares. Assim, o menino foi adotado por um casal de operários quem moravam em  Mountain View, na Califórnia, uma cidade rural que mais tarde se transformou no Vale do Silício. O menino soube desde cedo que havia sido adotado, mas isso não o magoava, pois era muito amado. O pai adotivo, apesar de ser um mecânico que só tinha o ensino médio, era admirado pelo menino, devido a sua habilidade de construir armários, mesas, cercas, etc. Impressionava-o ver como o pai se preocupava em fazer as coisas direito, mesmo as partes que não ficavam à vista. Era importante fazer bem os fundos dos armários e cercas, ainda que ficassem escondidos. O menino nunca chegou a gostar de mecânica, mas adorava está com o pai e ser ensinado por ele. Através dos carros, o pai lhe expôs à eletrônica, o que lhe despertou muito seu interesse. Todo fim-de-semana, eles iam garimpar peças elétricas e mecânicas no ferro-velho e assim começou a aprender a negociar vendo seu pai vendendo essas peças. A maioria dos seus vizinhos, que eram engenheiros que trabalhavam com empresas de tecnologia, montava dispositivos como células fotoelétricas, pilhas e radares, e o menino cresceu aprendendo sobre essas coisas. Antes de entrar na escola, sua mãe já o havia ensinado a ler. Mas nos seus primeiros anos, ele andava meio entediado e se ocupava se metendo em encrencas. Por natureza e criação, ele não estava disposto a aceitar uma autoridade diferente da que ele conhecia. Assim, na escola, ele desafiava os professores pregando peças e, junto com um amigo, arranjava todo tipo de encrenca. Quando ele estava no terceiro ano, as brincadeiras se tornaram um pouco mais perigosas. Quando chegou a hora de ir para o quinto ano, a escola decidiu que era melhor colocar ele e o amigo em classes separadas. Uma professora conhecida como “Teddy”, depois de observá-lo por duas semanas, procuro-o e deu-lhe um caderno de exercícios com problemas de matemática, dizendo: “quero que você o leve para casa e faça isso”. O menino pensou: “Você está louca?”. E então ela puxou um pirulito gigante e disse: “Quando você terminar, se acertar a maioria, lhe darei isto e cinco dólares”. O garoto devolveu o caderno respondido em dois dias. Depois de alguns meses, ele não precisava mais daquilo e passou a fazer os exercícios somente para agradá-la. Ela chegou a retribuí-lo com um kit para polir lentes e fazer uma câmera. Ele aprendeu mais com ela do que com qualquer outro professor e, se não fosse por ela, ele provavelmente teria se tornado um delinquente. Tempos depois, um vizinho da mesma rua apresentou-o às maravilhas da eletrônica, dando-lhe kits eletrônicos vendidos como hobby. Esses kits lhe ajudaram a desvendar os detalhes do funcionamento de indutores, capacitores, resistores e semicondutores. Por meio desse conhecimento, aparelhos eletrônicos complexos, como TVs e rádios, deixaram de ser mistério para ele. Esse amigo o introduziu no Clube do Explorador da HP, um grupo de quinze ou mais estudantes que se reunia semanalmente no refeitório da empresa nas noites de terça-feira. Nessas reuniões, um engenheiro da HP vinha para falar sobre os projetos que estava desenvolvendo. Ele adorava comparecer a essas reuniões. Ele queria muito conhecer a fábrica e, como a HP era a pioneira na produção de diodos emissores de luz, ele convenceu um dos engenheiros, depois de uma palestra, a deixa-lo conhecer o laboratório de holografia. A visão dos inúmeros computadores que a empresa estava desenvolvendo lhe deixou apaixonado. Alí estava um dos primeiros computadores de mesa da história, o 9100A, que não passava de uma calculadora pretensiosa, enorme, e que pesava cerca de 20 quilos, mas era simplesmente encantador. Os frequentadores do clube eram estimulados a fazer projetos, então o jovem decidiu construir um contador de frequências, que mede o número de pulsos por segundo em um sinal eletrônico. Mas ele precisava de algumas peças que a HP produzia, então pegou o telefone e ligou para Bill Hewlett, o presidente executivo da empresa, cujo nome encontrara numa lista telefônica. Bill atendeu e conversou com ele durante 20 minutos. Bill conseguiu as peças, mas também lhe deu um emprego na fábrica onde faziam contadores de frequência. O jovem trabalhou lá no verão. Seu trabalho consistia principalmente em pôr porcas e parafusos numa linha de montagem. Houve algum ressentimento entre os trabalhadores da linha em relação ao garoto que tinha conseguido o emprego telefonando para o diretor-presidente. Na realidade, o jovem tinha muita facilidade em se relacionar com as pessoas. Durante os intervalos, ele subia e passava tempo com os engenheiros da fábrica. Depois que saiu empresa, chegou a entregar jornais e, nos fins-de-semana, trabalhava no controle do estoque de uma loja de peças eletrônicas. Seus pais biológicos haviam determinado que ele deveria frequentar uma universidade, pois essa havia sido a condição para sua adoção, mas ele abandonou a faculdade depois do primeiro semestre, embora continuasse a assistir, extraoficialmente, as matérias que lhe interessavam. Sem um tostão no bolso, reciclava garrafas de Coca-Cola, dormia no chão em casas de amigos e comia de graça num templo Hare Krishna. Ele conseguiu um trabalho por um curto período na Atari, uma das primeiras companhias de videogames, a fim de economizar dinheiro para uma viagem à índia. Em pouco tempo saiu da empresa e partiu, junto com um amigo de infância, em busca da iluminação. Quando voltou, começou a andar com outro amigo que era um gênio da eletrônica e juntos, fundaram uma empresa de computadores que montavam manualmente na garagem dos pais com a ajuda de alguns amigos. Para financiar seus negócios, ele vendeu uma Kombi, e seu amigo, uma calculadora. Aos 21 anos ele viu seu negócio dar certo. A empresa deslanchou como um foguete e, em 1983, passou a valer mais de 100 milhões de dólares e entrou na Fortune 500 com a mais rápida ascensão que qualquer empresa na história dos negócios. Eles se tornaram multimilionários. Apesar disso, o jovem garante nunca ter feito as coisas por dinheiro, mas pela paixão. Seu principal objetivo era criar uma tecnologia de fácil utilização para o público mais amplo possível. Mas em 1985, por ter um gênio difícil e incontrolável, ele é demitido pelo próprio diretor que ele havia contratado para dirigir a empresa. Com desejo de vingança, fundou a NeXT, com o propósito de vender computadores avançados para universidades e tirar do mercado a empresa da qual havia sido demitido. Criou a Pixar a partir de outra companhia e, ao longo de uma década, transformando-a num estúdio de animação de grande sucesso em Hollywood. A NeXT, por outro lado, jamais decolou. Em 8 anos, vendeu apenas 50 mil computadores e teve que sair do ramo de hardware, concentrando-se na venda de softwares. Contudo, sua experiência na NeXT serviu de impulso para o seu retorno à empresa da qual havia sido expulso. Assim, em 1996, após 11 anos depois que esteve fora, ele retorna. Tal é seu ressurgimento, fenomenal e impressionante, que executivos do mundo inteiro mal podiam acreditar no que estava acontecendo. Mas em 10 anos a frente dessa organização, a Apple, ele, Steve Jobs, criou o iPod, o iPhone, iMac e outros grandes produtos inovadores, tirou a empresa do prejuízo para torna-la num império de mais 107,2 bilhões de dólares! Aos 52 anos, ele deixa o trabalho para viver uma vida tranquila com a família, mas em outubro de 2011, aos 56, Jobs morre vítima de um cancro raro no pâncreas.

Da história acima podemos tirar grandes lições:

1- Jobs passou por altos e baixos ao longo da vida: foi abandonado pela mãe num orfanato; foi adotado por uma família de classe média baixa; foi aluno brilhante e rebelde; fundou uma empresa aos 20; foi expulso de sua organização aos 31; mas foi salvador do negócio aos 40, e passou a transformar tudo o que tocava em ouro aos 50. Com tudo isso, podemos aprender muito importante: todas as pessoas que hoje são referências de sucesso, já passaram por muitas lutas e por momentos difíceis.

2 – A participação do pai na infância de Jobs foi essencial para a formação da personalidade inovadora do filho. Os ensinamentos do pai para mostrar como as coisas funcionavam e seus esforços por fazer as coisas bem feitas deu a Jobs um grande senso de design e valor pelo trabalho. Esse exemplo mostra como é importante que os pais ensinem liderança e empreendedorismo aos seus filhos.

3 – Outro grande momento notável na vida de Jobs foi seu encontro com sua professora “Teddy” que o motivou com dinheiro e doces para que ele fizesse suas tarefas escolares. Essa experiência ilustra os efeitos do reforço positivo como fator de mudança de comportamento. Segundo pesquisas, as recompensas são 7x mais eficiente que as punições, e isso fez a diferença na vida Jobs, que era um aluno extremamente rebelde, mas que pode enfim encontrar seu rumo.

4 - Durante o primeiro período de Jobs à frente da Apple, foram lançados o Apple III e o Lisa. Enquanto o primeiro sofria com o aquecimento excessivo devido à sua decisão de não incluir uma ventilação no produto, o segundo possuía um hardware extremamente caro. Todos esses lançamentos foram um fracasso. Outro fiasco foi o lançamento do TAM (Twentieth Anniversary Macintosh), ocorrido em 1997, que custava US$ 7500. Por conta desse preço pouco atrativo, o produto foi abandono um ano após seu lançamento. A empresa NeXT criada por ele passou por diversas dificuldades financeiras, resultando na sua venda em 1996. Enfim, por não ter medo de fracassar e por saber tirar proveito de suas falhas, Jobs adquiriu vasta experiência e ousadia para inovar, o que lhe ajudou a ser empreendedor ousado e brilhante.

5 – Um dos defeitos de Jobs era ser muito duro ao criticar seus funcionários. Certa vez ele chegou a demitir o líder do time que criou o MobileMe em numa reunião na frente de sua equipe. Em uma entrevista para a revista norte-americana The New Yorker, o vice-presidente sênior de design da Apple e ex-colega de trabalho de Jobs, Jony Ive, conta que já chegou a pedir para Jobs ser mais gentil com seus funcionários, pois eles sempre ficavam arrasados após suas duras críticas. Um verdadeiro líder não precisa agir dessa forma, como diria Ané Dousseaux: “Elogie em público e corrija em particular. Um líder corrige sem ofender e orienta sem humilhar.”
“A arrogância dos homens será abatida, e o seu orgulho será humilhado. Somente o Senhor será exaltado naquele dia.” (Isaías 2:17).
 Livro A Harpa de 1000 Cordas

terça-feira, 22 de setembro de 2015

SEJA UMA ESTRELA NA VIDA DE SEUS AMIGOS

Sir Isaac Newton descobriu as leis da gravidade por volta de 1600. As leis que ele introduziu no mundo científico revolucionaram os estudos astronômicos. Mas, se não fosse Edmund Halley, poucas pessoas teriam ouvido falar das leis de Newton. Halley ouviu as ideias de Newton, desafiou suas suposições, corrigiu seus cálculos matemáticos quando estavam errados e até traçou diagramas geométricos para sustentar o trabalho de Newton. Quando Newton se mostrou indeciso para publicar suas ideias, Halley, primeiro, convenceu-o a escrever o manuscrito, depois o editou e supervisionou sua publicação. Halley até financiou a impressão do trabalho, mesmo tendo menos recursos financeiros que Newton. O trabalho final, “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, fez de Newton um dos pensadores mais respeitados na história e garantiu seu ingresso na Sociedade Real. Para Halley, era mais importante ver as ideias de Newton compartilhadas do que receber reconhecimento pessoal por ajudá-lo. Ele sabia o quanto aquelas ideias eram importantes e queria ajuda-lo a expô-las ao mundo. Mas Halley tinha seu próprio brilho. Por volta de 1682, ele observou que as características de um determinado cometa eram praticamente as mesmas que as de outros dois cometas que haviam aparecido anteriormente em 1531 (observado por Petrus Apianus) e 1607 (observado por Johannes Kepler). Halley concluiu que todos os três cometas eram na realidade o mesmo objeto que voltava de 76 em 76 anos. Depois de entender esse fato, Halley previu o seu regresso em 1758. De lá pra cá o cometa apareceu três vezes. A última vez em que foi visto foi em julho de 1985. Sua próxima aparição será em 28 de julho de 2061. Edmund Halley, apesar de ter tido seu nome dado a um cometa, foi uma verdadeira estrela!

Na vida, há “amigos-cometas” e “amigos-estrelas”. Você sabe a diferença?  O poema escrito por Reinilson Câmara explica isso:

“Há pessoas estrelas; Há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem. Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem. Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis de nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim rapazes e moças que se enamoram e se deixam com a maior facilidade. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem serem presença. Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida. Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem. Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo. A solidão de muitas pessoas é consequência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica. Todos passam. E a gente também passa pelos outros. Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor. Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo. Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar prender-se em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações. Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa. É nascer e ter vivido e não apenas existido.”

Dos fatos acima podemos aprender três grandes lições:

1 – Na cosmologia, a luz de uma estrela, mesmo depois de sua morte, permanece visível durante séculos no espaço sideral.  Halley, apesar de ter tido seu nome dado a um cometa, foi uma verdadeira estrela na vida de Newton. Da mesma forma, você também pode ser uma estrela na vida das pessoas. Amigos que são estrelas, de fato, nunca morrem, pois permanecem para sempre no coração daqueles que os amam.

2 – Não seja “amigo-cometa”, que, depois de muito tempo ausente, aparece só para pedir ajuda. Pessoas com esse comportamento acabam ganhando a antipatia dos outros. Seja diferente. Valorize seus amigos. Não marque presença para pedir algo, mas faça algo para marcar presença.

3 – John Maxwell explica em seu livro como ele, sendo uma pessoa extremamente ocupada, faz para conquistar e conservar suas amizades:  “Gosto de conversar sobre liderança com bons líderes o tempo todo. Na verdade, faço questão de marcar um almoço para aprender com alguém que admiro, pelo menos, seis vezes por ano... E daí que virá meu crescimento.”

“Não abandone o seu amigo nem o amigo de seu pai... melhor é o vizinho próximo do que o irmão distante”. (Provérbios 27:9-10)
Livro A Harpa de 1000 Cordas

sábado, 19 de setembro de 2015

CONTE HISTÓRIAS

Um dia a escritora e psicóloga Susan Weinschenk se viu diante de uma sala cheia de pessoas que não queriam está lá. O chefe delas disse que tinham que assistir a uma palestra. Elas achavam que aquilo era perda de tempo e isso a deixou muito nervosa. Mesmo assim, ela decidiu ter coragem e seguiu em frente. Respirou fundo, sorriu e com voz firme, começou com um expressivo “Bom dia para todos! Estou feliz por está aqui”. Mais da metade da turma nem sequer olhou para ela. Alguns checavam seus e-mails, enquanto outros escreviam uma lista de pendências. Um rapaz folheava o jornal. Era uma daquelas situações em que segundos parecem horas. Em pânico, ela pensou consigo mesma: “O que devo fazer”? Então ela teve uma ideia e disse: “Vou lhes contar uma história”. Diante da menção da palavra história, todos viraram a cabeça e olharam para ela. Nesse momento ela obteve a oportunidade que queria para contar uma experiência e iniciar sua apresentação. Em seu livro Susan diz que nenhuma ideia é mais poderosa pra convencer as pessoas do que contar uma história, já que tudo o que fazemos está relacionado a uma história de quem somos e como nos relacionamos. Ela afirma que as pessoas regem melhor a histórias do que a apresentações de dados. Além disso, a maior parte da comunicação diária acontece em forma de histórias, entretanto, raramente paramos para conta-las.

Augusto Cury relata em seu livro que certa vez uma de suas filhas foi criticada por algumas jovens por ser uma pessoa simples, não gostar de ostentação e não ser excessivamente vaidosa. Ela estava se sentindo rejeitada e triste. Após ouvi-la, ele soltou sua imaginação e contou-lhe uma história. Disse-lhe que algumas pessoas preferem o sol pintado num quadro, enquanto que outras preferem o sol real, ainda que esteja encoberto pelas nuvens. Então ele lhe perguntou: “qual é o sol que você prefere?” Ela pensou e escolheu o sol real. Então ele terminou dizendo: “mesmo que as pessoas não acreditem no seu sol, ele está brilhando. Você tem luz própria. Um dia, as nuvens que o encobrem se dissiparão e as pessoas irão enxerga-lo. Não tenha medo das críticas dos outros. Tenha medo de perder a sua luz”. Em seu livro ele diz que ela nunca mais se esqueceu dessa história. Ficou tão feliz que contou para várias de suas amigas.

É de fato conhecido que a educação mundial está à beira da falência devido a influencia que a mídia exerce sobre a mente humana.  Na Espanha, 80% dos professores estão estressados. Na Inglaterra, quase ninguém mais quer essa profissão. No Brasil, cerca de 92% dos professores estão com 3 ou mais sintomas de estresse. Por causa disso, é muito fácil um professor perder a cabeça durante um conflito em sala de aula. Mas existem alternativas para essas questões. Augusto Cury conta que certa vez, alguns alunos conversavam no fundo de uma sala de aula. A professora havia pedido silêncio, mas eles continuaram fazendo barulho. Ela foi mais enfática e chamou a atenção de um aluno que falava alto. Ele foi agressivo com ela e gritou: “Você não manda em mim! Eu pago para você trabalhar!” O clima ficou tenso. Todos esperavam que a professora gritasse com o aluno, mas, em vez disso, ela ficou em silêncio, respirou fundo e contou uma história que aparentemente não tinha nada a ver com aquela situação. Ela falou das as crianças e adolescentes judeus que haviam sido presos nos campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra. Não podiam ir às escolas, visitar amigos, dormir numa cama ou comer com dignidade. Eles choravam e ninguém os consolava. Gritavam pelos pais, mas ninguém os ouvia. Na frente deles, havia apenas cães, guardas e cercas de arame farpado. Foi um dos maiores crimes cometidos na história. Mais de um milhão de crianças e adolescentes morreram. Depois de contar essa história, a professora olhou para a classe e disse: “vocês têm escola, amigos, professores que os amam, o carinho dos pais, um alimento gostoso em sua mesa, mas será que vocês dão valor para isso?” Enquanto falava, o aluno que a ofendeu estava em completo silêncio. Ele compreendeu que precisava se colocar no lugar dos outros e dar valor a todas as bênçãos que a vida lhe dava. Voltou para casa e nunca mais foi o mesmo.

Baseados nos fatos acima, podemos aprender 3 grandes lições:

1 – Você não precisa ter um diploma, nem saber ler ou escrever para transmitir uma grande lição aos seus filhos, alunos, amigos, colaboradores ou qualquer pessoa. Apenas conte-lhes uma história. Talvez pense não seja capaz de contar uma, mas se você viveu até hoje, é porque certamente você tem uma história.

2 – Histórias vendem! Os filmes e propagandas mais inesquecíveis e lucrativos da TV, cinema e internet fazem uso de grandes histórias. Mais da metade de tudo o que se publica em livros e na internet são histórias. Grandes professores, políticos e líderes religiosos são verdadeiros contadores de histórias. Da mesma forma, se você deseja conquistar as pessoas, use o poder das histórias.

3 – É por meio das histórias que alcançamos o coração humano. Jesus foi o maior líder de todos os tempos porque cerca de 70% de seus ensinamentos eram transmitidos por meio de histórias. Cerca de 60% do conteúdo bíblico são histórias. É por meio de histórias que vidas são transformadas. Como a mulher samaritana que conheceu a Jesus e por meio de seu testemunho influenciou toda a sua nação, quantas histórias maravilhosas de si mesmo e da Bíblia você poderia compartilhar para motivar as pessoas e leva-las a grandeza?

“Deixou a mulher o seu cântaro, foi a cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo o quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo?” (João  4:28 e 29)

Livro a Harpa de 1000 Cordas