quarta-feira, 4 de março de 2015

ENVIADOS DO MALIGNO

Algumas pessoas parecem terem sido enviadas do demômio. O que fazer com elas?

Em 1775, aos 26 anos, Goethe, poeta e romancista alemão, foi convidado a passar algum tempo na corte de Weimar pelo duque Karl August, para torna-se seu conselheiro pessoal. Goethe vinha da classe média e nunca havia passado muito tempo em meio à nobreza. No entanto, depois alguns meses, concluiu que viver alí era insuportável. As atividades dos cortesãos se resumiam em rituais de jogos de cartas, caçadas e infindáveis trocas de fofocas. Embora fosse um autor famoso, ninguém se interessava por suas opiniões. Concluiu que seria inútil reclamar e que não conseguiria mudar ninguém. Mas com o tempo, percebeu que aquelas pessoas poderiam ser úteis a ele. Então passou a respeitá-las, tolerá-las e observa-las, descobrindo seus segredos, seus dramas e suas ideias fúteis. Dessa maneira, ele transformou sua frustração na mais produtiva e agradável fonte de inspiração para seus novos romances, que posteriormente, lhe renderam muito sucesso!

Na Bíblia, a mulher de Potifar, acusou José de forçá-la a ter relações com ele. José foi preso, mas a prisão foi uma oportunidade dele mostrar seus talentos ao Faraó e galgar uma promoção para governador do Egito. O Gigante golias, que apareceu para matar Davi, foi derrotado e sua morte foi motivo de grande honra à Davi, que, de pastor de ovelhas virou rei.

Ninguém surge em nossa vida por acaso. Todas as pessoas, por mais indesejáveis que sejam, são de certa forma, fontes de alguma aprendizagem. Algumas, para serem nossos exemplos, outras, pra nos mostrar a não sermos como elas. E outras, para nos honrar com os problemas que elas nos trazem. Como diria o próprio Goethe:

“A nossa sorte está em nossas próprias mãos, como está nas mãos do escultor a matéria-prima que ele converterá em obra de arte... A habilidade para moldar o material no objeto almejado deve ser aprendida e cultivada com empenho.”

“Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus.” (Romanos 8.28)
 Livro A Harpa de 1000 Cordas