sábado, 19 de setembro de 2015

CONTE HISTÓRIAS

Um dia a escritora e psicóloga Susan Weinschenk se viu diante de uma sala cheia de pessoas que não queriam está lá. O chefe delas disse que tinham que assistir a uma palestra. Elas achavam que aquilo era perda de tempo e isso a deixou muito nervosa. Mesmo assim, ela decidiu ter coragem e seguiu em frente. Respirou fundo, sorriu e com voz firme, começou com um expressivo “Bom dia para todos! Estou feliz por está aqui”. Mais da metade da turma nem sequer olhou para ela. Alguns checavam seus e-mails, enquanto outros escreviam uma lista de pendências. Um rapaz folheava o jornal. Era uma daquelas situações em que segundos parecem horas. Em pânico, ela pensou consigo mesma: “O que devo fazer”? Então ela teve uma ideia e disse: “Vou lhes contar uma história”. Diante da menção da palavra história, todos viraram a cabeça e olharam para ela. Nesse momento ela obteve a oportunidade que queria para contar uma experiência e iniciar sua apresentação. Em seu livro Susan diz que nenhuma ideia é mais poderosa pra convencer as pessoas do que contar uma história, já que tudo o que fazemos está relacionado a uma história de quem somos e como nos relacionamos. Ela afirma que as pessoas regem melhor a histórias do que a apresentações de dados. Além disso, a maior parte da comunicação diária acontece em forma de histórias, entretanto, raramente paramos para conta-las.

Augusto Cury relata em seu livro que certa vez uma de suas filhas foi criticada por algumas jovens por ser uma pessoa simples, não gostar de ostentação e não ser excessivamente vaidosa. Ela estava se sentindo rejeitada e triste. Após ouvi-la, ele soltou sua imaginação e contou-lhe uma história. Disse-lhe que algumas pessoas preferem o sol pintado num quadro, enquanto que outras preferem o sol real, ainda que esteja encoberto pelas nuvens. Então ele lhe perguntou: “qual é o sol que você prefere?” Ela pensou e escolheu o sol real. Então ele terminou dizendo: “mesmo que as pessoas não acreditem no seu sol, ele está brilhando. Você tem luz própria. Um dia, as nuvens que o encobrem se dissiparão e as pessoas irão enxerga-lo. Não tenha medo das críticas dos outros. Tenha medo de perder a sua luz”. Em seu livro ele diz que ela nunca mais se esqueceu dessa história. Ficou tão feliz que contou para várias de suas amigas.

É de fato conhecido que a educação mundial está à beira da falência devido a influencia que a mídia exerce sobre a mente humana.  Na Espanha, 80% dos professores estão estressados. Na Inglaterra, quase ninguém mais quer essa profissão. No Brasil, cerca de 92% dos professores estão com 3 ou mais sintomas de estresse. Por causa disso, é muito fácil um professor perder a cabeça durante um conflito em sala de aula. Mas existem alternativas para essas questões. Augusto Cury conta que certa vez, alguns alunos conversavam no fundo de uma sala de aula. A professora havia pedido silêncio, mas eles continuaram fazendo barulho. Ela foi mais enfática e chamou a atenção de um aluno que falava alto. Ele foi agressivo com ela e gritou: “Você não manda em mim! Eu pago para você trabalhar!” O clima ficou tenso. Todos esperavam que a professora gritasse com o aluno, mas, em vez disso, ela ficou em silêncio, respirou fundo e contou uma história que aparentemente não tinha nada a ver com aquela situação. Ela falou das as crianças e adolescentes judeus que haviam sido presos nos campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra. Não podiam ir às escolas, visitar amigos, dormir numa cama ou comer com dignidade. Eles choravam e ninguém os consolava. Gritavam pelos pais, mas ninguém os ouvia. Na frente deles, havia apenas cães, guardas e cercas de arame farpado. Foi um dos maiores crimes cometidos na história. Mais de um milhão de crianças e adolescentes morreram. Depois de contar essa história, a professora olhou para a classe e disse: “vocês têm escola, amigos, professores que os amam, o carinho dos pais, um alimento gostoso em sua mesa, mas será que vocês dão valor para isso?” Enquanto falava, o aluno que a ofendeu estava em completo silêncio. Ele compreendeu que precisava se colocar no lugar dos outros e dar valor a todas as bênçãos que a vida lhe dava. Voltou para casa e nunca mais foi o mesmo.

Baseados nos fatos acima, podemos aprender 3 grandes lições:

1 – Você não precisa ter um diploma, nem saber ler ou escrever para transmitir uma grande lição aos seus filhos, alunos, amigos, colaboradores ou qualquer pessoa. Apenas conte-lhes uma história. Talvez pense não seja capaz de contar uma, mas se você viveu até hoje, é porque certamente você tem uma história.

2 – Histórias vendem! Os filmes e propagandas mais inesquecíveis e lucrativos da TV, cinema e internet fazem uso de grandes histórias. Mais da metade de tudo o que se publica em livros e na internet são histórias. Grandes professores, políticos e líderes religiosos são verdadeiros contadores de histórias. Da mesma forma, se você deseja conquistar as pessoas, use o poder das histórias.

3 – É por meio das histórias que alcançamos o coração humano. Jesus foi o maior líder de todos os tempos porque cerca de 70% de seus ensinamentos eram transmitidos por meio de histórias. Cerca de 60% do conteúdo bíblico são histórias. É por meio de histórias que vidas são transformadas. Como a mulher samaritana que conheceu a Jesus e por meio de seu testemunho influenciou toda a sua nação, quantas histórias maravilhosas de si mesmo e da Bíblia você poderia compartilhar para motivar as pessoas e leva-las a grandeza?

“Deixou a mulher o seu cântaro, foi a cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo o quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo?” (João  4:28 e 29)

Livro a Harpa de 1000 Cordas