segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SAIBA EMPREENDER

Nascido em São Francisco, EUA, em 1955, filho de pais universitários e não casados, um menino foi oferecido à adoção com uma semana de vida. Sua mãe biológica – de ascendência alemã tradicionalmente católica – e seu pai verdadeiro – um mulçumano sírio cuja linhagem detinha ótimas condições financeiras – não podiam ficar com ele, por pressão de seus familiares. Assim, o menino foi adotado por um casal de operários quem moravam em  Mountain View, na Califórnia, uma cidade rural que mais tarde se transformou no Vale do Silício. O menino soube desde cedo que havia sido adotado, mas isso não o magoava, pois era muito amado. O pai adotivo, apesar de ser um mecânico que só tinha o ensino médio, era admirado pelo menino, devido a sua habilidade de construir armários, mesas, cercas, etc. Impressionava-o ver como o pai se preocupava em fazer as coisas direito, mesmo as partes que não ficavam à vista. Era importante fazer bem os fundos dos armários e cercas, ainda que ficassem escondidos. O menino nunca chegou a gostar de mecânica, mas adorava está com o pai e ser ensinado por ele. Através dos carros, o pai lhe expôs à eletrônica, o que lhe despertou muito seu interesse. Todo fim-de-semana, eles iam garimpar peças elétricas e mecânicas no ferro-velho e assim começou a aprender a negociar vendo seu pai vendendo essas peças. A maioria dos seus vizinhos, que eram engenheiros que trabalhavam com empresas de tecnologia, montava dispositivos como células fotoelétricas, pilhas e radares, e o menino cresceu aprendendo sobre essas coisas. Antes de entrar na escola, sua mãe já o havia ensinado a ler. Mas nos seus primeiros anos, ele andava meio entediado e se ocupava se metendo em encrencas. Por natureza e criação, ele não estava disposto a aceitar uma autoridade diferente da que ele conhecia. Assim, na escola, ele desafiava os professores pregando peças e, junto com um amigo, arranjava todo tipo de encrenca. Quando ele estava no terceiro ano, as brincadeiras se tornaram um pouco mais perigosas. Quando chegou a hora de ir para o quinto ano, a escola decidiu que era melhor colocar ele e o amigo em classes separadas. Uma professora conhecida como “Teddy”, depois de observá-lo por duas semanas, procuro-o e deu-lhe um caderno de exercícios com problemas de matemática, dizendo: “quero que você o leve para casa e faça isso”. O menino pensou: “Você está louca?”. E então ela puxou um pirulito gigante e disse: “Quando você terminar, se acertar a maioria, lhe darei isto e cinco dólares”. O garoto devolveu o caderno respondido em dois dias. Depois de alguns meses, ele não precisava mais daquilo e passou a fazer os exercícios somente para agradá-la. Ela chegou a retribuí-lo com um kit para polir lentes e fazer uma câmera. Ele aprendeu mais com ela do que com qualquer outro professor e, se não fosse por ela, ele provavelmente teria se tornado um delinquente. Tempos depois, um vizinho da mesma rua apresentou-o às maravilhas da eletrônica, dando-lhe kits eletrônicos vendidos como hobby. Esses kits lhe ajudaram a desvendar os detalhes do funcionamento de indutores, capacitores, resistores e semicondutores. Por meio desse conhecimento, aparelhos eletrônicos complexos, como TVs e rádios, deixaram de ser mistério para ele. Esse amigo o introduziu no Clube do Explorador da HP, um grupo de quinze ou mais estudantes que se reunia semanalmente no refeitório da empresa nas noites de terça-feira. Nessas reuniões, um engenheiro da HP vinha para falar sobre os projetos que estava desenvolvendo. Ele adorava comparecer a essas reuniões. Ele queria muito conhecer a fábrica e, como a HP era a pioneira na produção de diodos emissores de luz, ele convenceu um dos engenheiros, depois de uma palestra, a deixa-lo conhecer o laboratório de holografia. A visão dos inúmeros computadores que a empresa estava desenvolvendo lhe deixou apaixonado. Alí estava um dos primeiros computadores de mesa da história, o 9100A, que não passava de uma calculadora pretensiosa, enorme, e que pesava cerca de 20 quilos, mas era simplesmente encantador. Os frequentadores do clube eram estimulados a fazer projetos, então o jovem decidiu construir um contador de frequências, que mede o número de pulsos por segundo em um sinal eletrônico. Mas ele precisava de algumas peças que a HP produzia, então pegou o telefone e ligou para Bill Hewlett, o presidente executivo da empresa, cujo nome encontrara numa lista telefônica. Bill atendeu e conversou com ele durante 20 minutos. Bill conseguiu as peças, mas também lhe deu um emprego na fábrica onde faziam contadores de frequência. O jovem trabalhou lá no verão. Seu trabalho consistia principalmente em pôr porcas e parafusos numa linha de montagem. Houve algum ressentimento entre os trabalhadores da linha em relação ao garoto que tinha conseguido o emprego telefonando para o diretor-presidente. Na realidade, o jovem tinha muita facilidade em se relacionar com as pessoas. Durante os intervalos, ele subia e passava tempo com os engenheiros da fábrica. Depois que saiu empresa, chegou a entregar jornais e, nos fins-de-semana, trabalhava no controle do estoque de uma loja de peças eletrônicas. Seus pais biológicos haviam determinado que ele deveria frequentar uma universidade, pois essa havia sido a condição para sua adoção, mas ele abandonou a faculdade depois do primeiro semestre, embora continuasse a assistir, extraoficialmente, as matérias que lhe interessavam. Sem um tostão no bolso, reciclava garrafas de Coca-Cola, dormia no chão em casas de amigos e comia de graça num templo Hare Krishna. Ele conseguiu um trabalho por um curto período na Atari, uma das primeiras companhias de videogames, a fim de economizar dinheiro para uma viagem à índia. Em pouco tempo saiu da empresa e partiu, junto com um amigo de infância, em busca da iluminação. Quando voltou, começou a andar com outro amigo que era um gênio da eletrônica e juntos, fundaram uma empresa de computadores que montavam manualmente na garagem dos pais com a ajuda de alguns amigos. Para financiar seus negócios, ele vendeu uma Kombi, e seu amigo, uma calculadora. Aos 21 anos ele viu seu negócio dar certo. A empresa deslanchou como um foguete e, em 1983, passou a valer mais de 100 milhões de dólares e entrou na Fortune 500 com a mais rápida ascensão que qualquer empresa na história dos negócios. Eles se tornaram multimilionários. Apesar disso, o jovem garante nunca ter feito as coisas por dinheiro, mas pela paixão. Seu principal objetivo era criar uma tecnologia de fácil utilização para o público mais amplo possível. Mas em 1985, por ter um gênio difícil e incontrolável, ele é demitido pelo próprio diretor que ele havia contratado para dirigir a empresa. Com desejo de vingança, fundou a NeXT, com o propósito de vender computadores avançados para universidades e tirar do mercado a empresa da qual havia sido demitido. Criou a Pixar a partir de outra companhia e, ao longo de uma década, transformando-a num estúdio de animação de grande sucesso em Hollywood. A NeXT, por outro lado, jamais decolou. Em 8 anos, vendeu apenas 50 mil computadores e teve que sair do ramo de hardware, concentrando-se na venda de softwares. Contudo, sua experiência na NeXT serviu de impulso para o seu retorno à empresa da qual havia sido expulso. Assim, em 1996, após 11 anos depois que esteve fora, ele retorna. Tal é seu ressurgimento, fenomenal e impressionante, que executivos do mundo inteiro mal podiam acreditar no que estava acontecendo. Mas em 10 anos a frente dessa organização, a Apple, ele, Steve Jobs, criou o iPod, o iPhone, iMac e outros grandes produtos inovadores, tirou a empresa do prejuízo para torna-la num império de mais 107,2 bilhões de dólares! Aos 52 anos, ele deixa o trabalho para viver uma vida tranquila com a família, mas em outubro de 2011, aos 56, Jobs morre vítima de um cancro raro no pâncreas.

Da história acima podemos tirar grandes lições:

1- Jobs passou por altos e baixos ao longo da vida: foi abandonado pela mãe num orfanato; foi adotado por uma família de classe média baixa; foi aluno brilhante e rebelde; fundou uma empresa aos 20; foi expulso de sua organização aos 31; mas foi salvador do negócio aos 40, e passou a transformar tudo o que tocava em ouro aos 50. Com tudo isso, podemos aprender muito importante: todas as pessoas que hoje são referências de sucesso, já passaram por muitas lutas e por momentos difíceis.

2 – A participação do pai na infância de Jobs foi essencial para a formação da personalidade inovadora do filho. Os ensinamentos do pai para mostrar como as coisas funcionavam e seus esforços por fazer as coisas bem feitas deu a Jobs um grande senso de design e valor pelo trabalho. Esse exemplo mostra como é importante que os pais ensinem liderança e empreendedorismo aos seus filhos.

3 – Outro grande momento notável na vida de Jobs foi seu encontro com sua professora “Teddy” que o motivou com dinheiro e doces para que ele fizesse suas tarefas escolares. Essa experiência ilustra os efeitos do reforço positivo como fator de mudança de comportamento. Segundo pesquisas, as recompensas são 7x mais eficiente que as punições, e isso fez a diferença na vida Jobs, que era um aluno extremamente rebelde, mas que pode enfim encontrar seu rumo.

4 - Durante o primeiro período de Jobs à frente da Apple, foram lançados o Apple III e o Lisa. Enquanto o primeiro sofria com o aquecimento excessivo devido à sua decisão de não incluir uma ventilação no produto, o segundo possuía um hardware extremamente caro. Todos esses lançamentos foram um fracasso. Outro fiasco foi o lançamento do TAM (Twentieth Anniversary Macintosh), ocorrido em 1997, que custava US$ 7500. Por conta desse preço pouco atrativo, o produto foi abandono um ano após seu lançamento. A empresa NeXT criada por ele passou por diversas dificuldades financeiras, resultando na sua venda em 1996. Enfim, por não ter medo de fracassar e por saber tirar proveito de suas falhas, Jobs adquiriu vasta experiência e ousadia para inovar, o que lhe ajudou a ser empreendedor ousado e brilhante.

5 – Um dos defeitos de Jobs era ser muito duro ao criticar seus funcionários. Certa vez ele chegou a demitir o líder do time que criou o MobileMe em numa reunião na frente de sua equipe. Em uma entrevista para a revista norte-americana The New Yorker, o vice-presidente sênior de design da Apple e ex-colega de trabalho de Jobs, Jony Ive, conta que já chegou a pedir para Jobs ser mais gentil com seus funcionários, pois eles sempre ficavam arrasados após suas duras críticas. Um verdadeiro líder não precisa agir dessa forma, como diria Ané Dousseaux: “Elogie em público e corrija em particular. Um líder corrige sem ofender e orienta sem humilhar.”
“A arrogância dos homens será abatida, e o seu orgulho será humilhado. Somente o Senhor será exaltado naquele dia.” (Isaías 2:17).
 Livro A Harpa de 1000 Cordas

terça-feira, 22 de setembro de 2015

SEJA UMA ESTRELA NA VIDA DE SEUS AMIGOS

Sir Isaac Newton descobriu as leis da gravidade por volta de 1600. As leis que ele introduziu no mundo científico revolucionaram os estudos astronômicos. Mas, se não fosse Edmund Halley, poucas pessoas teriam ouvido falar das leis de Newton. Halley ouviu as ideias de Newton, desafiou suas suposições, corrigiu seus cálculos matemáticos quando estavam errados e até traçou diagramas geométricos para sustentar o trabalho de Newton. Quando Newton se mostrou indeciso para publicar suas ideias, Halley, primeiro, convenceu-o a escrever o manuscrito, depois o editou e supervisionou sua publicação. Halley até financiou a impressão do trabalho, mesmo tendo menos recursos financeiros que Newton. O trabalho final, “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, fez de Newton um dos pensadores mais respeitados na história e garantiu seu ingresso na Sociedade Real. Para Halley, era mais importante ver as ideias de Newton compartilhadas do que receber reconhecimento pessoal por ajudá-lo. Ele sabia o quanto aquelas ideias eram importantes e queria ajuda-lo a expô-las ao mundo. Mas Halley tinha seu próprio brilho. Por volta de 1682, ele observou que as características de um determinado cometa eram praticamente as mesmas que as de outros dois cometas que haviam aparecido anteriormente em 1531 (observado por Petrus Apianus) e 1607 (observado por Johannes Kepler). Halley concluiu que todos os três cometas eram na realidade o mesmo objeto que voltava de 76 em 76 anos. Depois de entender esse fato, Halley previu o seu regresso em 1758. De lá pra cá o cometa apareceu três vezes. A última vez em que foi visto foi em julho de 1985. Sua próxima aparição será em 28 de julho de 2061. Edmund Halley, apesar de ter tido seu nome dado a um cometa, foi uma verdadeira estrela!

Na vida, há “amigos-cometas” e “amigos-estrelas”. Você sabe a diferença?  O poema escrito por Reinilson Câmara explica isso:

“Há pessoas estrelas; Há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem. Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem. Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis de nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim rapazes e moças que se enamoram e se deixam com a maior facilidade. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem serem presença. Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida. Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem. Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo. A solidão de muitas pessoas é consequência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica. Todos passam. E a gente também passa pelos outros. Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor. Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo. Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar prender-se em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações. Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa. É nascer e ter vivido e não apenas existido.”

Dos fatos acima podemos aprender três grandes lições:

1 – Na cosmologia, a luz de uma estrela, mesmo depois de sua morte, permanece visível durante séculos no espaço sideral.  Halley, apesar de ter tido seu nome dado a um cometa, foi uma verdadeira estrela na vida de Newton. Da mesma forma, você também pode ser uma estrela na vida das pessoas. Amigos que são estrelas, de fato, nunca morrem, pois permanecem para sempre no coração daqueles que os amam.

2 – Não seja “amigo-cometa”, que, depois de muito tempo ausente, aparece só para pedir ajuda. Pessoas com esse comportamento acabam ganhando a antipatia dos outros. Seja diferente. Valorize seus amigos. Não marque presença para pedir algo, mas faça algo para marcar presença.

3 – John Maxwell explica em seu livro como ele, sendo uma pessoa extremamente ocupada, faz para conquistar e conservar suas amizades:  “Gosto de conversar sobre liderança com bons líderes o tempo todo. Na verdade, faço questão de marcar um almoço para aprender com alguém que admiro, pelo menos, seis vezes por ano... E daí que virá meu crescimento.”

“Não abandone o seu amigo nem o amigo de seu pai... melhor é o vizinho próximo do que o irmão distante”. (Provérbios 27:9-10)
Livro A Harpa de 1000 Cordas

sábado, 19 de setembro de 2015

CONTE HISTÓRIAS

Um dia a escritora e psicóloga Susan Weinschenk se viu diante de uma sala cheia de pessoas que não queriam está lá. O chefe delas disse que tinham que assistir a uma palestra. Elas achavam que aquilo era perda de tempo e isso a deixou muito nervosa. Mesmo assim, ela decidiu ter coragem e seguiu em frente. Respirou fundo, sorriu e com voz firme, começou com um expressivo “Bom dia para todos! Estou feliz por está aqui”. Mais da metade da turma nem sequer olhou para ela. Alguns checavam seus e-mails, enquanto outros escreviam uma lista de pendências. Um rapaz folheava o jornal. Era uma daquelas situações em que segundos parecem horas. Em pânico, ela pensou consigo mesma: “O que devo fazer”? Então ela teve uma ideia e disse: “Vou lhes contar uma história”. Diante da menção da palavra história, todos viraram a cabeça e olharam para ela. Nesse momento ela obteve a oportunidade que queria para contar uma experiência e iniciar sua apresentação. Em seu livro Susan diz que nenhuma ideia é mais poderosa pra convencer as pessoas do que contar uma história, já que tudo o que fazemos está relacionado a uma história de quem somos e como nos relacionamos. Ela afirma que as pessoas regem melhor a histórias do que a apresentações de dados. Além disso, a maior parte da comunicação diária acontece em forma de histórias, entretanto, raramente paramos para conta-las.

Augusto Cury relata em seu livro que certa vez uma de suas filhas foi criticada por algumas jovens por ser uma pessoa simples, não gostar de ostentação e não ser excessivamente vaidosa. Ela estava se sentindo rejeitada e triste. Após ouvi-la, ele soltou sua imaginação e contou-lhe uma história. Disse-lhe que algumas pessoas preferem o sol pintado num quadro, enquanto que outras preferem o sol real, ainda que esteja encoberto pelas nuvens. Então ele lhe perguntou: “qual é o sol que você prefere?” Ela pensou e escolheu o sol real. Então ele terminou dizendo: “mesmo que as pessoas não acreditem no seu sol, ele está brilhando. Você tem luz própria. Um dia, as nuvens que o encobrem se dissiparão e as pessoas irão enxerga-lo. Não tenha medo das críticas dos outros. Tenha medo de perder a sua luz”. Em seu livro ele diz que ela nunca mais se esqueceu dessa história. Ficou tão feliz que contou para várias de suas amigas.

É de fato conhecido que a educação mundial está à beira da falência devido a influencia que a mídia exerce sobre a mente humana.  Na Espanha, 80% dos professores estão estressados. Na Inglaterra, quase ninguém mais quer essa profissão. No Brasil, cerca de 92% dos professores estão com 3 ou mais sintomas de estresse. Por causa disso, é muito fácil um professor perder a cabeça durante um conflito em sala de aula. Mas existem alternativas para essas questões. Augusto Cury conta que certa vez, alguns alunos conversavam no fundo de uma sala de aula. A professora havia pedido silêncio, mas eles continuaram fazendo barulho. Ela foi mais enfática e chamou a atenção de um aluno que falava alto. Ele foi agressivo com ela e gritou: “Você não manda em mim! Eu pago para você trabalhar!” O clima ficou tenso. Todos esperavam que a professora gritasse com o aluno, mas, em vez disso, ela ficou em silêncio, respirou fundo e contou uma história que aparentemente não tinha nada a ver com aquela situação. Ela falou das as crianças e adolescentes judeus que haviam sido presos nos campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra. Não podiam ir às escolas, visitar amigos, dormir numa cama ou comer com dignidade. Eles choravam e ninguém os consolava. Gritavam pelos pais, mas ninguém os ouvia. Na frente deles, havia apenas cães, guardas e cercas de arame farpado. Foi um dos maiores crimes cometidos na história. Mais de um milhão de crianças e adolescentes morreram. Depois de contar essa história, a professora olhou para a classe e disse: “vocês têm escola, amigos, professores que os amam, o carinho dos pais, um alimento gostoso em sua mesa, mas será que vocês dão valor para isso?” Enquanto falava, o aluno que a ofendeu estava em completo silêncio. Ele compreendeu que precisava se colocar no lugar dos outros e dar valor a todas as bênçãos que a vida lhe dava. Voltou para casa e nunca mais foi o mesmo.

Baseados nos fatos acima, podemos aprender 3 grandes lições:

1 – Você não precisa ter um diploma, nem saber ler ou escrever para transmitir uma grande lição aos seus filhos, alunos, amigos, colaboradores ou qualquer pessoa. Apenas conte-lhes uma história. Talvez pense não seja capaz de contar uma, mas se você viveu até hoje, é porque certamente você tem uma história.

2 – Histórias vendem! Os filmes e propagandas mais inesquecíveis e lucrativos da TV, cinema e internet fazem uso de grandes histórias. Mais da metade de tudo o que se publica em livros e na internet são histórias. Grandes professores, políticos e líderes religiosos são verdadeiros contadores de histórias. Da mesma forma, se você deseja conquistar as pessoas, use o poder das histórias.

3 – É por meio das histórias que alcançamos o coração humano. Jesus foi o maior líder de todos os tempos porque cerca de 70% de seus ensinamentos eram transmitidos por meio de histórias. Cerca de 60% do conteúdo bíblico são histórias. É por meio de histórias que vidas são transformadas. Como a mulher samaritana que conheceu a Jesus e por meio de seu testemunho influenciou toda a sua nação, quantas histórias maravilhosas de si mesmo e da Bíblia você poderia compartilhar para motivar as pessoas e leva-las a grandeza?

“Deixou a mulher o seu cântaro, foi a cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo o quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo?” (João  4:28 e 29)

Livro a Harpa de 1000 Cordas

sábado, 12 de setembro de 2015

SEJA UM GRANDE LÍDER

John Daily decide passar alguns dias em um mosteiro. Lá conhece Leonard Hoffman, um grande empresário bem sucedido que na casa dos 60 anos de idade, no topo de sua carreira bem-sucedida, resolveu se tornar num monge, e passa a se chamar irmão Simeão. Além de outras atividades todos os dias pela manhã, John e mais 5 participantes tinham aulas com Simeão sobre princípios de liderança. Em meio as aulas, John se irrita com outro participante, o sargento Greg, que se mostra cético com os ensinamentos de Simeão. Em uma conversa particular, John pergunta porque Simeão não expulsa Greg das aulas. Então Simeão conta sobre a difícil lição que aprendeu em seu primeiro emprego como gestor, sobre a importância da opinião contrária, e acabou lhe ensinando que a divergência de opiniões ajuda a manter o equilíbrio da organização. Mais tarde, no horário da aula, um dos participantes pergunta a Simeão quem ele acreditava ser o maior líder de todos os tempos? E Simeão responde: Jesus Cristo. Alguns membros acham que essa opinião se devia ao fato dele ser cristão. Outro participante chega a dizer que estava ali para aprender alguma coisa sobre liderança e não para falar sobre Jesus. Simeão diz que, se liderança é a capacidade de influenciar pessoas a trabalharem entusiasticamente na busca dos objetivos para o bem comum, então sua resposta estava realmente certa, pois até aquele momento não ele conhecia ninguém que tenha tido tanta influência como teve Jesus, já que hoje mais de 2,5 bilhões de pessoas no mundo se dizem cristãos, cerca de um terço da população mundial. Além disso, dois dos maiores dias santos, Natal e Páscoa, são baseados na vida de Jesus, e que até o calendário conta os anos a partir do nascimento dele há mais de dois mil anos. Esse é contexto principal do livro “O monge e o Executivo”, de James Hunter, considerado um dos melhores livros de estratégias de liderança do mundo.

Do contextos e dos escritos de Hunter, podemos obter as seguintes lições:

1 - Segundo Hunter, liderança é a habilidade de influenciar pessoas a trabalhar entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter. Conforme ele mesmo explica, ser líder não é ter cargo, nem função, nem ser chefe ou mandante, mas ser um servo.

2 – Depois de escrever o conceito de liderança servidora, o livro “O monge e o Executivo” vendeu mais de 4 milhões de cópias no mundo todo. Mas, ao longo de 10 anos, Hunter recebeu milhares de e-mails de pessoas que entenderam equivocadamente que um líder servidor é  uma espécie de capacho de seus liderados. Por esse e outros motivos, Hunter escreveu o livro “De volta ao Mosteiro”, onde enfatiza que um líder servidor é aquele que atende as NECESSIDADES das pessoas, não as suas VONTADES. De fato, ele está certo. Nem mesmo Deus vive atendendo as nossas vontades, pois como diria Augusto Cury, se Deus fizesse isso, nós seríamos deuses e Ele seria nosso servo.

3 –  John Daily, o personagem principal da história, ao longo de 2 anos, não coloca em prática as coisas que aprendeu com mestre Simeão, então passa por um período difícil repleto fracassos como líder e como pai. Então ele decide voltar ao mosteiro e lá aprende, dentre outras lições, que amar não significa gostar das pessoas. Amar é aquilo que se faz e não aquilo que se sente. Ele também aprende que se quisesse influenciar as pessoas ele precisava ficar mais aproximo delas. Ao término da história ele faz uma série de mudanças na sua vida, dentre elas, passar mais tempo com a família.

4 – Hunter é enfático em dizer no livro que ninguém é obrigado a gostar das pessoas para ama-las. O amar é respeitar e servir, e acima de tudo, é agir. Conforme ele ensina no livro, o verdadeiro amor, de acordo com I Coríntios 13, não tem nada haver com sentimentos.   

5 – Sendo Jesus um carpinteiro do interior, como ele foi capaz de ensinar lições aos pescadores, pastores e outros profissionais e assim se tornar no maior líder da história? É que Jesus, antes de ensinar, aprendeu com as pessoas. Por isso, você que deseja ser um grande lider, professor, pai ou mãe, busque amar, conhecer e influenciar aqueles a quem você precisa conduzir. Aprenda com Jesus, seja um contínuo aprendiz do comportamento humano.
“É preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira pela qual foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros...” (Tito 1:6-9)
Livro A Harpa de 1000 Cordas

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

COMPARTILHE O SEU MELHOR

O quê você faria se descobrisse um meio de se tornar no centro das atenções? Você dividiria isso com os outros?

O grande escritor e treinador de líderes John Maxwell conta em seu livro que, quando começou sua carreira como pastor, pensava que a liderança era como uma corrida, na qual teria que trabalhar duro e aumentar cada vez mais seu desempenho. A cada ano, mal podia esperar pelo resultado do relatório anual com as estatísticas de todos os líderes, onde podia comparar seus números com os dos demais pastores de sua denominação. Ele acompanhava seu progresso e checava para ver quem ele havia superado. Todo ano ele chegava mais perto do topo da lista, e aquilo lhe dava uma enorme satisfação. No entanto, havia 2 grandes problemas com aquele tipo de raciocínio: primeiro, pensava que seu título lhe tornava um líder; segundo, achava que subir a escada da sucesso deveria ser sua maior prioridade. No fim das contas ele não percebia que a liderança é tanto uma questão de relacionamento quanto de ambição profissional. Ele notou que os membros da igreja o ouviam por educação, mas não o seguiam. Ele levou quase uma década para compreender que as pessoas não se importam com o quanto você sabe até saber quanto você realmente se importa com elas. Como ele estava ocupado demais tentando progredir, ele pouco se importava com as pessoas. Certo dia, ele queria promover um treinamento de como administrar o tempo, talentos e finanças para os membros da sua igreja. Sabia que esse tipo de treinamento era importante, mas, por causa de sua falta de experiência, não tinha recursos dos quais pudesse se valer. Foi a uma livraria em busca de material, e não encontrou nada. Conforme ele dirigia de volta pra sua casa, pensou em desistir ou tentar desenvolver esse material sozinho. O problema é que isso era muito difícil, ainda mais naquela época que não havia internet e levaria muito tempo para ele terminar. Decidiu dar o seu melhor assim mesmo. Levou meses para preparar o material a partir do nada, mas, depois de muitas horas dedicação, estava pronto. E, para sua grande alegria, foi um grande sucesso! A frequência da igreja cresceu, os recursos financeiros aumentaram e os membros começaram a trabalhar voluntariamente. Foi uma experiência transformadora para aquela pequena igreja, promovendo um grande impulso. Os resultados podiam ser vistos no relatório anual, que registrava um aumento impressionante nos números e certamente aquilo lhe ajudaria rapidamente a chegar no topo. Logo se espalhou a notícia de que algo muito interessante havia acontecido naquela congregação. E não demorou muito para que líderes de outras igrejas o procurassem para conhecer suas técnicas. Naquele momento, ele enfrentou um dilema: o que deveria fazer? Guardaria o que havia aprendido sozinho ou dividiria seu conhecimento com os outros?

O quê você faria se estivesse no lugar dele?

Jhon chegou a pensar que, se guardasse para si aquela informação, como acontece frequentemente dentro das organizações, poderia manter sua vantagem sobre os demais colegas. Aquele dilema lhe angustiou por muitos dias. Mas, por fim, decidiu dividir seus conhecimentos. O resultado foi que ele se sentiu realizado depois de ajudar aqueles líderes. Pelos 24 anos seguintes, ele ministrou aquele mesmo treinamento várias vezes e, ao final, disponibilizava suas lições para quem estivesse interessado. Por meio dessa atitude, ele pode conhecer muitas pessoas. O mais irônico é que, ao manter uma mentalidade de abundância e compartilhar o que ele tinha de melhor  com outros, acabou alcançando uma reputação nacional e internacional.

Da história acima podemos absorver as seguintes lições:

1 -  John Maxwell diz que o sucesso é fugaz, no entanto, a pessoa que busca crescimento e investe em seus relacionamentos terá uma chance bem maior de alcançar sucesso, pois ninguém jamais alcançou nada relevante sozinho. Como ele mesmo afirma: “Um é um número muito pequeno para se alcançar a grandeza.”

2 – No universo microscópico, as células se dividem para que o corpo todo se desenvolva. Na vida é a mesma coisa, é preciso dividir o que temos de melhor para que cresçamos e nos desenvolvamos. Sem divisão, não há renovação. Sem renovação, não há desenvolvimento!

3 – Quando jesus disse : “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16:15), Ele estava nos ensinando que, ao dividir com as pessoas a grandeza da palavra de Deus, somos intensamente abençoados, pois por meio dessa atitude podemos sair da zona de vitimização para uma zona de liderança.

“Então, Jesus aproximou-se deles e disse:Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações.” Mateus 28:18-19

📖 A Harpa de 1000 Cordas

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

LIDERE SEUS SUPERIORES

Stephen Covey escreveu em seu livro "Os 7 Hábitos " que trabalhou numa organização por vários anos, sob a liderança uma pessoa muito dinâmica, criativa, talentosa, capaz e brilhante, mas tinha um defeito: possuía um estilo ditatorial de direção. Tratava as pessoas como serviçais, como se elas não tivessem opinião. Seu modo de se dirigir às pessoas na organização sempre começava por:  "faça isso... pegue aquilo... agora resolva isso... depois vá para lá... eu tomo as decisões".  O resultado foi que ele praticamente alienava todo o corpo de executivos ao seu redor. Estes se reuniam no corredor para reclamar entre eles. As discussões eram sempre muito acaloradas, mas eles não passavam disso, tirando o corpo fora das responsabilidades, escudados pelas fraquezas do presidente.
– Você não pode imaginar o que aconteceu desta vez – alguém falou um dia. – O presidente veio até meu departamento. Eu estava com tudo pronto. Só que ele entrou e deu ordens completamente diferentes.  Todo o serviço que eu realizara durante meses foi pro buraco, sem mais nem menos. Nem sei como consigo continuar trabalhando para ele. Quantos anos faltam para ele se aposentar?
– Ele tem apenas 59 anos – alguém comentou. – Acha que consegue aguentar mais 6 anos?
Um dos executivos, contudo, era proativo. Agia em função de valores, e não de sentimentos. Ele tomou a iniciativa –  estudou, procurou compreender e antecipar os desdobramentos da situação. Não fez vista grossa para as deficiências do presidente. Mas, em vez de criticá-las, procurou compensá-las. Onde este era fraco, em matéria de estilo, buscava incentivar seu pessoal, de modo a tornar tais deficiências irrelevantes. E ele tentava estimular os pontos positivos do presidente –  sua visão, seu talento, sua criatividade. Apesar de também ser tratado como um capacho, fez mais do que era esperado. Ele antecipou as necessidades do presidente. Tentou compreender as preocupações deste, de modo que, ao apresentar seus relatórios, também fazia análises e recomendações. Na reunião seguinte, era "faça isso" e "faça aquilo" para todos os executivos, menos um. Quando se tratava daquele homem, a frase era: "qual é a sua opinião?" Este fato agitou bastante a organização. As cabeças reativas começaram a fazer rodinhas para despejar seu despeito e inveja naquele homem proativo. Mas pouco a pouco a influência daquele homem cresceu mais e mais. Chegou ao ponto em que ninguém na organização tomava uma decisão importante sem consultar e obter a aprovação dele, inclusive o presidente. Apesar disso, não se sentia ameaçado, pois a força de um aumentava a força do outro e aquele homem ainda compensava certas fraquezas do presidente, que agora contava com força dobrada.

Da história acima podemos absorver as seguintes lições:

1 - Sempre que modificamos parte de uma fórmula química, alteramos a natureza do seu resultado. Da mesma forma, sempre que escolhermos nossa reação em relação a uma circunstância, também afetamos intensamente esta mesma circunstância. Isso significa que a essência de seu sucesso não depende necessariamente de uma situação, mas dos seus valores e percepções para saber o que fazer.

2 – Assim, como aquele homem era criticado pelo despeito e inveja de seus pares, você certamente será criticado por acreditar em seus valores. Mas mesmo assim, insista em permanecer firme aos seus princípios. José foi preso por sua fidelidade. Paulo e Silas foram encarcerados por sua fé. Jesus foi morto por amor pela humanidade. Todos aqueles que um dia cravaram seus nomes na história tiveram que passar por grandes privações em função daquilo que acreditavam.

3 – Talvez você não esteja satisfeito com seu chefe. Há inclusive pesquisas que informam que 85% das pessoas que deixam a empresa não saem por causa da organização, mas por causa de seus gestores. No entanto, como na história acima, isso pode ser mudado. De fato, aqueles que são capazes de liderar a si mesmos, estão aptos para liderar até mesmo seus superiores.

“Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo. “ (Colossenses 3:23-24)

A Harpa de 1000 Cordas

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

VIRE AS PÁGINAS DA VIDA E SIGA EM FRENTE

Scott Richardson, antes de ir para a faculdade, passou o verão vendendo livros na Pensilvânia. Ele recebeu treinamento básico na área de venda durante uma semana. Quando começou a bater de porta-em-porta oferecendo os livros, ele teve uma tremenda sorte de principiante e conseguiu fazer uma venda na primeira casa que visitou. Aquela, contudo foi a única venda que fez em duas semanas. Então seu gerente de vendas resolveu trabalhar com ele para ver o que estava acontecendo.
– Scott, você não está fechando a venda. Você, nem sequer está tentando fazer a venda.
– Não estou tentando? – Exclamou Scott. – Claro que estou.
- Não está, não. Olhe, basta começar mostrando um pouco os livros, depois você fecha. E se o comprador disser: “Não, não estou interessado”, você diz “sei exatamente o que quer dizer”, então mostra os livro um pouco mais e tenta fechar de novo.
– Isso é loucura – disse Scott. – Eles vão me colocar porta afora!
– Tente!
“Seja o que Deus quiser”, Pensou Scott.
Na próxima visita, ele mostrou um pouco dos livros e perguntou à dona de casa se podia preencher o pedido.
– Para ser sincera, não estou interessada – ela disse.
– Tudo bem, sei exatamente o que você quis dizer – ele retrucou, mostrando novamente o livro, e fez uma nova proposta de fechar a venda.
– Olha, eu não tenho dinheiro. – a senhora respondeu.
– Sei exatamente o que quer dizer – ele mostrou novamente o livro, mostrando as próximas páginas, dando início a uma nova rodada.
Scott tentou concluir a venda 5 vezes e já estava desesperado até que, na sexta vez, ela disse:
– Está bem!
Dias depois, Scott foi ao banco depositar seus cheques das vendas e viu aquela senhora num dos guichês. Ela olhou pra ele meio envergonhada. “Ah, meu Deus”, ele pensou, “Talvez eu tenha forçado a mulher a comprar e agora ela está constrangida, mas tudo bem, sempre dizemos aos clientes que podem cancelar o pedido quando quiserem.”
Scott entregou os cheques e, para sua surpresa, ouviu da senhora as seguintes palavras:
- Scott, espero que não tenha se aborrecido por eu ter levado tanto tempo para decidir, mas precisava ter certeza de que queria mesmo aqueles livros. Agora, estou contente com minha decisão.

Aquela foi uma grande lição. Daquele momento em diante, Scott nunca mais teve medo de virar as páginas da vida e seguir em frente diante de um não. Da mesma forma, sempre que a vida lhe der uma resposta negativa, vire as páginas, diga “sei exatamente o que quer dizer”, e siga em frente, sendo firme e específico quanto aos seus objetivos.

Estatisticamente falando, 80% das vendas acontecem entre o 5º e 12º contato do vendedor com seu potencial cliente. Sem dúvida, a persistência é a chave do sucesso. Então, quando a vida lhe disser não, finja que entendeu, vire as páginas e tente novamente.

“Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”. (Josué 1:9)

A Harpa de 1000 Cordas

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

MUDE AS CIRCUNSTÂNCIAS

Em 1882 nascia nos EUA um menino muito querido. Ele foi criado numa família próspera que tinha fortes conexões políticas. Seu pai e sua mãe tinham ascendências holandesa e francesa, respectivamente. Durante a juventude, obteve sua primeira graduação na Universidade Harvard e uma segunda na Escola de Direito de Columbia, antes de se empregar em uma prestigiada empresa de Wall Street. Em 1905 casou-se com sua prima de quinto grau e tiveram seis filhos. Com o tempo deixou de lado a advocacia para ingressar na vida política. Foi eleito senador e depois nomeado secretário-adjunto da marinha. Em 1920, foi o candidato à vice-presidência de seu país, mas foi derrotado. No ano seguinte, aos 39 anos, foi acometido por uma poliomielite, mas continuou suas atividades políticas. Chegou, inclusive, a aparecer de muletas nas convenções que participara.  Devido a doença, ele passava os verões em tratamento numa fundação, na Georgia, aonde ele podia conversar e ouvir as pessoas mais pobres do país. Esse fato lhe inspirou várias das suas ideias sobre o New Deal, um programa de governo que previa uma maior participação do Estado na regulamentação da economia. Em 1928 foi eleito governador de Nova York e reeleito em 1930, após uma campanha para contornar a crise econômica de 1929, onde implementou o New Deal. Em 1932 foi eleito presidente dos Estados Unidos, mas seu maior desafio só estava começando. A situação de seu país não era nada animadora: 9 mil bancos haviam quebrado, 85 mil empresas estavam falindo, e para piorar, mais de 15 milhões de pessoas estavam desempregadas. No dia de sua posse o PIB norte-americano já tinha caído à metade.

O que fazer quando sobre você está toda a responsabilidade de resolver uma terrível crise?
“Faça o que puder, com o que tiver, onde estiver.” – É o que ele disse. Essa frase deixa claro sua determinação. Ele enfrentou muitas críticas dos banqueiros para fazer as mudanças necessárias, mesmo assim, implementou várias reformas, estabeleceu impostos maiores para os mais ricos; impôs maior controle sobre as atividades bancárias e sobre os serviços de utilidade pública; criou um imenso programa para diminuir o desemprego da população; cortou de gastos, dentre outras ações. Dessa forma, ele conseguiu levantar a moral de seu povo e ressuscitar a economia americana. Por causa disso ele foi reeleito em 1936, 1940 e 1944, tornando-se o único presidente que governou os Estados Unidos por 4 vezes.  Depois de superar a crise econômica, vem a Segunda Guerra Mundial. Em meio aos conflitos, ele procurou manter uma relação neutra com os demais países europeus. Mas a posição de neutralidade dos EUA foi desafiada quando, em 1941, o Japão atacou a base americana de Pearl Harbor. A força americana teve que ser acionada e junto com o império britânico de Winston Churchill, entrou na guerra contra a Alemanha nazista. Até hoje ele é considerado um dos presidentes americanos mais importantes da história. Responsável por trazer esperança para seu povo durante a Grande Depressão e a Primeira Guerra Mundial. Incrivelmente ele conseguiu administrar as duas situações caóticas com bastante habilidade, trazendo um futuro próspero para os americanos. Ele inclusive foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a aparecer na televisão. Seu nome é Franklin Delano Roosevelt. 
Roosevelt morreu  1945 vítima de uma hemorragia cerebral, pouco antes da guerra terminar. Em sua homenagem, várias estátuas e memoriais foram erguidos. Sua casa virou patrimônio histórico nacional. Sua imagem aparece na moeda americana de dez centavos. Muitos parques e escolas, bem como um porta-aviões, uma estação de metrô em Paris, bem como centenas de ruas e praças através do mundo, levam seu nome.
Dos fatos acima podemos obter as seguintes lições:
1 - A capacidade de reverter as circunstâncias é um traço característicos dos grandes líderes. Por exemplo, quando Louis Gerstner assumiu a IBM, em 1993, a empresa havia perdido 17 bilhões de dólares em 3 anos. Quando ele entrou, a IBM vendia computadores. Quando deixou a empresa, em 2002, a IBM era uma moderna, ágil e lucrativa prestadora de serviços. Assim era Roosevelt, que mostrou uma incrível capacidade de mudar as circunstâncias. Como ele conseguiu isso? “De longe, o maior prêmio que a vida oferece é a chance de trabalhar muito e se dedicar a algo que valha a pena.” – disse ele.
2 – As grandes inspirações de Roosevelt eram obtidas ouvindo as pessoas. Hitler era inflexível e não tolerava ouvir conselhos que não fossem meras repetições de suas ordens. Se por um lado Roosevelt alcançou a vitória, Hitler pagou um preço alto demais por sua arrogância.
3 - Roosevelt era muito criticado, mas seus críticos se calaram após verem os resultados de seu trabalho. Apesar da paralisia física, ele não se deixou paralisar por tais julgamentos. Seu biografo, Jean Edward Smith, afirmou, em 2007: "ele se levantou de uma cadeira de rodas para erguer uma nação que estava de joelhos".  Da mesma forma, se você não deseja ser paralisado pelas críticas, levante-se e mostre os resultados de seu trabalho.
4 – O historiador da Universidade de Stanford, David Kennedy, descreveu várias características que explicam o sucesso de Roosevelt: “ele entendia as coisas com muita rapidez; ele conseguia se ligar às pessoas; ele tinha autoconfiança; ele era dedicado à causa pública; ele desenvolveu um caráter forte; ele tinha uma visão clara da nação e de seu papel no mundo; ele tinha as habilidades políticas necessárias para levar seus projetos além das pranchetas...” Por causa disso, Roosevelt é considerado como um dos melhores presidentes que os Estados Unidos já teve e também um dos homens mais admirados do século XX. O segredo de seu sucesso? Sua vontade de acertar. “O único homem que nunca comete erros” – disse Roosevelt –  “é aquele que nunca faz coisa alguma”. 
E você? Acredita na capacidade de fazer grandes realizações?
"Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica". (2 Coríntios 3:4-6)
Livro A Harpa de 1000 Cordas