O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo. Ela atinge cerca de 16 milhões de pessoas por ano, sendo que 6 milhões morrem. No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente.
Em 1996, a neurocientista norte-americana Jill Bolte Taylor acordou com uma forte dor de cabeça por causa de um AVC. No primeiro momento, ela ficou aflita e pensou: "Meu Deus, isto é um derrame!", mas ao invés de se desesperar, ela pensou: "Quantos cientistas têm a oportunidade de estudar as funções do cérebro e sua deterioração de dentro para fora?". Assim, ela foi entendendo a doença em si mesma, aprendendo mais do quê em todos os seus anos de estudo. Ela sabia que poderia morrer, mas, à medida que era envolvida pelo desejo de vencer e de ajudar outras pessoas, ela vivia em paz e não tinha mais medo da morte. Passados 12 anos, depois de uma cirurgia arriscadíssima e muita terapia, Jill recuperou sua memória e voltou a trabalhar. Essa experiência lhe rendeu um livro e a indicação pela revista “Time” como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
A experiência de Jill trouxe muitas lições, dentre elas, é que no derrame os únicos neurônios que morrem são aqueles que entram em contato com o sangue. Os demais cessam suas conexões apenas para se proteger, mas continuam vivos. Outra é a compreensão da neuroplasticidade do cérebro, em que ele altera suas conexões conforme os estímulos. Antes, pensava-se que não se formavam novos neurônios, hoje sabe-se que até mesmo um alcoólatra de longa data ao parar de beber, pode voltar a aprender normalmente.
No entanto, a maior de todas as lições na história acima é que nossas dores e enfermidades não representam o fim da vida, e que, no fundo, elas são oportunidades de aprendizado. Enquanto você viver, mesmo sofrendo, nunca deixe de lutar. Seu exemplo certamente irá inspirar muitas pessoas!
“Tornei-me um exemplo para muitos, porque Tu és o meu refúgio seguro.” (Salmos - 71:7)
📖 Livro A Harpa de 1000 Cordas
