segunda-feira, 19 de outubro de 2015

ALMEJE O VERDADEIRO TOPO

Ninguém quer fica por baixo. Se uma pessoa tiver aspirações políticas, ela sempre irá desejar a função máxima, ou seja, ser o presidente da república. Nos negócios irá querer ser o dono ou CEO de uma empresa. Poucas pessoas aspiram chegar a uma gestão mediana. Contudo, a maioria delas não chegam a ser o principal líder em uma organização. Elas irão fazer carreira em algum lugar no escalão intermediário. Mas afinal, todas as pessoas deveriam almejar o topo?

Chegar ao topo não significa chegar ao comando máximo de organização ou país, chegar ao topo significar usufruir de todo seu potencial ou talento, e encontrar sua missão de vida. Uma pessoa que encontra sua missão pode causar um impacto  maior do que se estivesse na posição máxima. Um excelente exemplo disso foi o caso do vice-presidente Dick Cheney. Ele teve uma carreira extraordinária na política: foi chefe de equipe da Casa Branca no governo do presidente Gerald Ford, teve seis mandatos no congresso de Wyoming, assumiu a Secretaria de Defesa do presidente George H. W. Bush e foi vice-presidente do presidente Bush filho. Teve todas as credenciais de alguém que poderia chegar à presidência dos Estados Unidos. Contudo, ele sabia que a posição máxima não é seu melhor papel. Um artigo na revista Time descreveu Cheney desta forma: Quando estudava no colégio, Cheney era um forte jogador de futebol, o líder da turma do último ano e um aluno acima da média. Mas ele não era a estrela... era discreto, reservado, apoiando um parceiro mais carismático, apagando incêndios quando chamado — esse foi um papel que Dick Cheney desempenhou durante toda a sua vida. Ao longo de sua notável carreira, o sucesso de Cheney resultou de sua inigualável habilidade de atuar como conselheiro discreto, eficiente e leal de líderes de alta visibilidade. Certa vez, interessou-se pela ideia de brincar em ser candidato à presidência em 1996. Mas a ideia de se colocar naquele palco(...) teria exigido uma reestruturação do DNA político de Cheney. Em vez disso, ele aceitou a oferta de trabalho na indústria, imaginando que poderia se aposentar e depois teria uma vida tranquila caçando e pescando. Mas George W. Bush tinha um plano diferente, um plano que fez Cheney voltar ao papel que ele melhor desempenha. Cheney atingiu seu potencial na posição de vice-presidente, uma posição que poucos definiriam como uma meta profissional para toda a vida. Ele foi altamente eficiente e, ao que parece, satisfeito com suas realizações. Mary Kay Hill, assistente de longa data do ex-senador Alan Simpson, que trabalhou com Cheney em Capitol Hill, afirmou: "Você o conecta, e ele trabalha em qualquer lugar. Tem uma capacidade incrível de se adaptar e atuar em qualquer ambiente." Cheney parece ser um excelente exemplo de um líder completo, alguém que sabe influenciar os outros de qualquer posição em que se encontra.


Ao exemplo de Cheney, as pessoas de grandeza não precisam aparecer para chegarem ao topo. Elas trabalham com afinco para darem o melhor de si onde estiverem e assim atingirem o seu máximo potencial. Se tiverem que chegar ao comando máximo, elas chegarão, se estiverem preparadas para isso. Foi o que aconteceu com George H. W. Bush na época em que foi vice-presidente de Ronald Reagan. Quando Ronald Reagan foi baleado, em 1981, Bush não apareceu dizendo que estaria no comando máximo da nação americana, ele simplesmente disse que, quando recebeu a notícia, a crueldade do incidente o surpreendeu, e naquele momento ele orou pelo presidente. Uma vez que Reagan estava sendo operado, Bush foi de fato o executivo interino do país, mas, deliberadamente, recuou para não colocar-se no lugar do verdadeiro presidente. Por exemplo, quando foi para a Casa Branca, Bush recusou-se a pousar no gramado sul, pois, por tradição, somente o presidente pousa ali. Quando Bush presidiu uma reunião de gabinete emergencial, ele tomou seu assento normal, e não o assento do presidente. Reagan recuperou-se e retomou suas obrigações, e ainda foi reeleito presidente em 1984. Bush estava satisfeito em ficar em segundo plano, dando o seu melhor, servindo ao seu líder e a seu país. No momento certo ele teria sua oportunidade. Ele foi o que aconteceu, quando em 1989 o povo americano o elegeu como 41º presidente dos Estados Unidos.

Na vida, a maioria das pessoas querem aparecer, almejam poder e fama. Mas a grande lição que Jesus ensinou a dois mil anos é que a verdadeira grandeza está em servir. Na Bíblia, quando a mãe de Tiago e João pediu a Jesus que em seu reino eles se assentassem um à direita e outro à esquerda, o grande Mestre perguntou se eles seriam capazes de fazer tudo o que Jesus faria pela humanidade. Ao que tudo indica, eles não tinham a mínima noção do sacrifício de Jesus na cruz. O maior homem do mundo se fez pequeno para tornar grande todos aqueles que se fizessem humildes!

“E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mateus 20:27,28)

Harpa de 1000 Cordas