Ainda muito criança, Santiago Calatrava se apaixonou pelo desenho. Ele levava os lápis para onde ia. Parecia destinado a ser artista. Então, ele se matriculou na escola de arte de Valença, mas depois de um tempo, ao ler um folheto sobre prédios projetados pelo grande arquiteto Le Corbusier, ficou impressionado com a beleza e a impressão de movimento que transmitiam. Depois de ler o folheto, decidiu decifrar o segredo daqueles edifícios. Assim, estudou na escola de arquitetura de Valença. Depois de formado, percebeu que algo ainda lhe faltava. Ao observar todos os grandes trabalhos de arquitetura que ele mais admirava – o Panteão de Roma, os edifícios de Gaudí, em Barcelona, as pontes de Robert Maillart, na Suíça –, queria entender sobre construção. Então estudou engenharia civil no Instituto Federal de Tecnologia, na Suíça. Ao completar sua tese de doutorado, ele finalmente começou a trabalhar, depois de 14 anos de estudo em 3 cursos superiores. Fez tudo isso, porque ele não queria superficialidade, mas buscava entender a essência das coisas em sua totalidade.
Nós humanos, vivemos em dois mundos. Um é o mundo exterior, o outro, das aparências. Dentro de cada coisa na natureza, inclusive em nós mesmo, existe um universo de infinitos mistérios. Assim, jamais devemos julgar as coisas baseado só no que vemos, pois só existe um Ser capaz de ver tudo o que está além do exterior:
“O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração" (I Samuel 1:16)
Livro A Harpa de 1000 Cordas
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