A Bíblia fala de duas mortes: a primeira morte (morte natural) e a segunda morte (a eterna, que ocorrerá no juizo final). No entanto, ainda existe uma morte que ocorre enquanto o homem vive. Você sabe qual é?
Albert Schweitzer, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1952, escreveu: “A tragédia não é quando um homem morre. A tragédia é o que morre dentro de um homem quando ele está vivo.” A grande verdade é que muita coisa pode morrer dentro do homem enquanto ainda vive, como seus sonhos, suas esperanças, sua vontade de vencer e de lutar.
A arte da guerra nos ensina muito sobre isso. No longa 300 - A ascenssão do Império, o general Temístocles, interpretado por Sullivan Stapleton, arregimenta um grupo de agricultores e camponeses atenienses contra os invasores persas, muito mais númerosos e preparados. Num dado momento, quando estão prestes a desistir ante a última batalha, Temístocles diz: "vocês podem voltar para suas casas se quiserem, mas saibam que hoje vocês podem decidir entre morrer em pé no campo de batalha ou a viver de joelhos como escravos do inimigo!” Uma situação parecida acontece no filme Coração Valente, quando William Wallace, interpretado por Mel Gibson, diz: “Todo homem morre, mas nem todo homem vive.”
No livro O 8º Hábito, de Stephen Covey, O ex-presidente da Coreia do Sul, Kim Dae-Jung, conta que, por causa de suas crenças, passou por anos de banimento, exílio, prisão, várias tentativas de assassinato, incluindo uma situação em que fora posto num saco cheio de pedras no fundo e jogado no mar, tudo isso porque não aceitava tornar-se num fantoche da ditadura militar do norte. Em meio ao sofrimento extremo, chegou a dizer aos inimigos: “podem me matar, porque só vou morrer uma vez, mas, se cooperar com os senhores, morrerei cem vezes por dia, o resto da minha vida.”
A parábola da dracma perdida proposta por Jesus, além de um significado espiritual, também possui uma conotação aplicável à esse contexto: afinal, quantas vezes você se perdeu e abandonou seus sonhos? Quantas vezes você deixou de lado seu potencial e perdeu de vista a sua essência? Desse ponto de vista, a dracma perdida e seu dono, são a mesma pessoa.
Portanto, depois da morte eterna, a pior morte é a que se morre todos os dias, quando se vive sem esperança, quando se deixa escravisar pelos medos e quando alguém perde-se de seus sonhos.
“Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro”. (Filipenses 1:21)
Livro A Harpa de 1000 Cordas
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