Em 17 de novembro de 1906, nascia na aldeia de Komyo, Hamamatsu, no Japão, o filho mais velho de um ferreiro. Era uma criança curiosa, que desde muito cedo ficava observando os motores, encantado com seus barulhos, cheiros e segredos! Nunca foi um bom aluno, mas nem por isso não era inteligente, pois apesar de não se interessar pelas teorias dos livros, ele preferia a prática das coisas. Aos 8 anos, já havia construido uma bicicleta e, aos 13 já tinha uma série de pequenas “invenções”! Aos 16 anos, vai para Tokio como aprendiz numa oficina mecânica, e poucos anos mais tarde, volta para Hamamatsu e abre a sua própria oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo naquele local. Para poder continuar nos negócios, empenha as jóias da própria esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. Assim ele volta a escola por mais dois anos, sendo vítima de chacota dos seus colegas e professores. Depois disso, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele, mas durante a Segunda Guerra Mundial, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. Ele a reconstrói, mas, um terremoto novamente a arrasa. Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e ele não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Assim, ele adapta um pequeno motor a sua bicicleta e sai as ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas“. A demanda por sua criação aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de 15.000 lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos 5.000 lojas, que lhe adiantam o capital necessário. Assim, em 24 de setembro de 1948, entra em operação a Honda Motors, hoje um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro, cujo valor de mercado ultrapassa os 70 Bilhões de dólares. Tudo porque Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.
Soichiro Honda tirou proveito da escassez de gasolina para vender sua “bicicleta motorizada”. Sua história comprova que a crise é algo relativo. Ela é como uma gangorra que ascende o número de oportunidades a medida que os problemas empurram a vida para baixo. Assim, nenhuma crise afeta a todas as pessoas da mesma forma. Enquanto algumas reclamam do clima chuvoso, outras vendem guarda-chuvas. Enquanto algumas detestam o calor, outras vendem ventiladores. Enquanto algumas lamentam o preço da carne, outras vendem peixe. Enquanto algumas choram, outras vendem lenços. De fato, a crise para uns é prosperidade para outros. De quê forma a crise afeta você?
“Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”. (Romanos 12:21)
📖 Livro A Harpa de 1000 Cordas
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